Maria
de Lurdes Rodrigues considera que são as desigualdades económicas e sociais que
opõem a esquerda e a direita, impedindo um acordo entre ambas as partes.
Maria
de Lurdes Rodrigues desmistifica, esta terça-feira, os argumentos que têm sido
apresentados em debate público para impedir um acordo entre o PS, Bloco de
Esquerda e PCP.
A
ex-ministra das Educação começa por lembrar que se tem defendido a necessidade
de respeitar as tradições de funcionamento do nosso regime democrático, porém
recorda que “a tradição de empossar governos sem apoio parlamentar maioritário
não eram boas práticas”.
Segue-se
o argumento de que é necessário proteger Portugal na União Europeia e na NATO.
Ora neste aspeto, a socialista indica que “o PS é um partido europeísta e
esteve na linha da frente de todos os passos que demos para a integração plena
na Europa”.
“O
que nos deveria preocupar não são os riscos de virmos a sair da União Europeia
ou do euro por pressão da esquerda, mas os riscos das mudanças que nos últimos
tempos estiveram na origem de uma nova Europa que exclui, trata mal e
desvaloriza uma parte dos seus Estados-membros”, defende, na crónica que
escreve no Público.
Relativamente
ao último ponto – proteger a democracia e a liberdade -, Maria de Lurdes
Rodrigues considera que “hoje, a liberdade não está em causa em Portugal” e que
“a nossa democracia está consolidada”. O que está em causa é a “igualdade como
valor social” e a “defesa do Estado Social, construído com o esforço de muitas
gerações” e que está em risco “pela mão da coligação da direita”.
É
precisamente "a agenda das políticas de defesa do Estado social" que
torna “impossível” um entendimento entre PS e PSD e “urgente” a aliança à
Esquerda.
Notícias
ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário