terça-feira, 27 de outubro de 2015

Portugal. Estado Social "torna impossível qualquer entendimento entre PS e PSD"



Maria de Lurdes Rodrigues considera que são as desigualdades económicas e sociais que opõem a esquerda e a direita, impedindo um acordo entre ambas as partes.

Maria de Lurdes Rodrigues desmistifica, esta terça-feira, os argumentos que têm sido apresentados em debate público para impedir um acordo entre o PS, Bloco de Esquerda e PCP.

A ex-ministra das Educação começa por lembrar que se tem defendido a necessidade de respeitar as tradições de funcionamento do nosso regime democrático, porém recorda que “a tradição de empossar governos sem apoio parlamentar maioritário não eram boas práticas”.

Segue-se o argumento de que é necessário proteger Portugal na União Europeia e na NATO. Ora neste aspeto, a socialista indica que “o PS é um partido europeísta e esteve na linha da frente de todos os passos que demos para a integração plena na Europa”.

“O que nos deveria preocupar não são os riscos de virmos a sair da União Europeia ou do euro por pressão da esquerda, mas os riscos das mudanças que nos últimos tempos estiveram na origem de uma nova Europa que exclui, trata mal e desvaloriza uma parte dos seus Estados-membros”, defende, na crónica que escreve no Público.

Relativamente ao último ponto – proteger a democracia e a liberdade -, Maria de Lurdes Rodrigues considera que “hoje, a liberdade não está em causa em Portugal” e que “a nossa democracia está consolidada”. O que está em causa é a “igualdade como valor social” e a “defesa do Estado Social, construído com o esforço de muitas gerações” e que está em risco “pela mão da coligação da direita”.

É precisamente "a agenda das políticas de defesa do Estado social" que torna “impossível” um entendimento entre PS e PSD e “urgente” a aliança à Esquerda. 

Notícias ao Minuto

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