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O
PS voltará a vencer as eleições para a Câmara de Lisboa (41%), mas não é certo
que consiga a maioria absoluta. De acordo com uma sondagem da Universidade
Católica para o JN, o CDS (17%) consegue o segundo lugar, ultrapassando o PSD
(16%).
Sondagens
não são resultados eleitorais, mas é possível apontar algumas tendências. E já
é seguro que o vencedor será o PS, ainda que, até ver, Fernando Medina perca 11
pontos percentuais relativamente a António Costa, em 2013. A projeção da
Católica dá-lhe entre 7 e 9 vereadores, sendo oito suficientes para lhe
assegurar uma maioria.
A
grande novidade é a possibilidade de Assunção Cristas e o CDS ultrapassarem
Teresa Leal Coelho e o PSD. Note-se que a margem de erro é de 3,5% e, portanto,
que o ponto que separa as duas candidatas corresponde a um empate técnico. A
Direita considerada em conjunto cresce significativamente (mais 11 pontos percentuais
que em 2013).
Mais
à Esquerda, há empate, mas tendências contrárias: João Ferreira e a CDU, a
confirmar-se a previsão, estão em queda, e podem perder um dos seus vereadores;
Ricardo Robles e o BE estão a subir e têm um lugar quase garantido no
Executivo, podendo sonhar com a ultrapassagem aos comunistas.
Projeções,
em qualquer dos casos, que devem ser lidos com cautela. Como salientam os
especialistas da Universidade Católica, além de faltarem duas semanas para as
eleições (a recolha, com voto em urna, foi feita no sábado passado), houve uma
taxa de participação mais baixa do que o habitual; há muitos indecisos (12%); e
houve várias recusas de resposta. Constrangimentos que tornam as
"estimativas menos precisas".
Rafael
Barbosa | Jornal de Notícias
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Ficha
Técnica
Esta
sondagem foi realizada pelo CESOP-Universidade Católica Portuguesa para o
Jornal de Notícias no dia 16 de setembro de 2017. O universo alvo é composto
pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente e residentes no
concelho de Lisboa. Foram selecionadas sete freguesias do concelho de modo a
que as médias dos resultados eleitorais das eleições autárquicas de 2005, 2007,
2009 e 2013 nesse conjunto de freguesias (ponderado o número de inquéritos a
realizar em cada uma) estivessem a menos de 1% dos resultados dos cinco maiores
partidos ao nível do concelho. Os domicílios em cada freguesia foram
selecionados por caminho aleatório e foi inquirido em cada domicílio o próximo
aniversariante recenseado eleitoralmente no concelho. Foram obtidos 764
inquéritos válidos, sendo 59% dos inquiridos do sexo feminino. Todos os
resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de
eleitores residentes no concelho por sexo, escalões etários, e freguesia na
base dos dados do recenseamento eleitoral e das estimativas do INE. A taxa de
resposta foi de 61%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória
de 764 inquiridos é de 3,5%, com um nível de confiança de 95%.
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