José
Eduardo dos Santos discursou na habitual cerimónia de cumprimentos de ano novo
do corpo diplomático acreditado em Angola.
O
presidente defendeu na sexta-feira em Luanda a concertação mundial como
solução para os actuais problemas da humanidade, em especial a queda dos preços
das matérias-primas, como o petróleo.
José
Eduardo dos Santos discursava na habitual cerimónia de cumprimentos de ano novo
do corpo diplomático acreditado em Angola.
De
acordo com José Eduardo dos Santos, a baixa dos preços das matérias-primas, em
particular do preço do petróleo no mercado internacional, constitui hoje “um
dos factores recentes que mais afecta, negativamente, os esforços de
recuperação dos países subdesenvolvidos e de desenvolvimento médio”.
Ao
descrever a situação do país, o presidente disse que Angola permanece estável
do ponto de vista político e social, mas no plano económico, atravessa hoje
desafios maiores devido à incerteza dos preços das matérias-primas no mercado
internacional.
A
nível regional, o presidente lembrou que Angola cumpriu com grande empenho o
seu mandato de dois anos como presidente da Conferência Internacional da Região
dos Grandes Lagos, contribuindo para a resolução ou início de solução dos
conflitos que afetam vários países.
Acrescentou
que Angola assume em Março deste ano a presidência do Conselho de Segurança das
Nações Unidas, e tudo fará, no que estiver a seu alcance, para que corresponda
às expectativas depositadas ao país, na gestão dos assuntos que constam na
agenda da ONU.
O
Chefe de Estado sublinhou que o mundo atravessa um período de crise económica e
financeira, agravada pela proliferação de conflitos e guerras locais e
sub-regionais, de que decorre, consequências humanitárias e materiais graves.
Segundo
José Eduardo dos Santos, é urgente uma solução abrangente e inclusiva para se
pôr fim a esses conflitos, nomeadamente os do Médio Oriente e a intensificação
do terrorismo, para se viabilizar a estabilidade de toda a região e remover a
causa principal do aumento do número de refugiados que afluem o continente
europeu.
“Por
outro lado, os conflitos candentes que continuam a existir em África são a
principal preocupação dos povos deste continente, tanto as Nações Unidas como a
União Africana devem continuar a dedicar especial atenção às crises na Líbia,
Mali, República Centro-africana, Sudão, Sudão do Sul, Somália e Burundi”,
frisou o presidente.
Lusa,
em Rede Angola – Foto: Francisco Bernardo / JAImagens
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