Na
próxima semana, os angolanos vão uma vez mais às urnas para elegerem os
governantes que hão-de exercer o poder até 2022.
Jornal
de Angola | opinião
Faltam
poucos dias para o pleito eleitoral, um acontecimento que tem a particularidade
de o partido no poder, o MPLA, apresentar um novo candidato a Presidente da
República, João Lourenço, um experimentado quadro da formação política que
governa o nosso país desde a nossa a Independência, e que soube, com sabedoria
e coragem, contornar inúmeros obstáculos para preservar a unidade e a soberania
nacional, um feito que entrou definitivamente na história de resistência do
povo de Angola.
Institucionalizado o Estado Democrático de Direito nos anos 90 do século passado, os angolanos passaram a realizar eleições multipartidárias para escolha dos seus governantes, as quais têm sido geralmente marcadas por uma adesão massiva dos eleitores às urnas, o que mostra que tem havido no país um grande interesse dos cidadãos pela vida politica e uma vontade de nela participar, fazendo no momento do voto as suas opções.
A 23 de Agosto de 2017, o povo angolano vai exercer novamente a soberania através do sufrágio universal, livre, igual, directo e secreto, num processo eleitoral em que vão ser eleitos o Presidente da República, o Vice-Presidente da República e os deputados à Assembleia Nacional.
Cinco partidos e uma coligação partidária vão concorrer ao poder nas próximas eleições gerais, sendo inegável a importância das formações políticas nos regimes democráticos. A Constituição de Angola dispõe que “os partidos políticos concorrem, em torno de um projecto de sociedade e de programa político, para a organização e para a expressão da vontade dos cidadãos”.
A campanha eleitoral tem permitido que os cidadãos tomem conhecimento dos programas políticos do partidos concorrentes ao poder, o que permite que os potenciais eleitores possam escolher os projectos que acharem poder satisfazer os seus anseios. Em 23 de Agosto próximo, vamos realizar, pela quarta vez, eleições gerais, e tem -se se notado durante a campanha eleitoral uma intensa actividade política dos partidos concorrentes, na perspectiva de conquistarem eleitores, quer em comícios, quer por via da comunicação social ou do contacto directo com os cidadãos. As eleições gerais são afinal uma competição que todos queremos pacífica e em que sejam observadas as regras do jogo democrático. A intolerância política deve ser expressa e inequivocamente rejeitada pelos concorrentes ao poder. Os partidos políticos existem para ajudar a construir uma sociedade democrática e para promover a harmonia entre todos os angolanos. As formações políticas devem ser um exemplo de tolerância e respeito pela diversidade de ideias antes e depois das eleições gerais. O país constrói-se com a contribuição de todos. Vale a pena citar, a propósito, palavras proferidas durante a campanha eleitoral pelo candidato do MPLA a Presidente da República, segundo as quais “não temos a ideia de que tudo sabemos e dominamos, Trabalhamos para o povo e com a sociedade. Temos ideias espelhadas no programa, mas reconhecemos que parte do que auscultamos deve ser considerado e incluído no programa”.
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