Terá
sido este jovem, de 17 anos, o autor material do atropelamento massivo em Las
Ramblas, Barcelona. Há dois anos, escreveu nas redes sociais que queria
"matar todos os infiéis".
Moussa
Oukabir, de 17 anos, terá sido o autor material do atropelamento massivo em Las
Ramblas, Barcelona. É neste jovem que está concentrada a investigação policial
neste momento, com as autoridades a admitirem que o jovem terá roubado
documentos ao irmão para alugar a carrinha. O irmão apresentou-se na polícia
logo após o atropelamento, numa altura em que as suas fotografias já estavam a
circular como suspeito.
Logo
após o atropelamento, foi noticiado que alguém saído da carrinha
(presumivelmente, o condutor) teria fugido da viatura. Segundo o El Mundo, que cita fontes policiais, Moussa Oukabir terá
conduzido a carrinha que provocou a morte de pelo menos 13 pessoas e mais de
100 feridos. Após o crime, com um boné na cabeça, fugiu a correr do centro da
cidade.
Moussa
estaria armado, a julgar pelos alertas difundidos pelas autoridades após o
incidente. Dois homens foram detidos — um marroquino e um de Melilla — mas logo
se soube que nenhum deles seria o condutor.
A
investigação policial está a ter em conta o testemunho de Driss Oukabir, que na
quinta-feira foi detido em Ripoll, na esquadra policial a que se dirigiu,
garantindo que na altura do atentado estava ali mesmo, em Ripoll (Girona), e
não em Barcelona. De acordo com Driss, o irmão — o mais novo de cinco irmãos —
terá roubado o passaporte do irmão mais velho, de 28 anos, para conseguir
alugar não só a carrinha de Barcelona mas, também, outra que foi apreendida
horas depois na zona de Vic.
Moussa
Oukabir — cujo nome completo é Moussa Oukabir Soprano — vive em Barcelona, ao
passo que Driss mora mais a norte, em Ripoll. A identificação de Driss foi
encontrada no local do crime, em Barcelona, pelo que inicialmente a
investigação se concentrou no irmão mais velho — um homem que, segundo o The
Telegraph, esteve detido em 2012 por suspeita de abuso sexual.
Quem
é Moussa, o irmão mais novo?
Quanto
ao irmão mais novo, Moussa, que continua sem paradeiro conhecido, começam a
surgir algumas informações sobre o seu historial. Segundo os jornais espanhóis,
Moussa terá feito alguns comentários de teor racial, contra os não-muçulmanos,
numa rede social, há dois anos. Na rede social Kiwi, perguntaram-lhe o que
faria se se tornasse líder absoluto do mundo: “Matava todos os infiéis e
deixaria apenas os muçulmanos continuarem com a religião”, terá escrito. Um
país onde nunca viveria? “No Vaticano”.
Moussa
terá viajado recentemente até Marrocos e, segundo o La Vanguardia, regressou a Espanha no último dia 13, poucos
dias antes do crime. Não há informações consensuais sobre a data de nascimento
do jovem — o La Vanguardia diz que Moussa terá já cumprido o 18º
aniversário, mas a informação não foi confirmada. O ministro da Administração
Interna do governo catalão não quis confirmar a identidade do suspeito.
Segundo
o El País, as autoridades acreditam que o jovem pertencia a uma
célula terrorista composta por 12 pessoas. Cinco destas foram mortas no outro
ataque em Cambrils, três estão detidas — faltam, portanto, quatro (incluindo
Moussa), que estão a monte.
Uma
jovem que será amiga de Moussa Oukabir, que falou com o jornal catalão mas que preferiu permanecer anónima,
diz-se “surpreendida com tudo isto” porque o jovem era um “rapaz normal e muito
simpático”. Moussa é descrito pela mesma jovem como um rapaz “um pouco calado e
que nunca procurava problemas” — “tinha um grupo de amigos, todos marroquinos,
mas falava catalão perfeitamente. Acho que veio para cá com três anos de idade”.
Edgar
Caetano | Observador
HÁ
PORTUGUESES ENTRE AS VÍTIMAS DA LA RAMBLA | Leia em Observador: Portuguesa
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