Temos
de nos render à evidência, melhor e à nossa medida só encontramos na imprensa
escrita portuguesa o Expresso Curto. Ou então somos, todos nós aqui no PG, um
bando de ignorantes que não sabem encontrar sucedâneo ao que todas as manhãs
nos chega com os cumprimentos do tio Balsemão Bilderberg Refastelado na Quinta
dos Amarinham Sem se Fartarem. E que a plebe se lixe, acrescentamos ao
acrescentado. Bom dia. Hoje é verão. Amanhã não sabemos se continua – dizem que
sim, mas…
Apresentamos
o Expresso Curto da praxe. Servido nesta manhã já para a tarde, por João
Silvestre, jornalista lá do burgo expressivo. Foi ele que agarrou com unhas (não
as roí) o Mexia e as galfarras enormes e
imensas que tem. Mexia não diferente do habitual, nas cores. Normalmente seria
laranja por fora por dentro. Este tal Mexia é diferente. Tem a cor do dinheiro,
tresanda a dinheiro. Aquele dinheiro que todos os meses os consumidores de
eletricidade da EDP pagam a mais nas contas da energia lá de casa, lá da
empresa, lá onde se tenha de fazer luz e movimento, ou calor, ou frio… Enfim. Mexia
Sacador, é esse o seu sobrenome alcunhado. Acrescente-se; Arguido Que Vai Dar
em Nada. Pfff. A seu lado existem outros desse jaez. O Catroga… Ai o Catroga…
Ai o caraças, que estamos fartos deles. O Cavaquismo foi o pior que aconteceu a
Portugal depois de Salazar cair. Ora tomem lá, seus lorpas, foram enganados
pela trupe e lixaram-se. Pior foi que lixaram o país e soltaram uma trupe que
era mais indicada para ser solta no “faroeste” a assaltar diligências e outras
coisa dignas de produzir “uesternes”.
Não
estrebucha nem bucha. O mesmo é dizer que não protesta nem come (passa fome)
porque urge alimentar as trupes cavaquistas e outras. Sim, porque há mais
trupes a mamar. Mamam e abusam. E ainda se condecoram uns aos outros. Talvez
sejam assim por resquícios de ADNs dos lados da Sicília. Tipo alcaponescos. A
seita cavaquista safa-se bem. Pudera. A as outras também. Pois. Quem se lixa é
sempre o mexilhão. Sempre, porque somos uns grandes otários.
Bem,
mas disso, melhor que quase ninguém temos a leitura de João Silvestre sobre a
conferência de imprensa do tal Mexia tipo Melancia cheio de pevides e com a cor do nosso
dinheiro (que agora é deles). Vamos a isso. Silvestre é brando na peça que vem
a seguir. Claro, nem podia deixar de ser. Bilderberg “oblige”. Pois.
Entendemos. O caldinho é como é e para quem é. Coisas.
Boa
praia, se lá for. Leia o que se segue. Cuidado com os tubarões tipo Mexia e outros. Credo, são imensos!
João
Silvestre | Expresso
CMEC
é? CMEC disse?
Bom
dia,
CMECs, CAEs, outras siglas que tais. Nomes nada banais que tem sido estrelas nos últimos dias. Há muito (muito) tempo que não se via tanto interesse numa conferência de imprensa da EDP. Para quem achava que Mexia já não mexia, enganou-se. Mexia mexe e promete ripostar. E não se demitir. Com o apoio de Eduardo Catroga – e dos acionistas representados no Conselho Geral e de Supervisão – promete processar quem fez a queixa. Porque, como disse Catroga, “não se brinca com empresas cotadas”.
Quem parece ter ficado convencido com as explicações de Mexia foi a bolsa onde as ações da EDP recuperaram depois do tombo de segunda-feira. A empresa praticamente reverteu a queda que tinha tido e no arranque da semana ao ganhar 2,84%. O Eco conta-lhe como tudo aconteceu.
A história começou sexta-feira passada, com as buscas da PJ e Ministério Público, e ainda está numa fase inicial. Conhecem-se alguns personagens, fala-se de outros e há nomes que se vão juntando ao rol de arguidos. Ontem foi a vez de Rui Cartaxo (atual presidente do Conselho de Administração do Novo Banco e ex-presidente da REN), Pedro Resende (ex-administrador da EDP) e Jorge Machado (ex-conselheiro da administração da EDP) serem constituídos arguidos. Cartaxo é presidente de um banco, ainda por cima um banco detido pelo Estado através do Fundo de Resolução, e a sua continuidade pode estar em comprometida. Cauteloso, o Banco de Portugal diz estar a analisar a situação.
