quarta-feira, 7 de junho de 2017

Portugal | MEXIA & COMPANHIA




Mário Motta, Lisboa

Nada como Henri Cartoon, de Henrique Monteiro, para ilustrar o tema que tão caro sai aos portugueses que por via das "rendas" à EDP anda a sustentar vícios privados dos acionistas, assim como a sustentar os gestores ditos de topo (só se for de topo da malandragem) com vencimentos e prémios imorais, vergonhosamente imorais, na ordem de milhares de milhões de euros se os contabilizarmos no todo. Não admira por isso que a energia em Portugal seja a mais cara da União Europeia. É aquilo que popularmente se diz: "Andamos a sustentar chulos". Completando: descaradissimos chulos. Mas é legal? Perguntarão. Sim, é. Os políticos trataram de legalizar o roubo, a chulice. De modo a proteger a chularia a que também pertencem. Não são todos os políticos, já se sabe, mas são demasiados. 

Como se não bastasse há a acrescentar a corrupção, os conluios e o nepotismo que arrasta amigos dos amigos para estes e aqueles "negócios", "operações e esquemas" que baralham a própria justiça, quanto mais os portugueses quase na generalidade. Além desses na trama devemos ainda incluir os familiares... São demasiados a exaurir o que os portugueses produzem.

Na AR, Assembleia da República, o legislador trata de deixar os chamados "alçapões" por onde tantas vezes escapam aqueles a quem a justiça deita a mão. Agarra-os mas tem de os largar, protegidos que estão pela legalidade cozinhada por comparsas. Pelo menos é assim que os portugueses em grande número pensam. E se assim é, se assim realmente acontecer, estamos, então, perante sindicatos do crime abrangido pela imoralidade, pelo lesar o país e os portugueses.

A prova de que o crime compensa está bem escarrapachada naquilo que acontece em Portugal. Mas só compensa para alguns, para aqueles que usam colarinhos brancos e gravatas de alta qualidade. Aos perrapados resta indignarem-se e pouco mais. Talvez também desabafarem uma vez por outra nas redes sociais. O que não resolve praticamente nada, para além do desabafar, do aliviar a bílis. E isso será para aqueles que ainda conseguem sustentar a internet, ter eletricidade para usar um computador, ou um smartfone que vai a todas.

E assim se faz Portugal, uns quantos vão bem, mais de metade dos portugueses vai muito mal, enquanto a outra quase metade vai assim-assim. Lá vamos, roubados e rindo, levados, levados sim... Cantando uma adulteração do chamado hino da Mocidade Portuguesa Salazarista.

ANÃO EM BICOS DOS PÉS | Esta também é por conta de Passos Coelho



Ana Alexandra Gonçalves*

Passos Coelho não deixa escapar uma, mostrando-se implacável no que toca a reclamar louros. Desta feita, o ex-primeiro-ministro lembra, com toda a ênfase possível, que foi no seu Governo, e apenas no seu Governo, que se baixou aquilo que é comummente designado por rendas excessivas pagas à EDP.

De fora do discurso exaltado de Passos Coelho, ficaram tanto o facto da troika ter visado precisamente os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (rendas excessivas), como o facto do seu Governo ter feito manifestamente pouco, sobretudo em relação ao que a própria troika pretendia, já para não falar na demissão do secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes, precisamente resultado da pressão das eléctricas. 

Quem oiça Passos Coelho fica com a ideia de que o anterior primeiro-ministro foi responsável por uma redução drástica das tais rendas e pelo cerceamento da promiscuidade que existe há décadas entre poder político e poder económico, no caso a EDP. A redução drástica das rendas e o fim da promiscuidade é por conta de Passos Coelho, sempre preocupado com a classe média e com os mais pobres que viam as suas facturas de electricidade dispararem devido às ditas rendas excessivas. Faz de conta que foi assim.

Vem tudo isto a propósito das referidas rendas adicionais que o Estado paga à EDP estarem agora sob investigação e do facto de António Mexia e Manso Neto terem sido constituídos arguidos. 

