quarta-feira, 5 de outubro de 2016

ANTÓNIO GUTERRES ELEITO POR ACLAMAÇÃO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU


Conselho de Segurança espera eleger Guterres por aclamação na quinta-feira

"Hoje, depois da nossa sexta votação, temos um favorito claro e o seu nome é António Guterres. Decidimos avançar para um voto formal amanhã de manhã [quinta-feira] e esperamos fazê-lo por aclamação", disse aos jornalistas Vitaly Churkin.

Depois de uma hora e meia de encontro, pela primeira vez na história da organização os 15 embaixadores dos países com assento no Conselho de Segurança vieram falar aos jornalistas para anunciar o nome do português.

"Senhoras e senhores, estão a testemunhar uma cena histórica. Nunca foi feito desta forma. Este foi um processo de seleção muito importante", disse o embaixador russo.

Momentos depois, a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU disse que os 15 países membros do Conselho de Segurança decidiram unir-se em volta de António Guterres devido às provas que deu na sua carreira e durante a campanha.

"As pessoas queriam unir-se em volta de uma pessoa que impressionou ao longo de todo o processo e impressionou a vários níveis de serviço", disse Samantha Powell aos jornalistas.

António Guterres ficou à frente desta última votação com 13 "encoraja" e não recolheu nenhum veto.

Depois de cinco votações em que os votos dos 15 membros eram indiscriminados, os votos dos membros permanentes (China, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos) foram destacados pela primeira vez, sendo assim possível perceber se havia algum veto.

António Guterres venceu as cinco primeiras votações para o cargo, que aconteceram a 21 de julho, 05 de agosto, 29 de agosto, 09 de setembro e 26 de setembro.

Depois de a resolução ser aprovada na quinta-feira pelo Conselho de Segurança, o nome de Guterres segue para aprovação na Assembleia Geral da ONU.

O novo secretário-geral da organização substitui Ban Ki-moon e entra em funções a 01 de janeiro de 2017.

AYS // VM – LUSA

ONU unida em volta de Guterres, um candidato que deu provas - Estados Unidos

A embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU disse hoje que os 15 países membros do Conselho de Segurança decidiram unir-se em volta de António Guterres devido às provas que deu na sua carreira e durante a campanha.

"As pessoas queriam unir-se em volta de uma pessoa que impressionou ao longo de todo o processo e impressionou a vários níveis de serviço", disse Samantha Powell aos jornalistas.

António Guterres ficou à frente com 13 "encoraja" e não recolheu nenhum veto na sexta votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, para eleger o próximo secretário-geral da organização.

O Conselho de Segurança, com a presença de todos os embaixadores, anunciou que o português era o "vencedor claro" e que avançava já na quinta-feira para a aprovação de uma resolução que propõe o nome de Guterres para aprovação pela Assembleia Geral.

Depois de cinco votações em que os votos dos 15 membros eram indiscriminados, os votos dos membros permanentes (China, Rússia, França, Reino Unido e Estados Unidos) foram destacados pela primeira vez, sendo assim possível confirmar se havia algum veto.

António Guterres venceu as cinco primeiras votações para o cargo, que aconteceram a 21 de julho, 05 de agosto, 29 de agosto, 09 de setembro e 26 de setembro.

AYS // VM – LUSA

Marcelo já falou com Guterres e diz que foi indicado o melhor candidato

O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, já telefonou a António Guterres para o felicitar pela indicação para secretário-geral das Nações Unidas, realçando que foi aprovado o melhor candidato.

"Aqui é o melhor a ser escolhido. E isso é muito bom para o mundo, para as Nações Unidas e para Portugal", vincou o chefe de Estado, à saída de uma visita a uma associação social em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa falava minutos depois de se saber que o antigo primeiro-ministro português António Guterres foi hoje indicado como favorito para ocupar o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo Conselho de Segurança à Assembleia-geral, que deverá aprovar o seu nome dentro de alguns dias.

PPF // VM – LUSA

Costa diz que aprovação de Guterres mostra que a pessoa certa vai estar no lugar certo

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje, a propósito do aval dado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas à candidatura de António Guterres a secretário-geral da organização, que "tudo indica que a pessoa certa" vai estar "no lugar certo".

Questionado pelos jornalistas sobre qual a sua reação a esta aprovação, o governante disse: "Como português, [reajo] com um enorme orgulho, e como cidadão do mundo, com uma enorme satisfação, porque tudo indica que vamos ter a pessoa certa no lugar certo".

