A Fretilin e o PD, partidos na
coligação do Governo em Timor-Leste, podem alcançar um acordo pré-eleitoral
para apoio mútuo após as eleições antecipadas previstas para maio, sendo menos
provável uma coligação formal, segundo responsáveis ouvidos pela Lusa.
Mari Alkatiri, primeiro-ministro
e secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente
(Fretilin) disse à agência Lusa que nada está excluído e que o primeiro passo
para o debate é a conferência nacional do partido que decorre este fim de
semana em Maliana.
"É um encontro para debater
todo o processo que vamos enfrentar agora. Vai ser uma luta bastante renhida,
mas estou confiante que vamos ter maioria absoluta", disse Mari Alkatiri.
Questionado sobre se é preferível
os dois partidos irem separados ou juntos, Alkatiri remeteu comentários
"para mais tarde, depois do diálogo com os parceiros do PD",
sublinhando que o encontro de Maliana é "exatamente para debater e definir
isso".
"Um acordo pré-eleitoral de
certeza que haverá mas ainda vamos discutir o modelo desse acordo",
afirmou.
Também Adriano do Nascimento, do
Conselho Político Nacional (CPN) do Partido Democrático (PD) explicou à Lusa
que o seu partido vai analisar o assunto e que será depois "tomada uma
decisão".
O também ministro de Estado na
Presidência do Conselho de Ministros disse que nada estava excluído, mas que
tudo indica que os dois partidos vão "continuar a trabalhar juntos".
Dirigentes máximos dos dois
partidos têm já analisado eventuais acordos a pensar nas eleições antecipadas
que o Presidente da República Francisco Guterres Lu-Olo deverá convocar esta
semana, e que se realizam previsivelmente a 12 de maio.
Depois de conferências nacionais
que os dois partidos realizam em breve, em separado, antecipam-se novos encontros
bilaterais no intuito de fechar o que tudo indica será um acordo ou aliança
para colaboração depois das eleições.
Estes dois partidos são
atualmente minoritários no Parlamento Nacional, com 30 dos 65 lugares, com a
Fretilin a controlar 23 lugares e o PD a controlar sete.
A oposição, maioritária, é
formada pelo Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) - 22 lugares
-, pelo Partido Libertação Popular (PLP) - oito lugares - e pelo Kmanek Haburas
Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) - cinco lugares.
As três forças políticas
anunciaram na semana passada que se vão apresentar conjuntamente ao voto
antecipado sob a bandeira da Aliança para Mudança e Progresso (AMP).
Até aqui as três forças têm
trabalhado em conjunto sob o bloco Aliança de Maioria Parlamentar (AMP).
Lusa | em SAPO TL
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