Os vários Governos sucumbiram à dita promiscuidade, desde Cavaco, Guterres, Barroso, Sócrates e Passos Coelho que mesmo sob pressão da troika pouco fez, deixando mesmo cair um secretário de Estado por pressão da EDP.

O Governo de António Costa também ainda está por dar mostras de querer seriamente uma solução para rendas que pesam obscenamente na factura energética, fazendo com que os custos da energia em Portugal sejam dos mais altos de toda a Europa. 

Em abono da verdade existe um partido político em Portugal tem vindo, ao longo de largos anos, a denunciar a situação, apresentando soluções para o problema: o Bloco de Esquerda. Este é o único partido que merece reclamar trabalho feito nesta área. A ver vamos se o Partido Socialista aproveita esse trabalho e coloca um ponto final num dos maiores exemplos de promiscuidade entre poder político e poder económico que tanto tem lesado os cidadãos. Entretanto, Passos Coelho entretém-se, fingindo que esta também é por sua conta, tal como no passado recente os números do desemprego sofreram uma redução em consequência directa do trabalho feito pelo seu Governo. Faz de conta.

*Ana Alexandra Gonçalves | Triunfo da Razão

Portugal | "FUJÃO" | CHEFE DAS "SECRETAS" INDIGITADO RECUOU E JÁ NÃO ACEITA O CARGO



José Júlio Pereira Gomes "indisponível" para o cargo de chefe das Secretas

Embaixador escreveu carta a mostrar-se "indisponível" para o cargo de secretário geral do Serviço Informação República Portuguesa. Chegou a aceitar o convite, mas fez marcha atrás. José Júlio Pereira Gomes chegou a aceitar o convite de António Costa para assumir o cargo de Secretário-Geral do SIRP, mas arrependeu-se.

A carta em que o embaixador anuncia a sua decisão foi divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro. Começa por dizer que aceito o convite de António Costa para assumir o cargo de Secretário-Geral do SIRP "por considerar que tinha a obrigação de responder positivamente ao desafio de uma nova missão de serviço público".

Mas depois veio a polémica. Pereira Gomes lembra que foram levantadas "reservas à minha indigitação", pela forma como dirigiu a Missão de Observação Portuguesa ao Processo de Consulta da ONU em Timor Leste (MOPTL). "Em particular, o processo de retirada dos observadores portugueses" escreve.

Para o embaixador importa "salvaguardar a dignidade do cargo de Secretário-Geral do SIRP de toda e qualquer polémica, que naturalmente se repercutiria negativamente no exercício das suas funções".

Assim, e após a polémica, acabou por comunicar ao primeiro-ministro a sua "indisponibilidade para aceitar o cargo para que me havia convidado".

José Júlio Pereira Gomes explica ainda as suas ações na retirada de Timor e termina a carta garantindo que cumpriu uma "tarefa hercúlea e ingrata" e que está "consciência tranquila".

Leia a carta na íntegra

Aceitei o convite de S. Exa. O Primeiro-Ministro para assumir o cargo de Secretário-Geral do SIRP por considerar que tinha a obrigação de responder positivamente ao desafio de uma nova missão de serviço público.

Foram, entretanto, suscitadas reservas à minha indigitação, em razão da forma como dirigi a "Missão de Observação Portuguesa ao Processo de Consulta da ONU em Timor Leste (MOPTL)" de 30.8.1999. Em particular, o processo de retirada dos observadores portugueses.

Importando salvaguardar a dignidade do cargo de Secretário-Geral do SIRP de toda e qualquer polémica, que naturalmente se repercutiria negativamente no exercício das suas funções, resolvi comunicar a S. Exa. o Primeiro-Ministro a minha indisponibilidade para aceitar o cargo para que me havia convidado, agradecendo-lhe a confiança em mim depositada.

A Missão que eu dirigi tinha, nos termos dos "Acordos de Nova Iorque", como mandato único observar "todas as fases operacionais do processo de consulta", desde o planeamento operacional até à votação, inicialmente fixada para 8 de agosto. Não dispunha de qualquer capacidade de defesa própria e muito menos de defesa dos timorenses.

