segunda-feira, 18 de setembro de 2017

INCÊNDIOS | ESTA É A HORA!



A catástrofe de Pedrógão Grande constitui expressiva fonte de aprendizagens e ensinamentos, no que concerne ao sistema de proteção civil, tal como se encontra estruturado em Portugal. Este é o momento para se parar e refletir sobre o sistema que temos e o sistema de que o País necessita.

Duarte Caldeira | AbrilAbril | opinião

A catástrofe de Pedrógão Grande ocorrida no passado dia 17 de Junho constitui uma expressiva fonte de aprendizagens e ensinamentos, no que concerne ao sistema de proteção civil, tal como ele se encontra estruturado em Portugal.

Estão em curso múltiplos relatórios, inquéritos e estudos tendo em vista, sobretudo, apurar responsabilidades. Deste modo, procuram-se alguns bodes expiatórios sobre os quais se possam imputar todas as culpas. Com o processo em curso, corre-se o risco de se perder uma excelente oportunidade para ir ao âmago do problema. E qual é o problema?

Passaram dez anos desde a última reestruturação do sistema de proteção civil, ocorrida em 2006-2007. Após um início de século marcado pela instabilidade política e a sucessiva mudança de responsáveis dos serviços do sistema, foi possível conceber e estabilizar o modelo e a estrutura do mesmo, centrado nas competências da Autoridade Nacional de Proteção Civil, entretanto criada.

No período em análise ocorreram quatro momentos de provação do sistema, todos associados a um dos riscos identificados no território do Continente. Refiro-me aos incêndios florestais de 2003, 2005, 2013 e deste ano de 2017.

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS | Medina vence em Lisboa e Cristas passa o PSD



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O PS voltará a vencer as eleições para a Câmara de Lisboa (41%), mas não é certo que consiga a maioria absoluta. De acordo com uma sondagem da Universidade Católica para o JN, o CDS (17%) consegue o segundo lugar, ultrapassando o PSD (16%).

Sondagens não são resultados eleitorais, mas é possível apontar algumas tendências. E já é seguro que o vencedor será o PS, ainda que, até ver, Fernando Medina perca 11 pontos percentuais relativamente a António Costa, em 2013. A projeção da Católica dá-lhe entre 7 e 9 vereadores, sendo oito suficientes para lhe assegurar uma maioria.

A grande novidade é a possibilidade de Assunção Cristas e o CDS ultrapassarem Teresa Leal Coelho e o PSD. Note-se que a margem de erro é de 3,5% e, portanto, que o ponto que separa as duas candidatas corresponde a um empate técnico. A Direita considerada em conjunto cresce significativamente (mais 11 pontos percentuais que em 2013).

Mais à Esquerda, há empate, mas tendências contrárias: João Ferreira e a CDU, a confirmar-se a previsão, estão em queda, e podem perder um dos seus vereadores; Ricardo Robles e o BE estão a subir e têm um lugar quase garantido no Executivo, podendo sonhar com a ultrapassagem aos comunistas.

Portugal | O SUCESSO E O DESESPERO



João Galamba | Expresso | opinião

A célebre frase de Luís Montenegro de que “a vida das pessoas não está melhor, mas o país está muito melhor” mostra bem a diferença entre a estratégia do anterior Governo e do atual. Em nome da confiança externa, PSD adotou uma visão sacrificial dos portugueses, do seu rendimento e das suas condições de vida. O atual Governo faz o oposto: não há confiança externa que valha a pena sem que, primeiro, o Governo conquiste a confiança do povo português.

A recente subida do rating português por parte da S&P volta a mostrar que a visão sacrificial defendida por PSD não era necessária e que o país não tem de escolher entre ter a confiança dos investidores ou a confiança e o apoio dos portugueses. Na verdade, é possível ter as duas ao mesmo tempo. Essa foi (mais) uma conquista da estratégia do Governo do Partido Socialista.

Perante isto, é natural que o PSD fique desorientada e não saiba o que dizer.

Em março deste ano, quando a S&P manteve o rating de Portugal na categoria lixo, Maria Luís Albuquerque confessava não ver qualquer injustiça na decisão da agência de notação: “é uma desilusão que o país continue nesta situação e que não consiga registar, de facto, as melhorias que estávamos a registar no final de 2015”. Seis meses depois, e sem que a política do Governo se tenha alterado, antes pelo contrário, parece que a subida do rating, afinal, já se deve à continuidade de políticas e que é o reconhecimento do trabalho de dois governos.

AGÊNCIAS DO LIXO QUE NOS LIXOU E QUE CONTINUAM A LIXAR-NOS



Bom dia, hoje voltamos à normalidade do Página Global. Esteve tudo de férias e nós também. Por isso andámos a modos que aos soluços, uns dias havia uma ou outra postagem, outros não. Mas foi tudo muito pobre. Pobre como este país à beira.mar plantado e esmifrado pela alta-finança e salafrários que a servem. Um lixo. Lá está, e porque não querem ser lixo sozinhos decidiram argumentar que Portugal também era lixo. Só se assim diziam porque nos lixaram à bruta e agora estão mais meigos… Estão? Não se nota nada.

Este vai ser o habitual veículo blogado do Expresso Curto, do tio Balsemão Impresa Bilderberg. Pois. Mas enquanto não dá de caras com a prosa opinada dessa cafeína azurrapada, às vezes, que hoje é servida por Filipe Santos Costa, jornalista lá do burgo, entretenha-se a ler aquilo que poderá ser a introdução… Poderá, não quer dizer que seja.

Vamos lá então aos grãos enquanto o moinho aquece e os transforma em pó de… café. É uma máquina parecida com as fábricas e outros locais de trabalho onde moem a ralé fedida e mal-paga. Fedida porque chegam a casa a cheirar a suor – depois de tanta moídela laboral. Mal-paga porque está na cara que os vampiros patronais - gestores e outros dessa gandaia - querem comer tudo e não deixar nada. E aí a lei diz que ao menos os trabalhadores merecem umas migalhas daquilo que produzem. Pois. Isso para os que cumprem a lei. Mas como a chamada Autoridade do Trabalho passa os dias e noites a dormir e não fiscaliza como deve, nem por sombras, a lei passa a habitar o lixo. “Também tu!” Exclamam as agências de notações instaladas na lixeira….

Basta de lixeira. Vamos ao que sai em espécie de nata no tal expresso que passa a um café maricas e meio esbranquiçado. Café com leite. Talvez. Pois.

Que Portugal saiu do lixo. Ora, ora, nunca lá esteve. O que aconteceu é que uns quantos distraíram-se e roubaram demasiado, encontrando pretexto para ainda roubarem mais o povoléu. Chamam a esse estágio “crise”. E vá de roubar. Vai milhões para os ladrões habituais. Lá vai para os bancos, para banqueiros, para políticos, para os grandes salafrários, para aquilo que os antigos diziam deverem ir: para o “raio-que–os-parta”. Pois. Para partidos submarinados e etc. Mas todos partidos ficamos nós, os plebeus. E é a fome, a miséria, que fielmente passam a ser as nossas companheiras.

Quer parecer que já chega por hoje de introdução. Nota-se perfeitamente o destreino. Desculpem qualquer coisinha e vão lá ler o Curto deste senhor do burgo Balsemão Bilderberg do Quintal da Marinha do Guincho. Se é que também não se mudou para a Comporta, como os de sua laia.

Adeus, até amanhã. Boa degustação e leitura que se segue.

MM | PG

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