Mas, afinal, o que está em causa neste caso? Nada como ler, por exemplo, o que o João Palma Ferreira escreveu ontem no Expresso Diário (link para assinantes) que conta não só como foi a conferência de imprensa mas explica igualmente quais as decisões que estão a ser escrutinadas e que podem ter justificado esta investigação judicial. Se tiver dúvidas ainda, o que é normal, e quiser saber mais sobre estes contratos pode ler, por exemplo, o Observador para saber o que está por detrás das famosas siglas. O caso já chegou também em força à política e, à esquerda, PCP e Bloco que já tinham criticado estes contratos prometem agora levá-los ao Parlamento.
Há também suspeitas sobre o apoio dado pela EDP à criação de um curso na Universidade de Columbia, nos EUA, sobre energia renovável onde o ex-ministro da Economia de Sócrates, Manuel Pinho, deu aulas. A EDP entregou mais de um milhão à universidade, escreve o Negócios. Mexia respondeu a esta questão durante a conferência de imprensa assegurando que a decisão foi da universidade – com dois prémios Nobel envolvidos – e que Pinho tem uma longa carreira académica anterior e posterior a esse momento.
O que não deve sofrer feitos secundários desta investigação é a OPA da EDP sobre a EDP Renováveis que pode avançar. No exterior, o problema também não passou despercebido. O Financial Times, num artigo assinado pelo correspondente em Lisboa, Peter Wise, dava conta da conferência de imprensa e da garantia de Mexia de que não se demitia. Na edição de hoje do Público, o ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, diz que o “lobby da energia é um dos mais fortes que temos em Portugal”.
CMECs, CAEs, outras siglas que tais. Nomes nada banais que tem sido estrelas nos últimos dias. Há muito (muito) tempo que não se via tanto interesse numa conferência de imprensa da EDP. Para quem achava que Mexia já não mexia, enganou-se. Mexia mexe e promete ripostar. E não se demitir. Com o apoio de Eduardo Catroga – e dos acionistas representados no Conselho Geral e de Supervisão – promete processar quem fez a queixa. Porque, como disse Catroga, “não se brinca com empresas cotadas”.
Quem parece ter ficado convencido com as explicações de Mexia foi a bolsa onde as ações da EDP recuperaram depois do tombo de segunda-feira. A empresa praticamente reverteu a queda que tinha tido e no arranque da semana ao ganhar 2,84%. O Eco conta-lhe como tudo aconteceu.
A história começou sexta-feira passada, com as buscas da PJ e Ministério Público, e ainda está numa fase inicial. Conhecem-se alguns personagens, fala-se de outros e há nomes que se vão juntando ao rol de arguidos. Ontem foi a vez de Rui Cartaxo (atual presidente do Conselho de Administração do Novo Banco e ex-presidente da REN), Pedro Resende (ex-administrador da EDP) e Jorge Machado (ex-conselheiro da administração da EDP) serem constituídos arguidos. Cartaxo é presidente de um banco, ainda por cima um banco detido pelo Estado através do Fundo de Resolução, e a sua continuidade pode estar em comprometida. Cauteloso, o Banco de Portugal diz estar a analisar a situação.
Mas, afinal, o que está em causa neste caso? Nada como ler, por exemplo, o que o João Palma Ferreira escreveu ontem no Expresso Diário (link para assinantes) que conta não só como foi a conferência de imprensa mas explica igualmente quais as decisões que estão a ser escrutinadas e que podem ter justificado esta investigação judicial. Se tiver dúvidas ainda, o que é normal, e quiser saber mais sobre estes contratos pode ler, por exemplo, o Observador para saber o que está por detrás das famosas siglas. O caso já chegou também em força à política e, à esquerda, PCP e Bloco que já tinham criticado estes contratos prometem agora levá-los ao Parlamento.
Há também suspeitas sobre o apoio dado pela EDP à criação de um curso na Universidade de Columbia, nos EUA, sobre energia renovável onde o ex-ministro da Economia de Sócrates, Manuel Pinho, deu aulas. A EDP entregou mais de um milhão à universidade, escreve o Negócios. Mexia respondeu a esta questão durante a conferência de imprensa assegurando que a decisão foi da universidade – com dois prémios Nobel envolvidos – e que Pinho tem uma longa carreira académica anterior e posterior a esse momento.
