domingo, 1 de abril de 2018

Procuradoria-Geral da República de Angola criticada por erros na divulgação de governantes suspeitos de crimes


Em causa estão os vários processos judiciais que têm revelado supostos crimes de corrupção, peculato, impunidade e tentativas de burla ao estado angolano

A Procuradoria-Geral da República de Angola está ser alvo de várias críticas da sociedade civil, por estar a incorrer em erros de procedimentos quanto à revelação de nomes de governantes suspeitos de envolvimento de crimes sem prévia notificação.

Seis meses depois de assumir a presidência de república, as políticas de governação do presidente João Lourenço continuam a ser marcadas por profundas mudanças e vários casos judiciais que envolvem altas figuras do partido no poder.

A entrada em campo da Procuradoria-Geral da República tem produzido várias reacções entre a classe política e na sociedade civil.

Em causa estão os vários processos judiciais que têm revelado supostos crimes de corrupção, peculato, impunidade e tentativas de burla ao estado angolano, cujos suspeitos são maioritariamente membros que exerceram funções na estrutura governamental.

Entretanto, o Procurador-Geral da República veio, esta semana a público, admitir um erro no processo ligado à tentativa de burla de 50 mil milhões de dólares envolvendo entidades angolanas, onde é citado o nome do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, General Sachipengo Nunda, que tomou conhecimento pela imprensa como tendo sido constituído arguido.

Hélder Pitta Gróz reconhece, não ser correcto que o general venha a saber pelos órgãos de comunicação social, sem que fosse feito em local próprio.

O representante do ministério público culpou ainda o magistrado Luís Benza Zanga, encarregue da apresentação pública, por este pecado por omissão dos nomes dos outros três generais.

No principio desta semana o subprocurador da República, Luís Benza Zanga, não hesitou revelar, em conferência de imprensa, os nomes das figuras suspeitas de vários crimes e os processos que já decorrem no ministério público.

Para falar sobre o assunto, ouvimos o jurista Carlos Veiga e o jurista Tito Cambanje:


Arão Ndipa | VOA

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