Quando a consulta se conclui, a 4 de setembro de 1999, data da publicação dos resultados, recebi elogios dos mais altos responsáveis políticos do país pela forma como a Missão tinha sido realizada.

O processo de retirada dos observadores portugueses vem a decorrer num contexto de violência generalizada, iniciada a 4.9.1999, data em que a sede da Missão é atacada e somos obrigados a buscar refúgio na UNAMET.

Assumi então a responsabilidade, que também fazia parte do meu mandato, de tudo fazer para trazer de volta, com vida, todos os observadores, cumprindo, de resto, aquilo que foi antecipadamente planeado com o MNE.

Mantive por isso o plano normal de partidas e fiz sair a maioria dos observadores no dia 5.9.1999, incluindo os cinco representantes partidários que integravam a Missão. Depois da UNAMET ter decidido, a 8 de setembro, "uma evacuação geral", por considerar que o nível de risco para as nossas vidas tinha ultrapassado o limite do aceitável, recomendei ao Governo a evacuação dos últimos observadores, que se realiza a 10 de setembro. Nesse contexto recebi do Governo ordem para sair, que assim cumpria a obrigação que assumira com todos os observadores quando partimos para Timor-Leste. Tudo fazer para nos evacuar em caso de crise de segurança que colocasse em risco as nossas vidas.

O Dr. José Ramos Horta prefaciou o livro que publiquei, "O referendo de 30 de agosto de 1999 em Timor-Leste", onde dou conta detalhada da forma como exerci a chefia da Missão. Nesse prefácio, invocando "fontes do CNRT no terreno", Ramos Horta afirmou que "os observadores portugueses comportaram-se sempre com correção, muita coragem e sacrifício, com a prudência e a distância necessárias ao estatuto de Portugal em todo um processo extremamente delicado, sem aventureirismo e protagonismo exagerado".

Referindo-se especificamente a mim, Ramos Horta reconhece que estive "no olho do furacão " e que tive "uma tarefa hercúlea, ingrata, mas, ao mesmo tempo, generosa e com a recompensa moral de fazer parte de uma verdadeira epopeia". E concluiu "Parabéns são devidos à Missão no seu todo".

Cumpri a Missão, "tarefa hercúlea, ingrata", e estou de consciência tranquila.

7.6.2017

José Júlio Pereira Gomes

TSF | Título PG

DIZ QUEM SABE | Guerra entre EUA e Rússia? "Ninguém sobreviveria", diz Putin



Afirma ainda que não tem "dias maus" porque não é uma mulher

Ao longo de dois anos, o realizador Oliver Stone fez várias entrevistas com Vladimir Putin e recolheu informações sobre o líder russo. O culminar dos 24 meses de trabalho chega em breve às televisões, num documentário dividido em quatro episódios de uma hora que serão transmitidos na Showtime entre 12 e 15 de junho.

O trabalho, intitulado The Putin Interviews - as entrevistas com Putin, numa tradução literal - promete fazer estalar a polémica, sobretudo pelas declarações do presidente russo sobre mulheres, a homossexualidade e Edward Snowden.

"Eu não sou uma mulher, portanto não tenho dias maus. Não quero insultar ninguém, é a natureza das coisas. Existem ciclos naturais", disse Putin, sobre o dia-a-dia no Kremlin, num dos trailers do documentário, que já podem ser vistos online.

Já sobre Snowden, ex-analista da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) que pediu asilo na Rússia, afirma que "não é um traidor". "Ele não traiu os interesses do seu país, nem transferiu informação para outro país", acrescenta.

Diz ainda que concorda com Snowden quando este defende que a NSA foi demasiado longe no programa de monitorização e vigilância da população, mas assinala que o especialista informático não deveria ter divulgado publicamente a informação.

E sobre uma eventual "guerra quente" entre EUA e Rússia, frisa que "ninguém sobreviveria".

