Lisboa, 29 jan (Lusa) - Itália
apresentou uma proposta para se tornar observador associado da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP), no âmbito do reforço das relações com todos
os Estados lusófonos, numa carta a que a Lusa teve hoje acesso.
Na carta, assinada pelo ministro
dos Negócios Estrangeiros, Angelino Alfano, o Governo italiano destaca "a
consolidação das relações bilaterais com todos os países lusófonos" e dá
como exemplo o facto de Itália ser "o país não lusófono com o maior número
de cátedras universitárias de língua portuguesa".
"A tradicional vocação
italiana para o diálogo, para a mediação e para a integração cultural fazem de
Itália um parceiro credível para a comunidade, que, graças à crescente adesão
de observadores associados, está a tornar-se cada vez mais um foro de encontro
e de diálogo para países de diversas áreas geográficas", refere o Governo
italiano, na carta dirigida à secretária-executiva da CPLP, Maria do Carmo
Silveira.
Também o principado de Andorra
formalizou uma proposta para se tornar observador associado da organização
lusófona, intenção anunciada no início de janeiro pelo primeiro-ministro de
Andorra, Antonio Martí, em declarações à imprensa depois de um encontro com o
homólogo português, António Costa.
A decisão sobre estes pedidos
deverá ser tomada na próxima cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP,
que se realiza este ano em Cabo Verde, ainda sem data marcada.
Atualmente, dez países têm o
estatuto de observador associado da CPLP: Geórgia, Hungria, Japão, República
Checa, Eslováquia, ilhas Maurícias, Namíbia, Senegal, Turquia e Uruguai.
Integram a CPLP Angola, Brasil,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste.
VM // PJA
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