<> Mário Motta, Lisboa ---
A seguir apresentamos o Curto de hoje. Seremos breves, a razão está no título constante acima, dado pelo PG. Montenegro surge perante todos nós como um enorme trafulha que deve ser investigado convenientemente. Os indícios para tal desconfiança constam na imprensa nacional como as cerejas. Pegamos numa e vêm logo uma dezena ou mais na confusão. Não, o homem leva-nos à percepção de que está a esconder algo mais e que guarda segredo da realidade, das eventuais falcatruas trapalhonas. Pode não se enquadrar em crimes mas é o que está a parecer. Algo do quadro das ilegalidades. Assim sendo cá estarão os portugueses para expressarem a sua última palavra nas eleições ontem anunciadas para 18 de Maio. Algo não bate certo em tudo que escolhe dizer. Os cidadãos e eleitores portugueses não merecem tal conduta nem um primeiro-ministro trapalhão.
Sigam para o Curto do Expresso. Há por ali novidades acerca da casa de Espinho, sobre documentação por ele prometido entregar à Polícia Judiciária… Mas não cumpriu. Faltoso e enganoso… Ou esquecido? Credo, que trapalhão. É o que transparece. O fulano parece enguias a escaparem-nos por entre as mãos e sem transparência nem lealdade. Como poderemos confiar em alguém assim? Certo é que há mais vida para além de Luís Montenegro (PSD/CDS), só temos que esperar que o caso se esclareça sem sofismas, legal e honestamente. Depois seguirmos com a vida em Portugal sem Montenegro e eventuais, certos e incertos, amigalhaços.
O Expresso Curto a seguir. Bom dia, se conseguirem.
Mário Motta | Redação PG
As faturas que Montenegro não entregou à PJ, os cenários políticos e os 174 centros de Saúde que passam para a gestão privada
Paula Santos, diretora-adjunta | Expresso (curto)
Bom dia,
Já tem dia marcado, o
regresso às urnas para as legislativas.
Marcelo Rebelo de Sousa escolheu a data de 18 de maio para as eleições
antecipadas, depois de ouvir os partidos e o Conselho de Estado.
Avança a dissolução do Parlamento, na sequência do chumbo da Moção de
Confiança.
O Presidente falou ao país para confirmar o que se esperava desde a passada
terça-feira. Explicou que “não havia outro caminho”, perante “o
choque de conflitos de juízos éticos”. A escolha do dia teve em conta os alertas de alguns partidos.
O tema está em destaque no nosso site e, como é evidente, na edição
semanal do seu jornal que já está nas bancas.
E não faltam temas políticos para conferir e até duas primeiras páginas para
descobrir esta semana. Já lhe explico tudo!
Comecemos por desvendar a manchete.
Luís Montenegro prometeu, mas não
entregou à PJ faturas da casa de Espinho.
É uma informação que o Expresso adianta. Apesar de ter afirmado que iria entregar toda a
documentação relacionada com a casa de Espinho, quando foi contactado pela PJ,
o primeiro-ministro remeteu a documentação para a autarquia e para a Autoridade
Tributária. Não correspondeu ao pedido da inspetora que tinha pedido o envio
dos documentos em formato digital.
Há dúvidas que continuam por esclarecer, nomeadamente em relação ao valor total
do custo da construção da casa. Confira as respostas de Montenegro ao
Expresso.
Três denúncias anónimas sobre a Spinumviva, empresa fundada por Luís
Montenegro, levaram o Ministério Público a abrir uma averiguação
preventiva para determinar se existe consistência criminal. Nesta fase, o
PGR impõe limites aos movimentos do Departamento Central
de Investigação e Ação Penal.
Regressemos às eleições.
E agora? Vem aí mais um miniciclo político? a pergunta é o ponto de
partida para um trabalho onde olhamos para os cenários políticos do futuro
próximo e falamos de condições de governabilidade (ou da falta delas!).
Não perdemos de vista o estado atual dos partidos.
Escrevemos sobre a estratégia do PSD, que cerrou fileiras “amarrado” ao líder. O PS também aparece unido, com uma
exceção: Medina surpreendeu e demarcou-se sem aviso prévio. A
Iniciativa Liberal, que vai sozinha a votos, afina o discurso a pensar num possível acordo com a
AD. O CDS, que ficou fora das decisões sobre a gestão da crise, continua a apostar na coligação. O CHEGA já tem um cartaz
nas ruas e outros problemas para gerir. Os partidos à esquerda do PS
vão a eleições em esforço político e financeiro.
Com as Legislativas em contagem decrescente, o palco politico deixa
em segundo plano os restantes desafios eleitorais.
