WASHINGTON
QUER A GUERRA PELA GUERRA, CONTRA A RÚSSIA
E MAIS…
Não
há dúvida de que a administração Trump, acicatada pelos seus generais e pela indústria
do armamento, quer a guerra pela guerra contra a Rússia em primeiro plano,
apesar de não o declarar objetivamente. Em plano secundário estão outros países, do Médio-Oriente e Ásia, principalmente a China. Os obstáculos criados por esses dois
grandes países à completa hegemonia planetária dos EUA são a causa justa
(para eles). A União Europeia tem de ir a reboque das políticas destrutivas dos
EUA, se não o fizer passará a estar na lista dos que empecilham a estratégia
dos “guerreiros” de Trump.
A
situação na Síria serve para os EUA inventar e pretextar o ataque dissimulado à Rússia e
aliados da Síria. O ataque com armas químicas por tropas sírias, que Washington
inventou e países da UE corroboraram, adquiriram uma enorme indignação opinião
pública mundial devido à manipulação da mídia. O que corresponde à verdade é
que não foram as tropas sírias a usar armas químicas. Só a manipulação vinda de
Washington e da União Europeia tal afirmam, apesar de não terem como provar as
acusações. Nem por isso, por falta de provas, os EUA se coibiram de atacar a Síria com 60 tomahawks. O que demonstra que para a escalada belicista dos EUA basta mentir, basta
inventar, e assim atacar os países que eleger como obstáculos aos seus
intentos imperialistas.
O
que o Página Global vai proporcionar a seguir é tomarem conhecimento do que Paul
Craig Roberts escreveu em GlobalResearch.org. Publicamos com a tradução de A
Estátua de Sal. Os EUA preparam-se para a guerra total, não hajam ilusões, nem teorias baseadas em falsos argumentos ou espetativas. Atente-se na realidade. (CT / PG)
Trump
rendeu-se. Putin será o próximo a render-se? O ataque químico é um evento
orquestrado por Washington
Washington
reabriu o conflito com um ataque com mísseis Tomahawk contra as bases da Força
Aérea Síria. Os sistemas de defesa aérea russo / sírio não evitaram o ataque.
Paul
Craig Roberts*
O establishment de
Washington reassumiu o controlo. Primeiro Flynn e agora Bannon. Todos os que
restam no governo Trump são os sionistas e os generais enlouquecidos que querem
guerra com a Rússia, China, Irão, Síria e Coreia do Norte.
Já
não há ninguém na Casa Branca que consiga detê-los.
Um
beijo de adeus às relações normalizadas com a Rússia.
Foi
dado o tiro de partida para o conflito sírio ser reaberto. Esse é o significado
do ataque químico, assacado ao regime sírio por Washington, apesar da ausência
de qualquer evidência que tal comprove. É completamente certo que, segundo
relatos, o Secretário de Estado dos EUA, Tillerson, advertiu a
Rússia de que já estão sendo dados passos para remover do poder o presidente
sírio Assad. Trump concorda.
O
afastamento de Assad permitirá que os EUA imponham outro fantoche de Washington
aos povos muçulmanos, removendo outro governo árabe com uma política
independente de Washington, removendo outro governo que se opõe ao roubo da
Palestina por Israel e permitindo que Tillerson da Exxon e os hegemonistas
neoconservadores interrompam a compra de gás natural russo pela Europa, e
substituindo-a por um gasoduto controlado pelos EUA, que ligará o Qatar à
Europa via Síria.
Ignorando
todas essas vantagens dos EUA, o governo russo hesitou em completar a
libertação da Síria do Estado Islâmico, que é consabidamente apoiado por
Washington. Os russos hesitaram, porque tinham esperanças, totalmente
irrealistas, de conseguir uma parceria com Washington através de um reforço da
luta conjunta contra o terrorismo.
Essa
era uma ideia ridícula, pois o terrorismo é a arma de Washington. Se Washington
puder afastar a Rússia do caminho, ou com ameaças ou com mais equívocos dos
russos de esperanças de “cooperação” com Washington, o terrorismo será dirigido
contra o Irão em grande escala.
E
quando o Irão cair, o terrorismo começará a operar na Federação Russa e na
província chinesa que faz fronteira com o Cazaquistão. Washington já deu à
Rússia uma amostra do poder do terrorismo apoiado pelos EUA na Chechênia. Mais
está por vir.
Se
o governo russo não tivesse hesitado em limpar o Estado Islâmico da Síria
quando a Rússia inesperadamente assumiu a liderança desse combate do Ocidente,
a Síria não enfrentaria os riscos de ser retalhada nem a renovada determinação
dos EUA de derrubar Assad pelas razões acima expostas. Mas os russos,
hipnotizados por sonhos de cooperar com Washington, colocaram a Síria e
colocaram-se a si próprios numa posição difícil.
Os
russos agarraram a iniciativa e surpreenderam o mundo, aceitando o convite do
governo sírio e entrando no conflito. Washington estava desamparado. A
intervenção russa de imediato levou o Estado Islâmico a somar derrotas. Só que,
de repente, Putin anunciou uma retirada russa, afirmando como Bush no
porta-aviões, “Missão Cumprida”.
Mas
a missão não estava cumprida, e a Rússia voltou a entrar, mantendo ainda a
iniciativa, mas recuou um pouco após a sua retirada irracional. E, se nos
recordamos, este entrar e sair no terreno sírio aconteceu um par de vezes.
Então, quando a Rússia já tinha a guerra contra o ISIS ganha, é no final que
ela recua, na vã crença de que Washington iria finalmente cooperar com a Rússia
na eliminação do último baluarte do ISIS. Só que, em vez disso, os EUA enviaram
forças militares para bloquear os avanços russos / sírios. O ministro russo dos
Negócios Estrangeiros queixou-se, mas a Rússia não usou a sua superioridade
militar no terreno para afastar as simbólicas forças militares dos EUA em
presença, e pôr fim ao conflito.
Agora,
Washington dá “advertências” à Rússia para não se meter no caminho de
Washington. Será que o governo russo ainda não aprendeu que a cooperação com
Washington tem apenas um significado: assinar como um vassalo?
Agora,
a única alternativa da Rússia é dizer a Washington para ir para o inferno, e
que a Rússia não irá permitir que Washington afaste Assad. Mas a Quinta Coluna
russa, que está aliada com o Ocidente, vai insistir que a Rússia pode
finalmente chegar à cooperação com Washington se decidir sacrificar Assad.
Naturalmente, a aquiescência da Rússia destruirá a imagem do poder russo e será
usada para privar a Rússia das divisas provenientes da venda de gás natural à
Europa.
Putin
disse que a Rússia não pode confiar em Washington. Esta é uma dedução correta
dos fatos, logo por que razão se coloca Rússia num dilema procurando a
cooperação com Washington?
“Cooperação
com Washington” tem apenas um significado. Significa render-se a Washington.
Putin
apenas em parte conseguiu limpar a Rússia. O país continua repleto de agentes
secretos americanos. Será que Putin se vergou ao poder
do Establishment de Washington exatamente como Trump?
É
extraordinário como a imprensa russa parece entender tão mal o perigo que a
Rússia está a correr.
*Paul
Craig Roberts | GlobalResearch.org |Tradução: Estátua de Sal
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em A Estátua de Sal
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