É
título e pergunta neste espaço em que a notícia aqui compilada vem do Rede
Angola. António Costa, primeiro-ministro português, prossegue a senda da
promiscuidade dos políticos e governantes com a banca e personalidades
angolanas cujas fortunas quase surgiram do nada ou por “milagre”, no presente
caso Isabel dos Santos. Afirma o Rede Angola: “Para resolver o impasse da venda
das acções de Isabel dos Santos no BPI e evitar eventual relação hostil com
Luanda, António Costa, primeiro-ministro português, terá dado luz verde à
entrada da empresária no Banco Comercial Português, depois de uma reunião
entre ambos em Lisboa.”
A
confirmar-se a verdade dos factos relatados perguntamos legitimamente: Vamos
ter mais do mesmo?
Cansa
sabermos que a promiscuidade entre os mais ricos, podres de ricos, os
políticos, os governantes, é moléstia constante que apodrece a reputação
daqueles que deviam primar pela transparência e pela distanciação aos que
são impérios económico-financeiros de modo dúbio. E assim eles são quase todos.
Não se enriquece a trabalhar. Enriquece-se nas negociatas opacas, na especulação,
na exploração desbragada da força e competência de trabalho dos empregados sistemáticamente mal
remunerados.
Costa,
a confirmar-se o constante na notícia, poderá desvalorizar a importância do
acontecimento mas não se livra de praticar o mesmo que os seus antecessores e
participar no chiqueiro e na chafurda com os da alta finança, quase sempre
apontados como gente de honestidade dúbia ou até de grandes mafiosos. Costa lá
sabe, até onde se poderá conspurcar. Certo é que recorreu à opacidade característica
dos políticos que se governam, dos partidos que se governam. O potencial
adquirido para Costa representar mais uma grande desilusão para muitos
portugueses começou agora. O futuro dirá até onde ele irá e que males maiores
cairão sobre os portugueses, mais uma vez.
Redação
PG / MM
Isabel
dos Santos entra no BCP com apoio de primeiro-ministro português
António
Costa reuniu com empresária em Lisboa e oposição já pediu a governante que
clarifique em que termos aconteceu o encontro.
Para
resolver o impasse da venda das acções de Isabel dos Santos no BPI e evitar
eventual relação hostil com Luanda, António Costa, primeiro-ministro português,
terá dado luz verde à entrada da empresária no Banco Comercial Português,
depois de uma reunião entre ambos em Lisboa.
Isabel
dos Santos aceitou sair do BPI vendendo as suas acções, 18,6 por
cento, aos espanhóis do La Caixa, que já detinham 44,1 por cento da
instituição, mas, de acordo com o Expresso, a empresária pretende
continuar a ter uma posição de relevo na banca portuguesa. Na mesa está a
possibilidade de a filha de José Eduardo dos Santos se tornar accionista do
Banco Comercial Português (BCP), detido maioritariamente pela Sonangol,
intenção que já havia sido demonstrada em 2015 quando a empresária propôs a
fusão entre BPI e BCP.
De
recordar que, outra moeda de troca para a venda dos 18,6 por cento do BPI é o
controlo total do Banco de Fomento de Angola pela angolana, cujos 49,5 por
cento já são detidos pela Unitel.
A
reunião entre António Costa e Isabel dos Santos e o aval do primeiro-ministro
português à concretização do negócio terão entretanto suscitado alguma
inquietação no seio da oposição portuguesa, com membros do PSD a pedir um
“cabal esclarecimento” do chefe do governo português sobre a sua alegada
interferência nas relaçōes societárias e comerciais entre accionistas privados
do BPI e BCP, escreve o semanário.
Em
causa estão “as interferências do governo Socialista liderado por José Sócrates
em empresas como a PT e o BCP e até em decisões de crédito dos bancos
(incluindo a CGD), que vieram a mostrar-se extremamente lesivas para a economia
nacional e para a condição das próprias empresas em que essa interferência
ocorreu, causando-lhes enormes fragilidades e problemas futuros e colocando em
causa a respectiva viabilidade”, disse o deputado social-democrata Leitão Amaro.
Rede
Angola – Foto: Ampe Rogério
Sem comentários:
Enviar um comentário