PELA
PIOR VIA POSSÍVEL, DESTE MODO OS EXPEDIENTES DA INTELIGÊNCIA ECONÓMICA
PORTUGUESA VISAM CRIAR UM AMBIENTE DE ASSIMILAÇÃO, AINDA QUE ATRAVÉS DE
PROCESSOS POUCO CLAROS EM FUNÇÃO DOS INTERESSES INERENTES, COMO UMA PLATAFORMA
DE ASSALTO A ANGOLA NA VIA NEOCOLONIAL!...
A pirataria de livros escolares em Angola,... continua!
Enquanto
que os SME, inviabilizam a Editora Mensagem, que é angolana, não me deixando
trabalhar por via dos impedimentos legais escusos, outros,... editoras
estrangeiras, vão tomando conta do mercado dos manuais escolares em Angola.
É
caso para dizer-se, que o polvo dos livros escolares em Portugal, já chegou a
Angola, e que há muito por cá anda,... e vão assumindo cada vez mais, uma
posição dominante, em muitos casos de forma ilegal e transformado também nesta
questão, Angola re-colonizada pelos manuais escolares Made in Portugal, não só
nos seus aspectos gráficos, mas também nos conteúdos.
Era
recorrente e os responsáveis sempre fecharam os olhos, a existência de manuais
escolares concebidos para Portugal, serem comercializados em Angola, como se da
reforma escolar fizessem parte,... Com conivência superior, eram aplicadas as
capas dizendo, autorizado pelo INIDE, e assim os alunos durante estes anos foram
comendo o que lhes davam, para comprar, numa operação idêntica a outras, de
falta de transparência, cuja função não é servir Angola e muito menos a um
ensino adequado, mas antes outras razões perversas, contrárias à ética e ao
patriotismo.
Hoje,
(16.2) e já desde há tempos porque sabia estar em curso mais uma operação,...
desloquei-me mais uma vez às grandes superfícies para ver o que para lá anda em
matéria de livros escolares e cadernos de actividade, qual não é o meu espanto,
apesar de eu desde há tempos procurar encontrar, vejo os manuais de geografia
para o primeiro ciclo, a 7ª, 8ª e 9ª, classe da Texto Editores, feito em
Portugal, não aprovados pelo conselho cientifico do INIDE - Instituto Nacional
de Investigação e Desenvolvimento da Educação.
Claro que isto acontece porque existe uma conexão de interesses cá dentro, ligados ao polvo, em prejuízo dos alunos, da educação, da independência nacional e da ética política,.. porquê,... adivinhem.
Acontece
que os manuais de geografia aprovados para o primeiro ciclo, são da Editora
Mensagem, devidamente licenciados pelo INIDE, em Angola. O mercado do livro
escolar em Angola ainda é regulado pelo Ministério da Educação, ou deveria ser.
Porém,
alguém e ao arrepio das orientações superiores, vai liberalizando o mercado dos
livros escolares.
(Aliás,
ainda se mantém parte da divida pelo fornecimento, desde Maio de 2012, dos
manuais do primeiro ciclo de história e de geografia por pagar à Editora
Mensagem por parte do INIDE - ME)
Não
resisto em citar as palavras de Agostinho Neto, feitas em Junho de 1978:
“Hoje
a África parece um corpo inerte, onde cada abutre vem debicar o seu pedaço”.
Outros
casos não menos graves vão minando a educação e os bons princípios éticos numa
área tão sensível e decisiva para o desenvolvimento de Angola, como é a
educação.
É de bradar aos céus, durante meses a fio nas principais ruas de Luanda, foram vendidos fraudulentamente à vista de toda a gente, milhões de livros escolares do anterior sistema vigente do sistema de ensino em Angola, já substituídos, não tendo qualquer utilidade, desde o inicio da reforma escolar em 2001.
Só depois de escuado todo o stock vendido ao publico nas ruas já desactualizados, retirados dos Armazéns da Edimel na marginal de Luanda, não se sabe como,... e que foram adquiridos numa manobra enganosa pelos pais e encarregados de educação, enganados deliberadamente, ainda por cima neste contexto grave de crise e dificuldades acrescidas, comprando lixo para os seus filhos, por valores de aproximadamente de 1000 Kwanzas cada livro (cerca entre 5 e 6 dólares).
É de bradar aos céus, durante meses a fio nas principais ruas de Luanda, foram vendidos fraudulentamente à vista de toda a gente, milhões de livros escolares do anterior sistema vigente do sistema de ensino em Angola, já substituídos, não tendo qualquer utilidade, desde o inicio da reforma escolar em 2001.
Só depois de escuado todo o stock vendido ao publico nas ruas já desactualizados, retirados dos Armazéns da Edimel na marginal de Luanda, não se sabe como,... e que foram adquiridos numa manobra enganosa pelos pais e encarregados de educação, enganados deliberadamente, ainda por cima neste contexto grave de crise e dificuldades acrescidas, comprando lixo para os seus filhos, por valores de aproximadamente de 1000 Kwanzas cada livro (cerca entre 5 e 6 dólares).
Angola
tem hoje autores capacitados de nível internacional, tem editoras nacionais com
experiência bastante para servir o mercado e a população escolar como parceiros
do Ministério da Educação numa perspectiva da defesa dos interesse nacionais, e
ainda porque através do despacho de Abril de 2009, que criou a Comissão
Nacional do Livro e dos Equipamentos Escolares, o Estado financiou em milhões
de dólares empresas para a criação de um parque gráfico capaz e moderno, com o
aparecimento de novas e grandes gráficas e a transformação de algumas pequenas
em médias e grandes gráficas, para produzirem os livros que Angola precisa e
até poderem exportar para África, e que já hoje está até sobre-dimensionado
esse parque para as necessidades internas e que, em vez de se importar se
deveria fazer em Angola o que se pode fazer, em vez de se deixar saírem muitos
milhões de dólares em divisas, para o pagamento de trabalhos gráficos de
edições de manuais escolares desnecessários, feitos no exterior e que tanta
falta fazem ao país, mais ainda nesta altura de crise.
Assim
vai e educação.
*António
Jorge - editor e livreiro em Angola
Nas
imagens os livros piratas de geografia agora em distribuição em Angola, vindos
de Portugal. E alguns dos livros do tempo do anterior sistema vigente, que foram vendidas
num processo de burla ao consumidor,... dizem que por assalto à Edimel - A
Edimel era uma empresa do Estado que antes tinha a função da distribuição de livros
escolares nas escolas.
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