A
mais alta taxa de abstenção em eleições presidenciais foi registada na
reeleição de Cavaco Silva, em 23 de janeiro de 2011, com 53,56% dos eleitores a
optarem por não ir às urnas.
Nas
anteriores presidenciais votaram 4,4 milhões de eleitores em 9,6 milhões de
inscritos, que deram a vitória a Aníbal Cavaco Silva contra Manuel Alegre, o
principal opositor, Fernando Nobre, Francisco Lopes, José Coelho e Defensor
Moura.
No
pós-25 de Abril de 1974, a reeleição de Cavaco Silva, que venceu com 52,95% dos
votos, confirmou a tendência para uma maior abstenção quando se trata de um
segundo mandato.
Antes
desta reeleição, o "recorde" da taxa de abstenção em presidenciais
tinha sido registado no segundo mandato de Jorge Sampaio, em janeiro de 2001,
com 50,29% de abstencionistas.
Em
1991, nas quartas presidenciais e também numa reeleição, a do antigo Presidente
da República Mário Soares, a abstenção já tinha sido a mais elevada até então,
37,8%.
A
exceção à "regra" de maior abstenção numa reeleição é protagonizada
pelo general António Ramalho Eanes, que foi reeleito em 1980 num escrutínio que
registou a menor percentagem de abstencionistas, cerca de 15%.
Esta
foi, aliás, a eleição presidencial mais concorrida de sempre, com uma
participação de 84,39% dos eleitores inscritos.
Por
três vezes, a renúncia ao voto ultrapassou os 30 por cento: 37,84% na reeleição
de Mário Soares, em 1991; 33,71% na primeira eleição de Jorge Sampaio, em 1996,
e 38,47% no sufrágio ganho por Aníbal Cavaco Silva, em 2006.
Nos
restantes atos eleitorais, a abstenção variou entre os 24,53% quando Ramalho
Eanes se tornou o primeiro presidente eleito por sufrágio universal, em 1976, e
os 24,62% e 22,01%, na primeira e segunda voltas, respetivamente, da votação em
1986, que elegeu pela primeira vez Mário Soares.
As
próximas eleições para eleger o Presidente da República, as nonas, realizam-se
a 24 de janeiro de 2016.
Marcelo
Rebelo de Sousa, Maria de Belém Roseira, Sampaio da Nóvoa, Edgar Silva, Marisa
Matias, Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, Henrique Neto, Cândido
Ferreira, Paulo Morais e Jorge Sequeira são os candidatos que formalizaram a
candidatura a Belém.
SF
// ZO - Lusa
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