domingo, 3 de dezembro de 2017

Será que não conseguem perceber a guerra a surgir no horizonte?



Paul Craig Roberts

De acordo com notícias da imprensa britânica, o Presidente russo, Vladimir Putin, deu ordem às indústrias russas para se prepararem de modo a poderem mudar rapidamente para uma produção de guerra.

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Claro que o governo russo não faria tal anúncio a não ser que estivesse convencido de que a perspectiva da guerra com o Ocidente fosse real. Há já algum tempo, que tenho salientado nas minhas colunas que, a consequência das acções hostis há alguns anos, levadas a cabo por Washington e pelos seus vassalos europeus, contra a Rússia, conduziam à guerra.

É fácil perceber que o enorme complexo militar/segurança dos EUA precisa de um inimigo convincente para justificar o seu enorme orçamento, que os alucinados neoconservadores colocam a ideologia fantasiosa de uma hegemonia mundial dos EUA acima da vida do planeta, e que Hillary e a Comissão do Partido Democrata Nacional farão qualquer coisa para derrubar a vitória presidencial de Trump. No entanto, é difícil compreender por que motivo os líderes políticos europeus estão dispostos a colocar os seus países em risco a fim de beneficiarem Washington.

O COPO MEIO CHEIO



Manuel Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Portugal tem registado uma forte criação de emprego e isso é muito positivo. Observa-se, contudo, um ligeiro recuo da taxa de atividade, o que é negativo. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que se regista desde o primeiro semestre de 2014 e se tem robustecido nos dois últimos anos, resulta fundamentalmente do aumento do emprego e não da obtenção de ganhos da produtividade o que, não deixando de ser positivo no imediato, pode ser comprometedor para o futuro. Estes são três aspetos relevantes que um estudo do Observatório sobre Crises e Alternativas1 traz para reflexão, analisando de forma consistente as mudanças estruturais que estão a acontecer no nosso país, no quadro da atual recuperação económica.

Os autores deste estudo fazem uma muito oportuna observação da ubiquidade do conceito produtividade, que merece transcrição integral: "A produtividade do trabalho é frequentemente tomada como uma medida de esforço e da competência de cada trabalhador. É certo que a produtividade pode depender do esforço e da competência. Mas, se dependesse só disso, como se explicaria que o setor financeiro em Portugal fosse várias vezes mais produtivo do que a agricultura? Ou como se explicaria que um barbeiro sueco fosse muito mais produtivo do que um barbeiro português, mesmo tendo em conta as diferenças de poder de compra entre os dois países? Essas diferenças não dependem certamente de características culturais ou inatas de diferentes povos. Em rigor, a produtividade devia ser medida pela quantidade de um bem produzida por unidade de tempo (hora, semana, mês, ano). Mas na realidade, o que é medido nas estatísticas é o valor médio criado numa hora, semana, mês, ano, por um conjunto de trabalhadores que pode ser constituído por todos os trabalhadores de um país, de um setor ou de uma fábrica".

Lisboa vai ter um memorial à escravatura. Para que não esqueça o passado



Durante quatro séculos, Portugal teve um papel central no tráfico de milhões de pessoas escravizadas. Até agora, nenhum monumento olhava para este passado. A Djass - Associação de Afrodescendentes decidiu que era preciso agir e o seu projeto foi um dos vencedores do Orçamento Participativo de Lisboa. O SOS Racismo congratula-se com o memorial que será construído na Ribeira das Naus.

Os vencedores do Orçamento Participativo de Lisboa 2017/2018 foram divulgados na passada segunda-feira. Entre eles, há um que se destaca pelo contributo que traz para o debate sobre o passado colonial português.

Com 1.176 votos, o projeto para a edificação de um memorial de evocação da escravatura pretende “homenagear as vítimas da escravatura e celebrar a abolição da escravatura e o tráfico de pessoas escravizadas”. Segundo a página na internet do Orçamento Participativo, o projeto está agora em estudo, com um orçamento estimado de 100 mil euros e cujo prazo de execução está previsto em um ano.

Antes de mais, é de notar o facto de este monumento ser o primeiro em Portugal. Ao contrário do que acontece noutros países, como em Inglaterra, por exemplo, o nosso país, contrastando com locais como o Padrão dos Descobrimentos, não tem qualquer memorial que preste homenagem às vítimas do colonialismo e às pessoas escravizadas.

Lisboa | O ADEUS AO ZÉ PEDRO, DOS XUTOS - com vídeo



Centenas na emotiva despedida a Zé Pedro ao som de ‘Para Sempre’

Foram muitos os que quiseram hoje prestar uma última homenagem ao icónico músico.

