domingo, 20 de março de 2016

PROMISCUIDADE DE COSTA COM A BANCA E ISABEL DOS SANTOS TAMBÉM EXISTE?



É título e pergunta neste espaço em que a notícia aqui compilada vem do Rede Angola. António Costa, primeiro-ministro português, prossegue a senda da promiscuidade dos políticos e governantes com a banca e personalidades angolanas cujas fortunas quase surgiram do nada ou por “milagre”, no presente caso Isabel dos Santos. Afirma o Rede Angola: “Para resolver o impasse da venda das acções de Isabel dos Santos no BPI e evitar eventual relação hostil com Luanda, António Costa, primeiro-ministro português, terá dado luz verde à entrada da empresária no Banco Comercial Português, depois de uma reunião entre ambos em Lisboa.”

A confirmar-se a verdade dos factos relatados perguntamos legitimamente: Vamos ter mais do mesmo?

Cansa sabermos que a promiscuidade entre os mais ricos, podres de ricos, os políticos, os governantes, é moléstia constante que apodrece a reputação daqueles que deviam primar pela transparência e pela distanciação aos que são impérios económico-financeiros de modo dúbio. E assim eles são quase todos. Não se enriquece a trabalhar. Enriquece-se nas negociatas opacas, na especulação, na exploração desbragada da força e competência de trabalho dos empregados sistemáticamente mal remunerados.

Costa, a confirmar-se o constante na notícia, poderá desvalorizar a importância do acontecimento mas não se livra de praticar o mesmo que os seus antecessores e participar no chiqueiro e na chafurda com os da alta finança, quase sempre apontados como gente de honestidade dúbia ou até de grandes mafiosos. Costa lá sabe, até onde se poderá conspurcar. Certo é que recorreu à opacidade característica dos políticos que se governam, dos partidos que se governam. O potencial adquirido para Costa representar mais uma grande desilusão para muitos portugueses começou agora. O futuro dirá até onde ele irá e que males maiores cairão sobre os portugueses, mais uma vez.

Redação PG / MM

Isabel dos Santos entra no BCP com apoio de primeiro-ministro português

António Costa reuniu com empresária em Lisboa e oposição já pediu a governante que clarifique em que termos aconteceu o encontro.

Para resolver o impasse da venda das acções de Isabel dos Santos no BPI e evitar eventual relação hostil com Luanda, António Costa, primeiro-ministro português, terá dado luz verde à entrada da empresária no Banco Comercial Português, depois de uma reunião entre ambos em Lisboa.

Isabel dos Santos aceitou sair do BPI vendendo as suas acções, 18,6 por cento, aos espanhóis do La Caixa, que já detinham 44,1 por cento da instituição, mas, de acordo com o Expresso, a empresária pretende continuar a ter uma posição de relevo na banca portuguesa. Na mesa está a possibilidade de a filha de José Eduardo dos Santos se tornar accionista do Banco Comercial Português (BCP), detido maioritariamente pela Sonangol, intenção que já havia sido demonstrada em 2015 quando a empresária propôs a fusão entre BPI e BCP.

De recordar que, outra moeda de troca para a venda dos 18,6 por cento do BPI é o controlo total do Banco de Fomento de Angola pela angolana, cujos 49,5 por cento já são detidos pela Unitel.

A reunião entre António Costa e Isabel dos Santos e o aval do primeiro-ministro português à concretização do negócio terão entretanto suscitado alguma inquietação no seio da oposição portuguesa, com membros do PSD a pedir um “cabal esclarecimento” do chefe do governo português sobre a sua alegada interferência nas relaçōes societárias e comerciais entre accionistas privados do BPI e BCP, escreve o semanário.

Em causa estão “as interferências do governo Socialista liderado por José Sócrates em empresas como a PT e o BCP e até em decisões de crédito dos bancos (incluindo a CGD), que vieram a mostrar-se extremamente lesivas para a economia nacional e para a condição das próprias empresas em que essa interferência ocorreu, causando-lhes enormes fragilidades e problemas futuros e colocando em causa a respectiva viabilidade”, disse o deputado social-democrata Leitão Amaro.

Rede Angola – Foto: Ampe Rogério

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