O
primeiro-ministro japonês decidiu adiar uma visita, na próxima semana, à China,
anunciou hoje o governo, quando Pequim prepara uma enorme parada militar para o
70.º aniversário da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial.
Shinzo
Abe decidiu adiar a visita para mais tarde "devido à situação no
parlamento", declarou o porta-voz do executivo, Yoshihide Suga, numa
referência às dificuldades na aprovação de um projeto de lei que aumenta as
prerrogativas do exército japonês.
De
acordo com os 'media' japoneses, Tóquio está preocupado com o carácter
antijaponês desta parada, que vai percorrer o centro de Pequim a 03 de
setembro, para marcar o fim da Segunda Guerra Mundial.
Abe
tinha manifestado vontade de se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, no
início de setembro, mas o encontro não foi confirmado.
"Esperamos
trabalhar no desenvolvimento das relações entre os dois países, ao criar
oportunidades de encontros entre os nossos dirigentes por ocasião de
conferências internacionais e outros acontecimentos", acrescentou Suga.
O
Japão ocupou uma parte da China, desde 19 de setembro de 1931 até ao fim da
Segunda Guerra Mundial. Pequim continua a criticar Tóquio por não reconhecer
devidamente a amplitude dos crimes de guerra nipónicos durante a ocupação e
associa frequentemente este contencioso histórico aos diferendos territoriais,
que opõem os dois países.
Além
do presidente russo, Vladimir Putin, poucos chefes de Estado estrangeiros
confirmaram a presença nas comemorações em Pequim.
Na
semana passada, Seul anunciou que a presidente Park Geun-hye ia assitir às
comemorações, mas nada foi ainda decidido relativamente a sua presença na
parada militar.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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