O que não deve sofrer feitos secundários desta investigação é a OPA da EDP sobre a EDP Renováveis que pode avançar. No exterior, o problema também não passou despercebido. O Financial Times, num artigo assinado pelo correspondente em Lisboa, Peter Wise, dava conta da conferência de imprensa e da garantia de Mexia de que não se demitia. Na edição de hoje do Público, o ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, diz que o “lobby da energia é um dos mais fortes que temos em Portugal”.
OUTRAS
NOTÍCIAS
Cá
dentro
Por cá, a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no capital do banco Montepio continua na ordem do dia. O provedor Santana Lopes esteve ontem à noite na SIC e, não só garantiu que nada ainda está decidido, como assegurou também que não vai decidir “sob stress temporal”.
Os bancos puseram a SIBS à venda. O desenho da operação ainda não está fechado mas pode passar por uma venda de 100% do capital da empresa que gere o Multibanco.
Também ontem foi confirmada a greve dos professores no dia 21 de junho pelos sindicatos FNE e Fenprof. Coincide com os exames de Física e Química A, Geografia A e História da Cultura e das Artes do secundário e Matemática e Estudo do Meio do 2º ano.
Ficámos a saber também que o BCE voltou a travar a compra de dívida portuguesa. Como conta o Jorge Nascimento Rodrigues, no Expresso, houve uma nova redução de 22 milhões de euros em abril
No Parlamento, a polémica das declarações de rendimentos de António Domingues ainda mexe – ou voltou a mexer. Ouvido ontem na comissão de inquérito, Ricardo Mourinho Félix, secretário de Estado das Finanças, voltou a insistir que não houve nenhum acordo com Domingues para o isentar de apresentar as declarações. Centeno vai amanhã.
Continua também a novela sobre o novo chefe das secretas portuguesas. Apesar das muitas críticas que tem surgido sobre a atuação do embaixador em Dili, em 1999, quando era chefe da missão portuguesa, o governo continua a dar-lhe o benefício da dúvida. No sábado, ao Expresso, Antonio Costa dizia: “Até ao momento não tomei conhecimento de qualquer facto, nem confirmei nada que pudesse desabonar em desfavor do embaixador.” Ontem, Augusto Santos Silva garantia que “é muito boa escolha”.
Só que as críticas sucedem-se. O jornalista do Público, Luciano Alvarez, voltou à carga e pede que sejam divulgados os telegramas da época. Já o socialista João Soares recomenda ao diplomata que renuncie à nomeação de Costa.
João Semedo abandonou a corrida autárquica no Porto por razões de saúde. Vai ser substituído por João Teixeira Lopes.
Numa altura em que tem sido noticiada alguma turbulência laboral na MEO - que vai assumir o nome da casa mãe Altice e até se fala em despedimentos em massa - ficou a saber-se que, pela primeira vez, a NOS chegou ao primeiro lugar em número de clientes.
Outras notícias: os museus vão ter entradas gratuitas a partir de julho; Sérgio Conceição está a um pequeno passo do FC Porto e pode assinar amanhã depois de ter rescindido com o Nantes; o Algarve explora o regresso da Fórmula 1 a Portugal; cinco estrangeiros por hora adquirem nacionalidade portuguesa.
Machetes dos jornais:”Álvaro Santos Pereira: Lobby da energia é dos mais fortes que temos” (Público); “Serviços mínimos salvam exames em dia de greve”(DN); “Nova droga com efeitos canibais consumida em Portugal”(JN); “Máfia do sangue paga voto a perita” (Correio da Manhã); “PS e Costa em rota de colisão por causa de novo chefe das secretas”(i); “Bancos põem Multibanco à venda” (Jornal de Negócios); “Benfica acerta com Gümüs”(Recorde); “Real Madrid vai receber proposta de 180 milhões por Ronaldo”(A Bola); “Apito amolgado”(Jogo)
Lá fora
Paris foi alvo de um novo ataque. Desta vez aconteceu perto da catedral de Notre Dame e não teve vítimas mortais. Apenas um polícia ferido depois de ser atacado com um martelo por um estudante argelino que gritava “Isto é pela Síria”. Acabou por ser baleado pela polícia.
