Masoquistas?
Talvez
Apesar
da não conceder grande importância às sondagens, a verdade é que se começa a
instalar a ideia de que a coligação vai sair vencedora das eleições de Domingo
e que o PS naturalmente será o grande derrotado. A comunicação social tudo tem
feito para consolidar essa ideia, desde falar em maioria absoluta para a
coligação, até discutir o sucessor de António Costa na liderança do Partido
Socialista.
Se
esta ideia vingar, a reboque de uma comunicação social claramente comprometida
com o poder político, designadamente com a coligação, não resta muito a dizer.
O que se passa com o país? Masoquistas? Talvez.
Para
quem gosta de dor, nada melhor do que umas boas doses de PàF, que é o mesmo do
que dizer umas boas doses de austeridade que se traduz em mais cortes no Estado
Social, mais desvalorização salarial, mais angústia, mais emigração, mais
promiscuidade entre poder político e poder económico, mais destruição da
economia do país, mais dívida, menos futuro. Tudo isto e mais que, na verdade,
é menos, na medida em que cessaram as receitas provenientes das privatizações,
resta quase nada passível de ser vendido. Ou seja, para quem gosta de dor, é
favor votar PàF porque, caso se verifique um milagre que lhes permita governar
este país, é de dor que devemos falar, dor em dose dupla; dor crónica e aguda
para se chegar a lado nenhum. Passos Coelho bem que anda de crucifixo na mão. Mas
infelizmente todos seremos vítimas do seu chicote, mesmo os que não apreciam
exercícios de masoquismo.
Triunfo
da Razão - Ana Alexandra Gonçalves - sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Masoquistas?
Sem dúvida
Masoquistas?
Sem dúvida. Para quem gosta de dor, nada melhor do que umas boas doses de PàF,
que é o mesmo do que dizer umas boas doses de austeridade que se traduz em mais
cortes no Estado Social, mais desvalorização salarial, mais angústia, mais
emigração, mais precariedade, mais promiscuidade entre poder político e poder
económico, mais destruição da economia do país, mais dívida, menos futuro. Tudo
isto e mais que, na verdade, é menos, na medida em que cessaram as receitas
provenientes das privatizações, resta quase nada passível de ser vendido. E foi
isto que se escolheu, mais umas doses de obscurantismo, pobreza, ausência de
futuro. Agora colocam-se outras questões, como formar governo em minoria com o
claro beneplácito do Presidente da República. Mas a mensagem é clara: somos
masoquistas, incluindo aqueles que insistem na não escolha.
Todavia
nem tudo é negativo e a vitória do PSD/CDS é, em larga medida, uma derrota que
torna a governação numa impossibilidade, sobretudo depois da posição
manifestada por António Costa, longe de um hipotético bloco central.
Triunfo da Razão - Ana Alexandra Gonçalves - segunda-feira, 5 de outubro de 2015
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