Bocas
do Inferno
Mário
Motta, Lisboa
O
“patrão” da UGT foi ao Porto comemorar o 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Pelo
artigo da Lusa em Notícias ao Minuto dá para perceber que disse umas bravatas
discursivas. É o seu trabalho, a sua obrigação neste dia… para trabalhador ver
e sair enganado.
Não
merece o esforço “descascar” o que o “patrão” da UGT discursou e a Lusa revela.
Não, porque aquilo que está à vista é que aquele “patrão” é pelos patrões de
alto gabarito e pelo governo. Se não pertence aos TSD (Trabalhadores
Sociais-Democratas na UGT) mais parece. Pese embora não existir grande
diferença ou diferença alguma se pertencer à militância do PS. Aliás, nem se
entende a razão de os dois partidos não se unirem num único partido, dando uma
boleia integracionista ao CDS. Seria o três em um que conduziria a grandes
poupanças aos próprios e aos portugueses na generalidade. Poupanças até nos
tempos de antena. Poupanças nas mentiras que consideram ter de dizer para
enganar eleitores, etc. Só vantagens, para todos. Para além de até os menos
avisados perceberem com facilidade e mais
transparência os nomes dos bois (salvos sejam).
Quer
parecer, pela prática e conhecimento que nos tem sido proporcionado, que a União
Geral de Trabalhadores constitui uma desunião para os trabalhadores (dividir
para reinar), sendo que as suas práticas comprovam isso mesmo nesta crise que
explora os trabalhadores e os rouba em prol do grande patronato e das grandes
corporações empresariais - objeto das subserviências do governo e do “patrão”
da UGT.
Uma
curiosidade. A União Europeia não é união nenhuma mas sim um engano para os
menos avisados e facilmente iludidos. É uma união dos países mais ricos contra
os mais pobres. Assim está a União Geral dos Trabalhadores. É uma união do grande
patronato e governo em detrimento dos trabalhadores.
Mas
comemoraram o 1º de Maio. Convém manter as aparências para com os menos
avisados. Depois tudo na mesma, como antes. A concordarem com a exploração e
assinarem de cruz com governo e patronato.
Moral
da história: Não é união, nem é geral… E os trabalhadores que se lixem! (MM / PG)
1º
Maio UGT: Simbolismo da greve é mais importante que nunca
O
secretário-geral da UGT, Carlos Silva, afirmou hoje que "mais do que nunca
importa o simbolismo do gesto" da greve, referindo-se em especial ao setor
da distribuição.
"A
greve neste dia é para dizer aos supermercados que contrariamente à mensagem
que se faz passar no país de fazerem preços excecionais, de estarem abertos
mais horas porque os portugueses naquele dia podem ir às compras, então e os
que lá trabalham todos os dias, muitos deles com contratos precários? É esta a mensagem",
disse aos jornalistas Carlos Silva, durante a comemoração do 1.º de Maio, no
Porto.
A
greve dos trabalhadores dos super e hipermercados teve a adesão de "muitos
milhares de trabalhadores" no país, revelou hoje o Sindicato dos
Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), afeto à
CGTP, sem precisar a percentagem de adesão.
No
caso da Jerónimo Martins, o nível de adesão à greve no Pingo Doce era de 0,5%
do universo total de colaboradores ao final da manhã, segundo fonte oficial da
cadeia de supermercados.
"Dos
dados que é possível recolher, observa-se que muitos milhares de trabalhadores
não se apresentaram ao trabalho, apesar das pressões, chantagens e também
aliciantes oferecidos para furarem a greve", referiu o CESP, numa nota.
Segundo
o CESP, "há muitas situações de grande adesão, de tal modo que há lojas
que encerraram as portas e muitas outras funcionam em condições precárias,
recorrendo a pessoas que habitualmente não exercem nas placas de vendas ou
contratando temporariamente trabalhadores para substituir grevistas".
O
sindicato lembrou que a greve nos super e hipermercados, armazéns e lojas
especializadas foi decretada para "tornar público o descontentamento
generalizado com as condições de trabalho e salariais" destes
trabalhadores.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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