Putin aproveitou ainda para criticar a NATO e dizer que qualquer país que entra ou está na organização é apenas um "vassalo" dos EUA.

Diário de Notícias | com vídeos no DN

AÇORES | A vacaria neoliberal




A lavoura, nos Açores, tem enfrentado as consequências da desregulação, e foi entregue à selvajaria do mercado à moda neoliberal, geradora de uma crise no setor leiteiro.

Paulo Mendes*

O problema de fundo e estrutural não se encontra no embargo russo, apesar de ter contribuído para o agravar da crise, mas sim numa política baseada no princípio da inesgotabilidade dos recursos naturais associado ao primado da produção crescente em que os grandes produtores saem sempre a ganhar, porque conseguem atingir quantidades que lhes permitem praticar preços reduzidos, com origem num modo de produção intensivo e industrializado que culmina no paradigma da “vaca fábrica”.

Nos Açores, a aposta na qualidade da produção no setor da lavoura era fundamental, mesmo antes da atual crise, e torna-se, agora, ainda mais premente.

Os lavradores terceirenses têm sentido os efeitos perversos destas políticas quando se confrontam com uma relação desigual com a indústria, no caso multinacionais que praticam preços cada vez mais reduzidos à produção.

A valorização da produção não se faz pela indiferenciação, mas antes pelo contrário: com uma produção reconhecida pela sua qualidade, o que não se compadece com o abuso de rações, em detrimento da pastagem, e muito menos pela utilização de ração à base de OGM, numa prática claramente contra aquela que deveria ser a imagem da marca Açores.

Portugal | OS INTOCÁVEIS



Helena Teixeira da Silva | Jornal de Notícias (ontem – Ao fim do dia)

No cinema americano, os intocáveis eram os incorruptíveis. Na realidade portuguesa, os intocáveis são aqueles em quem a Justiça raramente mexe. Ou mexia. Mexia, o todo-poderoso presidente da EDP, deu esta terça-feira uma conferência de imprensa de quase duas horas que se resume em duas frases: a empresa que dirige nunca teve qualquer benefício em relação aos contratos de apoio à produção nem no prolongamento da concessão das barragens. E portanto ele, Mexia, constituído arguido, obviamente não se demite.

Ainda não tinham passado meia dúzia de horas depois desta conferência de imprensa em que António Mexia tentou explicar por que razão o presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto, o administrador da REN, João Conceição, e ele próprio, todos arguidos, são inocentes no caso das rendas milionárias pagas pelo Estado à energética, quando a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmava mais três arguidos no processo: Rui Cartaxo, presidente do Conselho de administração do Novo Banco e ex-presidente da REN, Pedro Rezende e Jorge Machado, ambos antigos responsáveis na EDP.

A novela seguirá nos próximos dias.

O juízo de valor costuma ter má imprensa, porque sendo essencialmente subjetivo é altamente falível e, portanto, perigoso. Em todo o caso, de vez quando convém ajuizar. Porque ajuizar é, também, uma forma de distinguir o trigo do joio. João Semedo, que desistiu esta terça-feira da corrida autárquica, no Porto, é a prova de que os políticos não são todos iguais. Provou-o há já muito tempo, quando esteve, quando saiu e quando regressou à política. O bloquista explicou, em conferência de imprensa, que tomou conhecimento "há pouco mais de uma semana, de uma forma brusca, súbita e imprevista" que tem um problema de saúde cujo tratamento é inadiável. É fácil perceber por que razão o PS/Porto considera que o combate autárquico na cidade fica "mais pobre".

A CRESCER, PARA ALGUNS | OCDE vê Portugal a crescer mais de 2% este ano



Em novembro, a OCDE estimava uma aceleração da economia portuguesa de apenas 1,2%.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu em forte alta o crescimento para Portugal este ano, prevendo que a economia nacional cresça 2,1 em 2017. Em novembro, a OCDE estimava apenas uma aceleração de 1,2%.

Nas previsões divulgadas esta manhã, a organização prevê ainda uma ligeira travagem do crescimento português em 2018. No próximo ano, a economia nacional deverá crescer apenas 1,6%, ainda assim acima dos 1,3% previstos há seis meses.