Centenas de pessoas estiveram presentes, este sábado, na missa em homenagem ao guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, que decorreu em Lisboa.

À saída do antigo Museu dos Coches, onde o corpo esteve a ser velado durante o dia de ontem, entoou-se o ‘Homem do Leme’. O corpo do músico seguiu então para o Mosteiro dos Jerónimos, onde decorreu uma missa.

Entre muitos amigos e populares, esteve também o Presidente da República. "Foi uma missa muito tocante e muito participativa, tanto pelas palavras do padre, muito próximas da vida de Zé Pedro e do fenómeno rock", como pela cerimónia em si, disse Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que foram "cantadas algumas músicas dele ao longo da missa". 

A urna com o corpo do músico saiu alguns minutos depois, sob uma enorme salva de palmas das centenas de pessoas que se juntaram na rua para a última homenagem a Zé Pedro, e ao som da música 'Para sempre'.

No exterior do mosteiro, a urna foi colocada em cima de um grande altar dourado e rodeada por familiares e amigos de Zé Pedro, com os companheiros da banda alinhados à frente. Populares, amigos e família aplaudiram, assobiaram, gritaram "Zé Pedro", e os Xutos & Pontapés abraçaram-se e curvaram-se perante a urna do amigo e perante o público.

Melissa Lopes | Notícias ao Minuto, ontem | Foto: Global Imagens


Umaro Sissoco está há um ano no poder na Guiné-Bissau



Foi a 18 de novembro de 2016 que Umaro Sissoco tomou posse como primeiro-ministro da Guiné-Bissau. Um ano depois, o país continua sem Orçamento de Estado aprovado e a oposição continua a exigir a sua demissão.

O executivo tomou posse a 18 de novembro de 2016, após a assinatura, em outubro do mesmo ano, do Acordo de Conacri, baseado no roteiro de seis pontos assinado em Bissau, dois meses antes.

Esta semana, e à margem da sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP 23), Umaro Sissoco afirmou, em entrevista à DW África, que "já não vale a pena falar do Acordo de Conacri”, uma vez que quem não o está a cumprir é o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). O primeiro-ministro guineense teceu fortes críticas à liderança deste partido e deixou claro que, na sua opinião, a solução para a crise na Guiné-Bissau está dentro do próprio país. "A solução interna é a melhor solução”, afirmou Umaro Sissoco, acrescentando que "a única forma é sentarmo-nos numa mesa como irmãos e bons filhos da Guiné para ultrapassarmos esta crise”.

Guiné-Bissau: Chefe das Forças Armadas pede que militares se afastem da política



Para o general Biaguê Na Ntan, os militares guineenses devem submeter-se à Constituição, evitando assuntos ligados à política, criminalidade e corrupção.

O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, general Biaguê Na Ntan, pediu neste sábado (02.12) aos militares para se submeterem à Constituição e para se afastarem dos assuntos políticos, de criminalidade e de corrupção.

"A ética e deontologia profissional, o cumprimento das normas constantes do regulamento da disciplina militar devem merecer a atenção de um militar, devendo cada um afastar-se dos assuntos políticos, da criminalidade e da corrupção, pautando sempre pelo que possa contribuir para o bem-estar do povo", afirmou o general.

O CEMGFA falava no centro de instrução de Cumuré, a cerca de 50 quilómetros de Bissau, durante a cerimónia de juramento de bandeira de 1.103 recrutas.

"O povo guineense, as Forças Armadas e a sociedade em geral esperam de vós altos padrões de conduta, responsabilidade e caráter singulares, preservando os valores éticos e cívicos para o cumprimento, com sucesso, das vossas obrigações", sublinhou.

Fazer face aos desafios 

No discurso, proferido na presença de milhares de pessoas que se deslocaram a Cumeré, o general Biaguê Na Ntan salientou também que a cerimónia representa um "passo gigantesco no que respeita ao apetrechamento das Forças de Defesa e Segurança com recursos humanos habilitados para fazer face aos desafios impostos às Forças Armadas".

Mas também, acrescentou, um "contributo para a reestruturação e reorganização das Forças Armadas no quadro da implementação de reformas que se querem nos setores da defesa e segurança".

A cerimónia de juramento de bandeira inclui também os novos elementos da Guarda Nacional. Para as Forças Armadas foram recrutados 642 elementos do sexo masculino e 178 do sexo feminino. Os novos soldados vão ser agora distribuídos pelos vários quartéis do país. O último recrutamento militar obrigatório na Guiné-Bissau foi feito em 1992.

