Carlos Tadeu, Setúbal
Há
deputados e há o dito “de putedos estamos fartos”. Por mais desagradável que seja é
facto que existem dois modos – pelo menos - de estar na vida parlamentar para
os que são eleitos pelos portugueses, deputados e “deputedos”, quem são uns e
outros fica ao seu critério, assim como os que merecem respeito e consideração. E o partidarismo não deve aqui ter lugar mas sim o caráter de cada um. Certo é que estamos fartos de alguns deputados e
estamos fartos de putedos nas casas que deviam ser da democracia (AR e Parlamento Europeu) – tendo por
correto que a democracia não deve ser o “cabaret da coxa” como tem sido infeliz evidência.
Se
por tal os portugueses, mais que muitos, chamam a uns deputados e a outros, “deputedos”,
acrescentando “estamos fartos” é porque a razão já lhes assiste há imenso tempo. Os dizeres da plebe tem o que se lhe diga, mas também carregam-se de razões que
mais cedo que tarde mostram-se evidentes.
Não
está errado cada um por si receber o que é justo pelo trabalho ou trabalhos que
desempenhou mas daí a ser um “açambarcador” de trabalhos e chegar ao fim do mês
recebendo o que nem em três anos ou mais a maioria dos portugueses recebe é
indicio de que algo está mal nesta dita República. Há casos ainda piores, muito mais imorais.
Dito
isto deixamos a notícia à vossa consideração, sabendo, evidentemente, que há
muitos mais deputados e deputedos neste caldeirão de açambarcadores de tachos,
tachinhos e tachões – muitas das vezes nem acumulam por mérito próprio tais
cargos e trabalhos mas sim pelo facto de serem deputados e darem sempre jeito
aos empregadores em caso de necessidade… Daí tantos se referirem à AR como a
Assembleia Para Lamentar.
Acerca do Parlamento Europeu nem se fala, o
desprezo nem dá para o acompanhar – a não ser muito pontualmente. O descrédito
nas instituições democráticas enraíza-se e facilita a ação do autoritarismo, da
ditadura a que tantas vezes chamam de democracia mas que já está muito longe
dela em maioria de itens, procedimentos e comportamentos. (CT / PG)
Paulo
Rangel entre eurodeputados que mais ganham 'por fora'
Paulo
Rangel, eurodeputado eleito pelo Partido Social Democrata, é um dos
parlamentares que mais dinheiro recebe por trabalhos realizados fora do
Parlamento, de acordo com informação recolhida pela Organização Não
Governamental Transparência Internacional, a partir das declarações de
rendimentos dos parlamentares.
O
eurodeputado Paulo Rangel é dos que mais recebe por trabalhos
realizados fora do Parlamento Europeu. Os dados foram recolhidos e compilados
pela ONG Transparência Internacional.
De
acordo, com a informação disponibilizada, o deputado eleito pelo PSD, recebe
pelos seus trabalhos como professor universitário, comentador e advogado, algo
entre 6.502 e 16.998 euros.
Além
destes dados é ainda disponibilizada informação sobre o número de sessões em
que Rangel marca presença, sendo que o eurodeputado apenas está presente em
58,54% das reuniões.
Atendendo
a este aspeto e tomando em consideração a participação dos outros deputados
eleitos por Portugal de referir que Carlos Coelho, José Inácio
Faria, José Manuel Fernandes, João Ferreira, Elisa Ferreira, Marisa Matias,
Sofia Ribeiro, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, têm 100% de assiduidade.
Notícias
ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário