Edgar
Silva afirma que Cavaco Silva está mais "interessado em saber como
satisfazer os agiotas, os especuladores"
O
candidato do PCP às eleições Presidenciais, Edgar Silva, afirmou hoje que no
tempo do fascismo é que os resultados eleitorais estavam pré-decididos,
defendendo que em democracia os resultados conquistam-se.
O
candidato referiu-se assim, comício em Mirandela, no distrito de Bragança, à
sondagem hoje publicada pelo Expresso, que dá Marcelo Rebelo de Sousa à frente,
com 48%, e atribui 5,2% a Edgar Silva.
"Agora
aparecerão sondagens, agora aparecerão informações no sentido de quase fazer
crer que um dos candidatos, porque tem maior exposição mediática há anos e anos
nas televisões, (...) à partida já tivesse ganhado as eleições e dispensasse o
ato eleitoral", afirmou, para reclamar: "nós temos que dizer que não,
em democracia não é assim, em democracia os resultados conquistam-se,
constroem-se, lutam-se. Em democracia nada está pré-definido".
"Não
há de ser um qualquer canal de televisão, por mais poderoso que seja, a decidir
à revelia da democracia e das regras democráticas quem há de ser o próximo
Presidente da República", insistiu, para afirmar depois aos jornalistas
que o principal objetivo da sua candidatura é impedir Marcelo Rebelo de Sousa
de ganhar na primeira volta.
Edgar
Silva fez um discurso para apoiantes, no auditório da Associação de Socorros
Mútuos dos Artistas de Mirandela, centrado na Constituição da República
Portuguesa (CRP) e no papel do presidente da República, com críticas ao
desempenho do atual ocupante do Palácio de Belém, Cavaco Silva.
As
criticas a Cavaco
Para
Edgar Silva, o Presidente da República "tinha de ser o grande provedor do
povo", mas o atual "parece ter medo do povo, foge das populações,
foge do encontro com o povo porque a qualquer lado que vá é apupado, é vaiado,
não porque o povo tenha mau feitio, mas porque há um sentimento profundo na
sociedade portuguesa de que este presidente agia e decidia contra o povo, atá
governou contra os interesses do povo português".
"Estamos
num tempo (...) em que as pessoas sabem que de pouco vale recorrer àquela múmia
que lá está em Belém, porque não tem coração para atender o povo, está
sobretudo interessado em saber como satisfazer os agiotas, os especuladores,
aquilo que ele pensa que pensam os mercados", declarou.
O
candidato do PCP reiterou que considera "inaceitável e impensável" a
posição de Cavaco Silva relativamente à crise política sobre o novo Governo.
"O
Presidente da República tem um comportamento quando é PSD e CDS, e rapidamente
diligencia para formação de Governo, e quando não vai ao encontro da sua
vontade, da sua preferência politica, tem um comportamento diferente,
completamente desigual", sustentou.
O
candidato manifestou-se ainda solidário com a reivindicação dos transmontanos
para a revogação das portagens na A4 e criticou as "políticas de morte
social" para com a região, exemplificando com o encerramento de escolas,
tribunais e dificuldades no acesso à saúde.
Diário
de Notícias (21.11.2015) - Imagem We Have Kaos in the Garden
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