"Acho que à sexta votação já ninguém tem dúvidas que a pessoa melhor colocada para exercer funções de secretário-geral das Nações Unidas é o engenheiro António Guterres", salientou, falando em Lisboa, à margem da inauguração da nova sede da Junta de Freguesia de Marvila.

António Guterres ficou à frente e não recolheu nenhum veto na sexta votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, para eleger o próximo secretário-geral da organização.

O presidente do Conselho de Segurança das ONU disse aos jornalistas, no final da sexta votação do Conselho de Segurança para secretário-geral, que o organismo espera recomendar "por aclamação" o nome de António Guterres na quinta-feira.

AYMN (AYS) // JPF - LUSA

PORTUGUESES NUNCA CONFIARAM NOS POLÍTICOS. VOTAM NO QUE JULGAM MAL MENOR



Nas comemorações do 5 de Outubro o PR Marcelo Rebelo de Sousa disse algumas certas mas outras menos certas ou demasiado diplomáticas para que possam ser consideradas na galeria da realidade. O título da notícia que vai encontrar a seguir a esta pequena abertura mostra a inclusão da palavra “ainda”, o que revela a noção que Marcelo tem relativamente ao facto de os portugueses nunca terem confiado nos políticos em Portugal. Realidade vergonhosa em que tudo indica serem os políticos os únicos a não sentirem vergonha. Demonstrando que são desprovidos de decência, de honestidade para com eles próprios. Se assim são para eles próprios mais facilmente o são para aqueles que supostamente representam nos órgãos governativos, parlamentares ou outros que são inerentes às alegadas competências adstritas aos políticos.

A falta de confiança que comprovadamente não inspiram prejudicam a democracia – como também Marcelo afirmou. Prejudicam ainda os políticos que mereceriam confiança devido aos seus caráteres e práticas honestas. Esses existem com toda a certeza entre a mole imensa de políticos desonestos que representam e defendem interesses tantas vezes prejudiciais aos que vigarizados os elegeram. Num passado recente tivemos disso prova devastadora ao guindarem Passos Coelho e Paulo Portas para governantes. Principalmente na eleição de Passos Coelho concluiu-se que jamais em Portugal, em democracia, se sentou na cadeira de PM ser tão aldrabão, tão vigarista, tão desdenhado que facilmente desmentia e afirmava não ter dito aquilo que meses, semanas ou dias antes tinha declarado.

Passos foi um dos que mais deu motivos para que a desconfiança nos políticos crescesse nestes últimos tempos, sabendo-se ainda que se dedicou a governar no interesse dos mais ricos e num debulho colossal da classe média e dos mais pobres, carenciados e excluídos. Totalmente descredibilizado pelos portugueses teima em liderar o PSD, arrastando o partido na lama contagiante do descrédito que inspira. O descaramento inaudito de Passos roça a demência, só assim se encontra explicação para as suas mentiras, as suas declarações numa hora para as negar a seguir.

Confiar nos políticos? Em quais? Os que mentem? Os que cobram favores? Os que servem as clientelas e prejudicam a maioria dos portugueses e o país?

Num estudo que o PG publica a seguir a este título sobre declarações de Marcelo e a desconfiança nos políticos, estudo que não diz só respeito a Portugal mas a outros países do mundo, podemos observar que à falta de confiança nos políticos (últimos da lista) podemos igualmente verificar que a classe dos advogados também é uma das que merece menos confiança segundo os inquiridos nesse estudo. Estão resvés à posição dos políticos. Certamente que não é por acaso que no Parlamento português a grande maioria dos deputados tem por profissão a advogacia. Para bom entendedor...

Não se vislumbra na referida lista a profissão que abrange economia, finanças e gestão. Devemos interpretar que a sua ausência representa o cúmulo do descrédito? Parece que sim. No mundo de hoje, principalmente, com toda a razão.

Disse o PR Marcelo, com toda a sabedoria, que “os portugueses ainda desconfiam dos políticos”. Tal significa que nunca nas suas vidas tiveram motivos para confiar neles. Uma vergonha para os políticos sem vergonha. E no entanto continuam a ser eleitos, tal é o desaforo e a estupidez de certos e incertos portugueses eleitores que parecem preferir a flagelação das suas paupérrimas vidas provocada por salafrários licenciados e doutorados (por mérito ou favor) que perduram durante décadas nas manjedouras dos poderes.

