Dificuldades
no maior mercado asiático estão a provocar um colapso financeiro à escala
mundial. Esforços de Pequim estão a revelar-se insuficientes para limitar as
perdas.
A
'segunda-feira negra' de Xangai está a espalhar-se por todo o mundo. Ásia,
Europa e Oceânia estão a viver o pior dia do ano, com quedas em todos os
principais índices de cada continente provocadas pelo impacto negativo da China.
Na
última sexta-feira, os dados oficiais do governo chinês confirmaram a mais
fraca produção industrial dos últimos seis anos, lançando dúvidas nos
investidores de todo o mundo. A possibilidade de um abrandamento repentino da
maior economia emergente do mundo parece ser real, afetando as decisões de
compra e venda de ações, títulos de dívida e matérias-primas.
Em
Xangai e Tóquio, a queda foi a pior de 2015 e levou os principais índices a
valores que já não se viam desde o ano passado. Hong Kong caiu para mínimos de
dois anos e meio e nem a Europa ficou imune. Londres já perdeu mais de 70 mil
milhões de euros durante o dia de hoje, uma situação semelhante à verificada em
Espanha, Alemanha, França, Atenas e até Portugal.
Ouro,
prata e restantes metais preciosos perdem valor e o petróleo cai neste momento
para o preço mais baixo dos últimos seis anos e meio. Com as bolsas dos Estados
Unidos prestes a abrir portas, o colapso financeiro mundial promete agravar-se
durante a tarde e noite, podendo confirmar-se o pior dia do ano para os
mercados financeiros.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
China
quase repete dia 'negro' de ontem
A
bolsa de Xangai encerrou a sessão de hoje a perder 7,63%, um dia depois de ter
"afundado" 8,49%, naquela que foi a maior queda em oito anos
registada no volátil mercado de capitais da China.
O
Índice Composite de Xangai fechou a recuar 244,94 unidades (7,63%), cotando-se
nos 2.964,97 pontos, ficando pela primeira vez desde dezembro de 2014 abaixo da
marca dos 3.000 pontos.
A
praça financeira de Xangai arrancou hoje em baixa de 6,41%, mas chegou a
moderar ligeiramente as perdas que, a meio da sessão, tinham recuado para
4,32%. Contudo, a quebra voltaria a acentuar-se no encerramento.
A
bolsa de Shenzhen, a segunda da China, também fechou no "vermelho",
sofrendo um "tombo" de 7,09%, até aos 1.749,07 pontos.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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