Lusa | em Deutsche Welle

Angola | JOÃO LOURENÇO TENTOU ESCONDER O DESPOTISMO MAS A MÁSCARA… CAIU



O ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, avisou esta quarta-feira que enquanto o caso que envolve a Justiça portuguesa e Manuel Vicente não tiver um desfecho, Angola “não se moverá nas acções de cooperação com Portugal”. A ditadura e a impunidade estão no ADN do MPLA e João Lourenço tem nos genes essas características.

Enquanto o caso não tiver um desfecho, o Estado angolano não se moverá nas acções, que todos precisamos, de colaboração com Portugal”, disse Manuel Augusto, em entrevista à Lusa e à rádio francesa TF1, à margem da cimeira entre a União Europeia e a União Africana, que decorre até quinta-feira em Abidjan, na Costa do Marfim.

“Este já não é um caso individual de justiça, é um caso do Estado angolano e enquanto não tiver um desfecho, o Estado angolano não se moverá nas acções de cooperação com Portugal, e competirá às autoridades do Estado português verem se vale a pena esta guerra”, vincou o diplomata.

Cobardemente o ministro Manuel Augusto não diz que o entendimento do Governo de João Lourenço é que “desfecho” significa arquivamento.

“Não fomos nós que a escolhemos, porque há elementos para tornar este caso num caso normal de justiça, mas a nossa posição é clara: enquanto não houver um desfecho não há cooperação nem encontros a alto nível, nem nenhum passo da nossa parte”, acrescentou Manuel Augusto, que falou aos jornalistas já depois de um encontro bilateral entre o Presidente de Angola e o primeiro-ministro português, ao final da manhã, à margem da cimeira.

HAVERÁ UMA "NOVA ANGOLA" COM JOÃO LOURENÇO?



O investigador suíço Jon Schubert espera mudanças com o novo Presidente. Mas ainda falta atacar outros interesses, lembra o especialista em Angola. E que as reformas de João Lourenço tenham impacto na vida dos angolanos.

Jon Schubert esteve recentemente em Luanda, onde viveu oito anos da sua infância - entre 1984 e 1992, quando o pai trabalhou como missionário na capital angolana - para o lançamento do seu novo livro "Working the System - A Political Etnography of the New Angola" (ainda sem tradução em português). Foi precisamente nessa altura que o novo chefe de Estado angolano começou a exonerar várias administrações de empresas estatais, anteriormente nomeadas por José Eduardo dos Santos.

O académico suíço confessa ter sido apanhado de surpresa pelas chamadas "exonerações implacáveis"do novo Presidente. No livro "Uma Etnografia Política da Nova Angola", escreveu até que João Lourenço não seria homem de grandes reformas. Agora, porém, já acredita que "JLo" está disposto a realizar mudanças e agir de forma mais independente.

A DW África conversou com o investigador da Universidade de Genebra sobre as recentes medidas, os interesses económicos que ainda é preciso atacar e o que falta ainda fazer para que nasça, de facto, uma verdadeira "Nova Angola".

ANGOLA | Os serviços hospitalares



Jornal de Angola | editorial

Um dos grandes problemas que temos e que é motivo de constantes comentários por parte dos cidadãos é o mau serviço que  é prestado por muitos hospitais públicos.

Há ainda muitos problemas por resolver ao nível do atendimento aos pacientes nas unidades hospitalares do Estado, onde, por diversas razões, os doentes não são muitas vezes bem tratados e chega a faltar o que é básico, como luvas e seringas.

Sabemos que está a ser feito um grande esforço para se mudar o actual quadro da assistência  médica e medicamentosa nos nossos hospitais e há a esperança de que muita coisa venha a mudar nas unidades hospitalares nos próximos tempos. 

É preciso apostar na promoção da gestão dos hospitais, colocando as pessoas certas para gerir unidades hospitalares com elevada competência, no interesse de todos os cidadãos.  Há  pessoas( pacientes)  que ficam com medo de ir a um hospital público, porque não querem correr o risco de  serem ignorados por técnicos da Saúde que têm a obrigação de assistir os doentes com humanidade. 

É necessário que se reforce o sector de Inspecção da Saúde com técnicos que estejam dispostos , por exemplo, a percorrer as unidades hospitalares do Estado situados em todos os municípios, para se saber de facto o que lá acontece, em termos de assistência médica  e medicamentosa.

Os hospitais do Estado são unidades que devem prestar um bom serviço aos cidadãos e neles devem trabalhar técnicos que sejam capazes de estar à altura de assumir as suas responsabilidades, enquanto trabalhadores de um serviço público.

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