Os portugueses nunca confiaram nos políticos, por isso votam no que julgam o mal menor. E mesmo assim são devastadoramente enganados. Tal é a dimensão da pulhice. (MM / PG)

"Portugueses ainda desconfiam dos políticos", diz Marcelo

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu, esta quarta-feira, que os portugueses ainda desconfiam dos políticos.

"Se o 5 de Outubro permanece vivo, por que razão ainda tantos portugueses desconfiam da política, dos políticos e das instituições, e escolhem a abstenção e o distanciamento crítico?", questionou durante o discurso que fez na Praça do Município, em Lisboa, na cerimónia comemorativa da Implantação da República.

Sublinhando que a razão de ser de "desilusões, desconfianças e de descrenças" tem a ver com "o cansaço perante casos a mais de princípio vividos de menos", o Presidente da República rejeitou a ideia de que a desconfiança dos portugueses em relação à política e aos políticos, o seu distanciamento e alheamento seja porque preferem a monarquia.

"A maioria dos portugueses respeita essa linhagem, mas não questiona hoje o regime republicano", afirmou, considerando que essa questão foi ultrapassada há mais de 50 anos, antes ainda da entrada em vigor da atual Constituição.

E "menos ainda" é porque preferem regressar a uma ditadura aberta ou disfarçada, duradoura ou temporária para cumprir as contas públicas, reforçar a autoridade e garantir a segurança", acrescentou, admitindo, contudo, que possa haver quem de "tempos a tempos" sonhe com "o sebastianismo monocrático ou autocrático".

"0 5 de outubro está vivo, mas só se nós todos lhe dermos vida para que mais e mais portugueses possam rever-se na republica democrática, para que mais portugueses possam acreditar em Portugal", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.

Antes, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse que a Implantação da República está a ser celebrada este ano como deve ser, "em dia feriado e festivo e numa praça aberta ao povo".

"Celebramos este ano o Dia da República, o 5 de Outubro, como devemos: em dia feriado e festivo e numa praça aberta ao povo. Porque é desta forma que merece ser evocado um momento chave da nossa história", declarou o autarca socialista.

Jornal de Notícias - Foto Miguel A. Lopes/Lusa

QUASE NINGUÉM CONFIA NOS POLÍTICOS?


A profissão menos confiável em todos os continentes continua a ser a de político. Esta é uma das principais conclusões do estudo “Confiança nas Profissões” de 2016, realizado pela GfK Verein

Com um índice de confiança de apenas 6%, os políticos praticamente não têm qualquer apoio do público em Espanha, França e Brasil. Entre os 27 países analisados, os alegados defensores da “coisa pública” ficam mais uma vez na cauda do “ranking”, ocupando o último lugar em 22 países incluídos no estudo.

Por que motivo os políticos não merecem respeito e não são dignos de confiança?

Foi esta a questão que o TORNADO colocou ao politólogo Luís de Sousa, presidente da TIAC – Transparência e Integridade, Associação Cívica.

“Este mal-estar e desconfiança crónica dos cidadãos com os seus políticos é bastante complexo e não pode ser interpretado de uma forma linear”, começa por referir o investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS).

“É preciso ter em consideração que os políticos são facilmente censuráveis pela opinião pública pelo incumprimento de promessas eleitorais, que muitas das vezes são fantasiosas ou irreflectidas e criam falsas expectativas, mas que por vezes também não são passíveis de ser cumpridas devido à alteração de um conjunto de factores que os políticos não conseguem controlar” afirma ao dar como exemplo, uma crise financeira global, uma calamidade natural ou um conflito armado num país vizinho.

O politólogo sublinha que também é preciso ter em conta que os cidadãos não acreditam que os políticos na realidade sejam seus representantes fidedignos.

“Isto é, acham que os políticos só querem o seu voto e não são responsivos às suas carências, problemas e interesses, mas respondem apenas aos interesses de grupos económicos de maior relevo na definição e implementação de políticas públicas”, explica ao sublinhar: “Isto cria um sentimento de desafeição no eleitor”.

Por outro lado, muita desta falta de confiança também “resulta de comportamentos impróprios no exercício de funções por parte dos eleitos e da ausência de regras e mecanismos eficazes que os disciplinem e responsabilizem eticamente”. Luís de Sousa adianta que “não tem que ser necessariamente corrupção quid pro quo” mas conflito de interesses, favorecimentos de familiares e amigos, entre outros.

Por último, o investigador do ICS da Universidade de Lisboa conclui: “em democracia é normal que os cidadãos nutram alguma desconfiança nos eleitos, quanto mais não seja porque lhes confiam o voto e os seus impostos e portanto, não querem que estes interpretem a confiança como uma confiança cega, um cheque em branco”.

