Líder do principal partido no
Parlamento da Guiné-Bissau afirma que o partido não foi notificado sobre a
suspensão do processo ordenada por um tribunal regional.
O líder do PAIGC, principal
partido no Parlamento da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, mostrou-se este
sábado (27.01) convicto de que o 9º congresso daquela formação política vai
iniciar-se na terça-feira, como previsto.
Domingos Simões Pereira, que
falava aos jornalistas na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC), em Bissau, afirmou que o partido não recebeu nenhuma
notificação judicial a ordenar a suspensão
do congresso por um tribunal regional - uma informação avançada por
fonte partidária à agência de notícias Lusa.
"As nossas estruturas
judiciais estão a acompanhar todas as situações, eventualmente, pendentes, e
estamos tranquilos em fornecer os dados (...) necessários", declarou o
líder do PAIGC.
Domingos Simões Pereira disse
acreditar que o congresso, marcado para decorrer entre 30 de janeiro a 04 de
fevereiro, vai ter lugar, mesmo perante eventuais diligências judiciais.
"Estamos convencidos que não
deverão constituir qualquer tipo de impedimento para o inicio e o bom
desenrolar dos trabalhos", declarou o líder do PAIGC, que considera ser
"relativo" afirmar que todas as condições estão reunidas para o
arranque do congresso na terça-feira.
"O estar pronto é sempre
relativo, mas nós pensamos que as condições mínimas estão criadas e os
militantes saberão compreender e acomodar-se a nível daquilo que é possível
disponibilizar", observou Simões Pereira.
Situação controlada
Questionado sobre se o partido
não teria sido notificado, nos últimos dias, sobre a suspensão do congresso, o
líder do PAIGC disse que os serviços jurídicos têm reportado à direção que
"têm a situação sob controlo".
"Na maior parte dos casos a
notificação tem a ver com alguns elementos que alguns juízes solicitaram e eles
(assessores jurídicos) pensam que o fornecimento dessas peças irá clarificar
toda situação e assegurar as condições para início e bom desenrolar dos
trabalhos", sublinhou.
Fontes do PAIGC indicaram à Lusa
que os autores da providência cautelar - militantes de várias zonas das regiões
de Oio e Cacheu, norte da Guiné-Bissau - "alegaram terem sido injustamente
excluídos das listas de delegados" ao congresso.
O partido realizou conferências
de base entre os meses de novembro e dezembro para a escolha de delegados ao
congresso.
O partido vive momentos de crise
interna com militantes e dirigentes devidos em dois grupos. Uns apoiantes da
direção outros alinhados com os 15 deputados expulsos do partido em 2015,
acusados de indisciplina partidária.
Agência Lusa, mjp | Deutsche
Welle
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