Numa
tirada de faz-de-conta Passos Coelho fez esquecer-se das suas promiscuidades
com a banca e os banqueiros quando era primeiro-ministro e mesmo antes disso.
Vai daí faz o seu papel de bom ator (que dá muito jeito na política) e
mostra-se escandalizado com as promiscuidades que envolvem António Costa, atual
primeiro-ministro. A carapaça de desavergonhado sobresai em Passos Coelho e nos
seus acólitos, ainda mais pelo ênfase e hipócrita preocupação que pretendem demonstrar acerca do mau passo de António Costa com a angolana privilegiada Isabel dos Santos. Isto só vem reforçar o dito
popular de que eles, os políticos, são todos iguais. Não será bem assim, porque
há uns mais iguais que outros.
Passos, ao falar de Costa lembra a pergunta entre dois iguais, um muito roto e outro nu: "porque não te vestes tu?"
Nem
dá para lamentar o descaramento de Passos, nem do PSD, nem do CDS, nem de
nenhum dos das suas fileiras, muito menos os das suas respetivas bancadas
parlamentares. Fazem fitas mas vão todos comer às mãos dos que ludibriam os
portugueses, dos que são contribuintes para para salvar a banca, mesmo que isso
conduza à pobreza extrema, à miséria, à fome. Disso foram Passos, Portas e
Cavaco obreiros, também uns quantos do PS… E agora com todo o descaramento
encenam incómodos, críticas e piruetas que nem aos saltimbancos lembraria pôr
em prática.
Os
políticos são todos iguais quando lhes cheira ao vil metal, ao capital e para o
manterem nas mãos de uns quantos esbulham os trabalhadores, esbulham os que
produzem tudo que quotidianamente utilizam para seu serviço, para seu conforto,
para as futilidades que lhes alimentam os vícios. Nada produzem a não ser
gerirem mal o produto dos roubos e dizerem aos que produzem que “isto está mau”.
É para esses milhões que não há nada, nem cidadania em democracia mas sim só um
arremedo dessa condição prometida mas nunca ou muito raramente cumprida.
Leia
a notícia da Lusa, com as piruetas e descaramentos do maior aldrabão, do maior vigarista
que Portugal teve como primeiro-ministro e que ainda hoje tem de suportar como
deputado e líder partidário com perspetivas de voltar ao local do crime, o
governo.
Redação
PG / MM
O
presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que é preciso um
"esclarecimento tão transparente quanto possível" sobre a alegada
interferência direta do primeiro-ministro nos negócios entre a empresária
angolana Isabel dos Santos e o setor bancário.
"Não
temos boa memória dos tempos em que os governos e os primeiros-ministros se
envolviam em processos societários que não respeitam ao Estado, respeitam aos
privados, e era muito importante que houvesse um cabal esclarecimento dessa
matéria", disse Passos Coelho, à margem de uma visita à Feira do Folar de
Valpaços, Vila Real.
Para
o líder do PSD, é preciso que os governos "salvaguardem a sua
independência e a sua isenção de processos que não estão sob a sua alçada
direta" e, por isso, espera que haja um "esclarecimento cabal desta
matéria".
O
Expresso noticiou que António Costa e a empresária angolana, para ultrapassar o
impasse no BPI, reuniram-se em Lisboa e terão conciliado posições com o grupo
financeiro espanhol La Caixa, com a filha do Presidente de Angola a vender a
sua participação no BPI aos espanhóis e o BPI a ceder as suas ações do banco
angolano BFA a capitais angolanos.
Já
no sábado, o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD Leitão Amaro anunciou
um pedido de esclarecimento e referiu que vão ser formuladas oito perguntas ao
Governo socialista sobre as alegadas interferências nos negócios entre a
empresária angolana Isabel dos Santos e o setor bancário.
PLI
// EL - Lusa
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