Bombeiros são os mais confiáveis

Depois de analisar o nível de confiança em 32 profissões, dos sectores público e privado, com as quais os cidadãos lidam directa ou indirectamente, a empresa mundial de estudos de mercados GfK Verein refere que o índice médio de confiança dos políticos é 30%, registando uma diminuição de um ponto percentual face a 2014. No final da tabela aparecem ainda os presidentes de câmaras, agentes de seguros e publicitários.

Nos cinco países que não colocam os políticos na cauda do “ranking”, as profissões menos confiáveis são muito diversificadas: para os Nigerianos são os polícias a profissão menos confiável, na África do Sul os taxistas, na Rússia os publicitários, na Suécia os vendedores e na Indonésia os Padres.


Com um índice de confiança de 90%, os bombeiros, mais uma vez, mantêm-se em primeiro lugar, à semelhança de 2014. Na lista de credibilidade das chamadas profissões incontroversas seguem-se os enfermeiros e professores com 89% e os médicos com 88%.

Profissões como juízes (70%), bancários e vendedores (67%) e polícias (63%), embora estejam no meio da tabela, parecem causar alguma controvérsia em termos de confiança, pois os seus índices variam muito de país para país, oscilando entre 20% a 80%, revela ainda a GfK Verein.

O Estudo “Confiança nas Profissões” de 2016 tem por base cerca de 30 mil entrevistas a cidadãos com idade superior a 18 anos, de 27 países de todos os continentes, representando 2,4 biliões de pessoas em todo o mundo. Em cada país, os dados são ponderados, pelas variáveis idade e género, para refletir a sua composição demográfica.

A nível global, a média reflecte a dimensão demográfica de cada país, isto é, os dados são ponderados pela população de cada país. A recolha da informação foi realizada através de entrevistas pessoais e directas e entrevistas telefónicas, no final de 2015.

Isabel Guerreiro – Jornal Tornado

Portugueses são os menos satisfeitos com a vida. Porquê?



Todos os anos a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) faz um retrato do que está mal nos vários países desenvolvidos. Conheça as principais preocupações para Portugal.

Pouca saúde, poucas crianças ou jovens e um desemprego que continua muito elevado, sobretudo entre quem chega ao mercado de trabalho ou é mais velho.

Estes são alguns dos principais problemas identificados pela OCDE para Portugal no seu relatório anual Society at a Glance que também revela que os portugueses são, nos países desenvolvidos, os menos satisfeitos com a vida.

Pouca saúde e pouca satisfação com a vida

Além de confiarem muito pouco no governo, a satisfação com a vida caiu bastante em Portugal desde o início da crise. Numa escala de 0 a 10 os portugueses escolhem, em média, o 5,1, o valor mais baixo entre os países da OCDE.

Além disso, menos de 50% dos portugueses dizem sentir-se saudáveis, o que fica muito abaixo dos 70% da OCDE.

Muito poucos bebés

A taxa de fertilidade em Portugal fica-se por umas modestas 1,23 crianças por mulher. Muito abaixo da média da OCDE (1.68) e um número que apenas consegue ser superior ao que se encontra na Coreia do Sul, a campeã na falta de crianças. Em todos os outros países há mais bebés do que em Portugal.

A percentagem de população jovem também não tem parado de cair desde 1960 (menos 8 pontos percentuais) e os jovens são hoje apenas 16% da população.

Finalmente, as mulheres portuguesas mães de bebés (0 a 2 anos) estão entre as que mais trabalham: 70% contra 53% da média da OCDE, a quarta taxa mais alta da Europa, com muitas a não terem outra hipótese a não ser colocar o filho num infantário.

Desemprego continua elevado

Apesar da queda de 5 pontos percentuais desde o pico da crise, a OCDE sublinha que o desemprego em Portugal continua muito elevado. E para os mais novos que chegam ao mercado de trabalho a taxa ronda os 50%.

Nos mais velhos, três em cada quatro desempregados com mais de 55 anos estão desempregados há mais de um ano, uma percentagem das mais elevadas da OCDE.

Crianças e jovens mais atingidos pela crise

Portugal é um exemplo claro de um país onde os jovens com menos educação foram mais afetados pela crise, o que se vê bem no desemprego de quem tem 15 a 29 anos.

