sábado, 8 de abril de 2017

“DEPUTEDOS” GOVERNAM-SE À SOMBRA DA DEMOCRACIA QUE DESTROEM


Carlos Tadeu, Setúbal

Há deputados e há o dito “de putedos estamos fartos”. Por mais desagradável que seja é facto que existem dois modos – pelo menos - de estar na vida parlamentar para os que são eleitos pelos portugueses, deputados e “deputedos”, quem são uns e outros fica ao seu critério, assim como os que merecem respeito e consideração. E o partidarismo não deve aqui ter lugar mas sim o caráter de cada um. Certo é que estamos fartos de alguns deputados e estamos fartos de putedos nas casas que deviam ser da democracia (AR e Parlamento Europeu) – tendo por correto que a democracia não deve ser o “cabaret da coxa” como tem sido infeliz evidência.

Se por tal os portugueses, mais que muitos, chamam a uns deputados e a outros, “deputedos”, acrescentando “estamos fartos” é porque a razão já lhes assiste há imenso tempo. Os dizeres da plebe tem o que se lhe diga, mas também carregam-se de razões que mais cedo que tarde mostram-se evidentes.

Não está errado cada um por si receber o que é justo pelo trabalho ou trabalhos que desempenhou mas daí a ser um “açambarcador” de trabalhos e chegar ao fim do mês recebendo o que nem em três anos ou mais a maioria dos portugueses recebe é indicio de que algo está mal nesta dita República. Há casos ainda piores, muito mais imorais.

Dito isto deixamos a notícia à vossa consideração, sabendo, evidentemente, que há muitos mais deputados e deputedos neste caldeirão de açambarcadores de tachos, tachinhos e tachões – muitas das vezes nem acumulam por mérito próprio tais cargos e trabalhos mas sim pelo facto de serem deputados e darem sempre jeito aos empregadores em caso de necessidade… Daí tantos se referirem à AR como a Assembleia Para Lamentar.

 Acerca do Parlamento Europeu nem se fala, o desprezo nem dá para o acompanhar – a não ser muito pontualmente. O descrédito nas instituições democráticas enraíza-se e facilita a ação do autoritarismo, da ditadura a que tantas vezes chamam de democracia mas que já está muito longe dela em maioria de itens, procedimentos e comportamentos. (CT / PG)

Paulo Rangel entre eurodeputados que mais ganham 'por fora'

Paulo Rangel, eurodeputado eleito pelo Partido Social Democrata, é um dos parlamentares que mais dinheiro recebe por trabalhos realizados fora do Parlamento, de acordo com informação recolhida pela Organização Não Governamental Transparência Internacional, a partir das declarações de rendimentos dos parlamentares.

O eurodeputado Paulo Rangel é dos que mais recebe por trabalhos realizados fora do Parlamento Europeu. Os dados foram recolhidos e compilados pela ONG Transparência Internacional.

De acordo, com a informação disponibilizada, o deputado eleito pelo PSD, recebe pelos seus trabalhos como professor universitário, comentador e advogado, algo entre 6.502 e 16.998 euros.

Além destes dados é ainda disponibilizada informação sobre o número de sessões em que Rangel marca presença, sendo que o eurodeputado apenas está presente em 58,54% das reuniões.

Atendendo a este aspeto e tomando em consideração a participação dos outros deputados eleitos por Portugal de referir que Carlos Coelho, José Inácio Faria, José Manuel Fernandes, João Ferreira, Elisa Ferreira, Marisa Matias, Sofia Ribeiro, Miguel Viegas, Inês Cristina Zuber, têm 100% de assiduidade.

Notícias ao Minuto

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