Quanto ao défice, a OCDE acompanha as expectativas do Governo e espera que as administrações públicas fechem este ano com um défice de 1,5% e o próximo com um défice de 1%, uma estimativa que reflete uma melhoria face às projeções avançadas no final do ano passado (a OCDE antecipava que o défice fosse de 2,1% em 2017 e de 1,9% em 2018).

A OCDE considera que "um crescimento mais forte" é necessário para conseguir "a tão necessária" sustentabilidade orçamental e recorda que as exportações passaram de 27% do PIB em 2005 para os 40% do PIB em 2016, mas defende que "os ganhos podiam ser maiores se as competências dos trabalhadores fossem aumentadas".

Para a organização, a este nível, as prioridades de Portugal devem ser "uma maior ênfase na educação vocacional, na melhoria da formação dos professores e no aumento dos recursos na educação pré-primária e primária".

A SEITA CAVAQUISTA SAFA-SE BEM. PUDERA!



Temos de nos render à evidência, melhor e à nossa medida só encontramos na imprensa escrita portuguesa o Expresso Curto. Ou então somos, todos nós aqui no PG, um bando de ignorantes que não sabem encontrar sucedâneo ao que todas as manhãs nos chega com os cumprimentos do tio Balsemão Bilderberg Refastelado na Quinta dos Amarinham Sem se Fartarem. E que a plebe se lixe, acrescentamos ao acrescentado. Bom dia. Hoje é verão. Amanhã não sabemos se continua – dizem que sim, mas…

Apresentamos o Expresso Curto da praxe. Servido nesta manhã já para a tarde, por João Silvestre, jornalista lá do burgo expressivo. Foi ele que agarrou com unhas (não as roí)  o Mexia e as galfarras enormes e imensas que tem. Mexia não diferente do habitual, nas cores. Normalmente seria laranja por fora por dentro. Este tal Mexia é diferente. Tem a cor do dinheiro, tresanda a dinheiro. Aquele dinheiro que todos os meses os consumidores de eletricidade da EDP pagam a mais nas contas da energia lá de casa, lá da empresa, lá onde se tenha de fazer luz e movimento, ou calor, ou frio… Enfim. Mexia Sacador, é esse o seu sobrenome alcunhado. Acrescente-se; Arguido Que Vai Dar em Nada. Pfff. A seu lado existem outros desse jaez. O Catroga… Ai o Catroga… Ai o caraças, que estamos fartos deles. O Cavaquismo foi o pior que aconteceu a Portugal depois de Salazar cair. Ora tomem lá, seus lorpas, foram enganados pela trupe e lixaram-se. Pior foi que lixaram o país e soltaram uma trupe que era mais indicada para ser solta no “faroeste” a assaltar diligências e outras coisa dignas de produzir “uesternes”.

Não estrebucha nem bucha. O mesmo é dizer que não protesta nem come (passa fome) porque urge alimentar as trupes cavaquistas e outras. Sim, porque há mais trupes a mamar. Mamam e abusam. E ainda se condecoram uns aos outros. Talvez sejam assim por resquícios de ADNs dos lados da Sicília. Tipo alcaponescos. A seita cavaquista safa-se bem. Pudera. A as outras também. Pois. Quem se lixa é sempre o mexilhão. Sempre, porque somos uns grandes otários.

Bem, mas disso, melhor que quase ninguém temos a leitura de João Silvestre sobre a conferência de imprensa do tal Mexia tipo Melancia cheio de pevides e com a cor do nosso dinheiro (que agora é deles). Vamos a isso. Silvestre é brando na peça que vem a seguir. Claro, nem podia deixar de ser. Bilderberg “oblige”. Pois. Entendemos. O caldinho é como é e para quem é. Coisas.

Boa praia, se lá for. Leia o que se segue. Cuidado com os tubarões tipo Mexia e outros. Credo, são imensos!