A taxa de pobreza entre jovens e crianças também é muito mais elevada do que noutros países. Chega aos 18% enquanto nos adultos se fica pelos 13% e nos idosos pelos 10%. Os jovens em Portugal têm muito mais probabilidades de serem pobres.

Nuno Guedes – TSF - Foto: Miguel Pereira/Global Imagens

Jovens portugueses que não trabalham nem estudam custam mais de 2 mil milhões por ano


A OCDE fez contas à riqueza que se perde em Portugal por existirem tantos jovens sem fazer nada.

Os jovens que não trabalham nem estudam custam a Portugal mais de 2 mil milhões de euros, cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, da riqueza produzida anualmente no país.

As contas são da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) num relatório hoje publicado sobre o que está bem e mal na sociedade portuguesa.

Na vasta parte dedicada ao problema dos chamados "jovens nem-nem" com idades entre os 15 e os 29 anos, o documento explica que depois do pico durante a crise (19%) a percentagem de jovens que não trabalham nem estudam até desceu para 15% em 2015.

Contudo, continua acima dos valores registados antes da crise com mais de metade a estarem desempregados e os outros inativos, ou seja, nem estão à procura trabalho.

Perto de 70% dos "nem-nem" vivem nas casas dos pais, um valor apenas ultrapassado pela Itália e Grécia, com os jovens nascidos no estrangeiro a terem 20% mais de probabilidades de estarem nesta situação.

Feitas as contas aos custos para o país de ter tantos jovens sem fazer nada, a OCDE estimou para Portugal um valor que ronda os 1,2% do PIB, um resultados mais altos da Europa, apenas ultrapassado pela Itália, Bélgica e Grécia.

Feitas as contas, 1,2% do PIB representa mais de 2 mil milhões de euros por ano.

Nuno Guedes – TSF

PORTUGAL COMEMORA HOJE 106 ANOS DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA. QUE REPÚBLICA?



Elaboramos uma pequena nota alusiva às comemorações da Implantação da República Portuguesa com o propósito de assinalar a efeméride. Recorremos à Wikipédia e de lá extraímos um texto de abertura que pode servir de aliciante aos que se interessam por acontecimentos históricos que marcam os avanços e recuos das sociedades quase sempre dominadas por revolucionários e idealistas que após a tomada dos poderes se constituem mais ou menos perceptivelmente em pequenos ou grandes “reis” rodeados de seus séquitos de apoiantes e parasitas que enriquecem abusadamente daquilo que retiram aos povos e aos países que visaram libertar. A ganância sobrepõe-se ao purismo do anterior idealismo e capacidade de luta e muitos existem – desses “libertadores” – que aderem a personalidades alternativas de ditadores mais ou menos declarados.

Na suposta democracia em que Portugal sobrevive a República é demasiadas vezes espezinhada pelas elites que se vieram construindo. Elites económicas e político-partidárias que atualmente já se assemelham a máfias e aos seus secretismos e debulhos. A contaminação devasta a democracia e o poder de facto das populações, dos povos, dos eleitores. A crise é global nesse aspeto e arrasta consigo outros males que enxameiam o mundo com crimes que servem os interesses dos senhores da guerra, do tráfico de armamento, do tráfico de drogas, do tráfico humano, da corrupção, da lavagem de dinheiro, da destruição do planeta e natureza em busca de lucros fáceis, do assassinato de milhões de cidadãos do mundo. Mais aqui que ali ou mais ali que aqui, para recomeçarem novas guerras quando alguma finda em determinado país, em determinado setor. É quase regra que os crimes dessas elites sucedem-se impunemente por todo o mundo. Em Portugal também. Que República? (AV / MM)

Implantação da República Portuguesa

A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, iniciada no dia 2 de outubro e vitoriosa na madrugada do dia 5 de outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.

subjugação do país aos interesses coloniais britânicos,[1] os gastos da família real,[2] o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (o Partido Progressista e o Partido Regenerador), a ditadura de João Franco,[3] a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa[4] do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito.[5] Por contraponto, o partido republicano apresentava-se como o único que tinha um programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso.[6]

Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa.[7]Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação daConstituição de 1911 que deu início à Primeira República.[8] Entre outras mudanças, com a implantação da República, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional, a bandeira e a moeda.[9][10]

Imagem: Litografia colorida, da autoria de Cândido da Silva (?) alusiva à revolução que deflagrou na noite de 3 de Outubro de 1910, em Lisboa, e que conduziu à proclamação da República Portuguesa - Cândido da Silva (uncertain) - Obra do próprio (own photo)



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