Do outro lado do canal da Mancha, a investigação ao ataque de sábado à noite em Londres continua. Ficámos a conhecer o terceiro atacante, como conta o The Guardian. Chamava-se Youssef Zaghba, tinha 22 anos e tinha mãe italiana e pai argelino. Já estava no radar das autoridades desde que no ano passado foi apanhado a tentar chegar à Síria através da Turquia.
Isto tudo em plena semana de eleições legislativas. O The Telegraph contava ontem que os serviços secretos britânicos tiveram dois agentes infiltrados junto de Jeremy Corbyn há 20 anos por haver receios que o agora líder trabalhista pudesse ser uma ameaça à democracia. Do lado conservador, a Primeira-ministra Theresa May endureceu o discurso e prometeu medidas mais apertadas para controlar os suspeitos de terrorismo. E disse mesmo, como conta o Financial Times, que “se as nossas leis de direitos humanos nos impedem de o fazer, então vamos mudar as leis para o poder fazer”.
Quem pode sofrer com a eleição, como aliás aconteceu em votações anteriores, é a libra. Os investidores devem estar atentos, avisa o The Wall Street Journal.
Um dos temas que está a marcar a agenda política internacional é o corte de relações de vários países do Médio Oriente com o Qatar. O britânico Financial Times contava esta semana como uma situação de reféns e pagamento de resgates contribuiu para a tensão. Trump - só podia ser Trump - diz que foi ele o responsável por este corte. (Já agora, por mais estranho que possa parecer, a primeira referência ao presidente americano desta vez aparece bem tarde neste Curto.)
No Qatar, um dos países do Mundo com maior rendimento per capita do Mundo, está a haver uma corrida aos supermercados devido aos receios de uma escalada da tensão. Aproveite também para conhecer sete curiosidades sobre o emir do país.
Nos EUA, as taxas de juro da dívida a 10 anos estão em novo mínimo do ano e a UBER despediu mais de 20 trabalhadores por suspeita de assédio sexual.
Em Espanha, o Santander comprou o Popular por um euro numa resolução do banco mas vai injetar 7000 mil milhões de euros. O anúncio foi feito esta manhã antes da abertura dos mercados. Ontem ao final do dia surgiram as primeiras informações sobre o negócio, com a Bloomberg avançar que o Santander estaria a preparar um aumento de capital superior a 5000 milhões para entrar no Popular.
Em Itália, abre-se a perspetiva de eleições antecipadas com alteração de lei. Podem ser já em setembro.
FRASES
“Não quero ser banqueiro”, Pedro Santana Lopes, Provedor da Santa Casa da Misericórida de Lisboa a propósito da entrada no Montepio
“Na minha opinião [José Júlio Pereira Gomes] é uma muito boa escolha [para secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa] e agora aguardamos tranquilamente a audição parlamentar”, Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros
O QUE ANDO A LER
Sabe o que é uma pessoa meio intelectual, meio de esquerda? É alguém que frequenta “bares meio ruins”, que se “julga na vanguarda do proletariado há mais de 150 anos” e que, quando convida “uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque (…) na hora do vamos ver uma Europazinha sempre ajuda”. É isto tudo e, provavelmente, o seu contrário. “Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim”.
“Meio intelectual, meio de esquerda” é também o título da coletânea de crónicas de António Prata editado no verão passado pela Tinta da China. Prata é um escritor e cronista brasileiro sub-40 que escreve atualmente na Folha de São Paulo. As suas crónicas falam sobre tudo e sobre nada. Sobre ‘pequenas’ questões do quotidiano – como o efeito da vibração dos telemóveis nas coxas, a “gostosa” que “entra com o seu rebolar” ou como são tristes as lojas de colchões – mas também sobre os ‘grandes’ temas da humanidade, como a classe média (“se no trabalho seu nome está escrito na roupa, você é pobre; se o nome está escrito na mesa, você é de classe média; e se estiver escrito no prédio, você é rico”) ou a paternidade (“se eu não tenho um minuto para pensar a respeito da paternidade, é porque estou exercendo a paternidade!”).
São mais de 90 crónicas sempre bem-humoradas. Mas “não se pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país”.
E é tudo por hoje que este Curto já vai longo. Continue connosco em tempo real no Expresso Online e às 18 horas com o Expresso Diário. Tenha um excelente dia.
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