MM | PG

IMPÉRIO MALDITO | Contra a transformação da Grécia num centro de operações da NATO



KKE*

Os 15 membros do Grupo Parlamentar do KKE colocaram uma pergunta aos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa sobre o desenredar o país de intervenções e guerras imperialistas.

Pergunta
Aos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros
Tema: Desenredar o país de intervenções e guerras imperialistas.

As decisões dos governos da ND e do PASOK nos anos anteriores, assim como as do governo SYRIZA-ANEL hoje, a favor do envolvimento da Grécia em intervenções e guerras imperialistas, colocaram e continuam a colocar nosso país, nosso povo em grandes riscos e perigos.

A palavra de ordem "Nem terra nem água para os assassinos do povo" tem sido manifestado historicamente pelo nosso povo. Ele bradou isso durante a guerra desencadeada pelos EUA, NATO e UE contra a Jugoslávia em 1999 e nas guerras posteriores no Afeganistão, Iraque, Síria e Líbia. Nosso povo gritou-a em manifestações por todo o país, denunciando as decisões do governo a favor da participação de forças militares gregas em exercícios da NATO, a cedência da base de Suda e de outras bases militares e centros de comando para os planos imperialistas mais gerais.

Nestes dias, o povo trabalhador, a juventude, com manifestações de massa em Hania, exigiu o encerramento da base EUA-NATO em Suda, ao passo que em Alexandroupoli e outras cidades na Trácia exigiram que nenhum território grego fosse usado para o trânsito de forças militares estrangeiras que participam no exercício "Noble Jump" da NATO na Roménia.

Segundo informações publicadas, 4000 oficiais militares da Albânia, Bulgária, Grã-Bretanha, EUA, Espanha, Letónia, Roménia, Noruega, Holanda e Polónia participarão no exercício da NATO na Roménia. A Grécia participa no exercício providenciado apoio como "Nação Hospedeira", durante o trânsito de unidades militares britânicas, espanholas e albanesas através do Norte da Grécia pela via do eixo Alexandroupoli-Ormenio e Krystallopigi-Promachonas.

Segundo declarações oficiais, o governo grego está comprometido a "providenciar facilitação no aeroporto e no porto marítimo de Alexandroupoli durante o posicionamento e reposicionamento de pessoal e veículos. Acomodação para pessoal. Serviços para sua escolta e segurança durante a recepção, trânsito e despedida do país. Operação e equipe de pessoal do centro de coordenação local em Alexandroupoli. Facilitação para logística e serviços de tratamento médico. Acesso a comunicações terrestres e por satélite".

É um facto que este exercício da NATO também prepara o terreno para novas guerras e intervenções, para a formação de uma força militar inter-estatal capaz de ser utilizada contra os povos, sempre que requerido.

O governo SYRIZA-ANEL, seguindo o caminho dos governos anteriores e em nome da chamada doutrina geoestratégica reforçada, arca com sérias responsabilidades porque proporciona território grego, as bases militares do nosso país e assistência multifacética ao aparelho assassino da NATO.

Dentro destas circunstâncias, as posições e a luta do KKE e do movimento dos trabalhadores adquire significado especial: "Nem terra nem água para os assassinos do povo", desvinculação imediata do país de intervenções e guerras imperialistas, encerramento da base de Suda e de outras bases e centros de comando dos EUA-NATO, retorno das forças militares gregas das missões no exterior, a completa desvinculação do nosso país da NATO e de outras organizações imperialistas.

Pergunta-se aos ministros qual é a posição do governo quanto à exigência do povo para que o país não seja envolvido nos planos imperialistas e para que o território grego, acampamentos e secções das Forças Armadas Gregas não sejam utilizadas no exercício "Noble Jump" da NATO nem em outros exercícios militares semelhantes?

Qual é a posição do governo quanto à exigência popular da não renovação do acordo com os EUA respeitante à base de Suda, o encerramento desta base e de outras bases EUA-NATO que são dirigidas contra o nosso povo e outros povos?" 

*O original encontra-se em inter.kke.gr/... 

Este documento encontra-se em http://resistir.info/ 

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