Pelo
menos 21 cidadãos com passaporte português ficaram feridos no duplo atentado
terrorista de terça-feira em Bruxelas, disse hoje à agência Lusa o secretário
de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.
JSD
// PJA - Lusa
Terceiro
terrorista do aeroporto de Bruxelas esteve ligado aos atentados de Paris
O
terceiro suspeito dos atentados de terça-feira no aeroporto de Bruxelas, e o
único que continua vivo, foi identificado como Najim Laachraui, homem ligado
aos ataques de Paris, revelou hoje o jornal belga "La Dernière Heure".
Os
serviços secretos e a polícia da Bélgica "procuram ativamente" este
homem de 25 anos, que aparece nas imagens divulgadas pelas autoridades na
terça-feira, gravadas pelas câmaras de vigilância do aeroporto, que mostram os
três alegados terroristas, segundo as mesmas fontes citadas pelo jornal.
Nessas
imagens, Laachraui tem um gorro escuro e empurra um carrinho de bagagem, onde
tem um saco de viagem com, alegadamente, explosivos lá dentro.
Os
explosivos que transportava não chegaram a explodir, ao contrário do que
aconteceu com a bagagem dos outros dois homens, segundo noticiam os meios de
comunicação belgas.
O
ADN de Laacharaui foi encontrado em "material explosivo usado nos
atentados" de Paris em novembro de 2015, disse ainda uma fonte próxima da
investigação francesa ao jornal belga.
Este
homem deixou a Síria em fevereiro de 2013 e é procurado desde dezembro passado,
após os atentados de Paris.
Num
controlo policial em setembro, na fronteira entre a Hungria e a Áustria, foi
identificado com o nome falso de Soufiane Kayal e estava acompanhado por Salah
Abdeslam, ligado aos atentados de Paris e capturado na sexta-feira passada em
Bruxelas. Os dois estavam ainda com Mohamed Belkais, um argelino de 35 anos
abatido pela polícia no mesmo dia, em Bruxelas.
Laachraui
arrendou uma casa, com um nome falso, na comunca belga de Auvelais, que serviu
para preparar os atentados de Paris. Os investigadores também consideram que,
na noite dos ataques em França, falou ao telefone com os bombistas suicidas que
estavam em Paris, tal como fez Belkhaid.
Lacharaui
foi, segundo os meios de ocmunicação belgas, o responsável por fazer os cintos
de explosivos usados em Paris e o seu ADN foi encontrado em dois deles (num
usado no Bataclan e outro no estádio de França), noticia a televisão RTBF.
Também
foram encontradas impressões digitais de Laachraui na casa do bairro de
Bruxelas de Schaerbeek, onde as autoridades acreditam que foram fabricados os
cintos de explosivos usados em Paris.
Estão
assim identificados os três alegados terroristas que atuaram no aeroporto de
Bruxelas na terça-feira, depois de a RTBF ter noticiado também hoje que os
outros são dois, suicidas, são irmãos, de apelido El Bakraoui, que tinham ficha
na polícia mas não por terrorismo.
Um
deles, Khalid, tinha alugado, com uma identidade falsa, a casa na Rue du Dries,
no bairro de Forest, onde no passado dia 15 de março ocorreu um tiroteio em que
um dos suspeitos morreu e outros dois fugiram, incluindo Salah Abdeslam, que
acabou por ser posteriormente detido.
Khalid
e Ibrahim El Bakraui eram ambos de Bruxelas e estavam nos registos da polícia
por atos de vandalismo, esclarece a RTBF.
Pelo
menos 14 pessoas morreram nas duas explosões no aeroporto de Zaventem na
terça-feira. Na estação de metropolitano de Maalbeek, a apenas 200 metros da
sede da Comissão Europeia, uma terceira explosão provocou a morte a pelo menos
20 pessoas. No total são calculados mais de 200 feridos.
MP
(ISG /ANC) // ARA - Lusa
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