domingo, 17 de janeiro de 2016

Angola. Presidente pede concertação mundial para enfrentar desafios da humanidade



José Eduardo dos Santos discursou na habitual cerimónia de cumprimentos de ano novo do corpo diplomático acreditado em Angola.

O presidente defendeu na sexta-feira em Luanda a concertação mundial como solução para os actuais problemas da humanidade, em especial a queda dos preços das matérias-primas, como o petróleo.

José Eduardo dos Santos discursava na habitual cerimónia de cumprimentos de ano novo do corpo diplomático acreditado em Angola.

De acordo com José Eduardo dos Santos, a baixa dos preços das matérias-primas, em particular do preço do petróleo no mercado internacional, constitui hoje “um dos factores recentes que mais afecta, negativamente, os esforços de recuperação dos países subdesenvolvidos e de desenvolvimento médio”.

Ao descrever a situação do país, o presidente disse que Angola permanece estável do ponto de vista político e social, mas no plano económico, atravessa hoje desafios maiores devido à incerteza dos preços das matérias-primas no mercado internacional.

A nível regional, o presidente lembrou que Angola cumpriu com grande empenho o seu mandato de dois anos como presidente da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, contribuindo para a resolução ou início de solução dos conflitos que afetam vários países.

Acrescentou que Angola assume em Março deste ano a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e tudo fará, no que estiver a seu alcance, para que corresponda às expectativas depositadas ao país, na gestão dos assuntos que constam na agenda da ONU.

O Chefe de Estado sublinhou que o mundo atravessa um período de crise económica e financeira, agravada pela proliferação de conflitos e guerras locais e sub-regionais, de que decorre, consequências humanitárias e materiais graves.

Segundo José Eduardo dos Santos, é urgente uma solução abrangente e inclusiva para se pôr fim a esses conflitos, nomeadamente os do Médio Oriente e a intensificação do terrorismo, para se viabilizar a estabilidade de toda a região e remover a causa principal do aumento do número de refugiados que afluem o continente europeu.

“Por outro lado, os conflitos candentes que continuam a existir em África são a principal preocupação dos povos deste continente, tanto as Nações Unidas como a União Africana devem continuar a dedicar especial atenção às crises na Líbia, Mali, República Centro-africana, Sudão, Sudão do Sul, Somália e Burundi”, frisou o presidente.

Lusa, em Rede Angola – Foto: Francisco Bernardo / JAImagens

Sem comentários:

Mais lidas da semana