É o caso das Autárquicas em que se complica agora o xadrez das escolhas dos nomes, mesmo
para alguns candidatos já quase dados como certos, sobretudo nos maiores
partidos.
Mas também é o caso das Presidenciais. O foco afasta-se dos candidatos,
mesmo que continuem a ser questionados sobre as intenções futuras, como é o
caso de Gouveia e Melo, “descontente com o que está a ver” e para quem a
crise “aumenta o descrédito dos partidos essenciais ao sistema”.
Já Marques Mendes, volta a insistir que “a crise podia ter sido evitada”.
Executivo teve formação sobre transparência após queda do Governo. Numa altura
em que ficou por publicar o plano de prevenção de riscos para
prevenir conflitos de interesses, aprovado há um mês.
Já vai longa a lista dos temas políticos (a semana a isso obriga!) numa edição
que tem muito mais para ler.
Governo quer passar 174 Centros de Saúde para a gestão privada. É o resultado do relançamento das parcerias público-privadas em
cinco hospitais, processo que inclui todas as unidades de cuidados
primários agregadas a cada hospital.
Do lado do administradores hospitalares, fala-se no “retomar da confiança”,
depois de um processo em que “saíram traumatizados”.
Redes de imigração ilegal detetadas em 17 freguesias de Lisboa. Mais de 70% das freguesias remeteram milhares de pedidos de
atestados de residência com moradas falsas para o MP, PJ e AIMA. Só em dois
apartamentos estavam registados mais de quatro mil e trezentos moradores.
Mudanças nos exames geram dúvidas. O ministério da Educação tem sido chamado a
esclarecer as novas regras de avaliação no ensino secundário que entram em
vigor. É o regresso de alguns exames, suspensos há 5 anos.
Tempestade acompanhada de chuva intensa enche albufeiras. No Algarve, os cortes
em vigor nos consumos vão ser aliviados. Atenuam-se os sinais da seca.
Impedir o declínio demográfico com a ajuda da tecnologia? A discussão está
lançada, nos Estados Unidos onde as versões mais futuristas entram em conflito
com as tradicionais e se apontam os riscos de uma aposta pouco convencional.
Desenhar os bebés do futuro: Um tema com prós e contras que sublinhamos.
Violência agrava-se na Síria. Há milhares de pessoas desalojadas, notícias de
massacres e um sentimento de medo resumido em duas palavras confessadas por um
habitante anónimo ao Expresso : “vivo petrificado”.
O Comité Olímpico português vai a votos. Laurentino Dias ou Fernando Gomes
(temos perfis dos dois candidatos) um deles vai ser eleito na próxima semana. Explicamos o que está em causa.
Já conhece os destaques e a primeira página, tradicional, desta edição do
Expresso, numa semana em que temos uma segunda capa para lhe propor.
Curioso? saiba porquê e conheça a primeira página alternativa,
antes de seguimos para os destaques do Caderno de Economia.
Novo Banco admite perdas com
empresas de Luís Filipe Vieira. O banco tem uma exposição superior a 200
milhões de euros ao fundo que ficou com as empresas que pertenceram ao
ex-presidente do Benfica e agora procura resolver o assunto, admitindo perdas ainda não totalmente avaliadas.
Patrões preocupados com “via verde” da imigração. A nova proposta do Governo para o reforço da
contratação de imigrantes teria assinatura prevista para os próximos dias, mas a
crise deixa agora várias incertezas.
Em matéria de Defesa, Portugal desenvolve sistemas de combate para navios
de guerra. O tema domina as discussões europeias e o Expresso dá exemplos do atual uso e das potencialidades da tecnologia
portuguesa.
Alívio da prestação da casa a abrandar. As prestações ainda podem descer este
ano, mas o ritmo da redução tende a ser mais lento e obriga a
previsões cautelosas.
Portugueses já compram cruzeiros para 2027. Os operadores turísticos falam de
um crescimento “nunca antes visto” do negócio.
Autoeuropa ganha nova vida com a produção do novo carro elétrico. Uma das
notícias que marca a semana, está em destaque na edição em que passamos em revista o momento (difícil) que vive a indústria automóvel europeia.
O CEO é o limite: trabalho, carreiras e liderança. Porque deixamos as empresas? E na área da produtividade, a que horas trabalhamos melhor? E quais são os direitos de quem é despedido? Não perca estes artigos,
nem os que se seguem na sua Revista.
É o protagonista da semana, o que
justifica que regressemos a Luís Montenegro, uma vez mais, em destaque na edição da Revista.
Falamos de pressão, de drama destes e de outros dias e relembramos
outros líderes sob escrutínio.
Uma história de tarifas protagonizadas por Donald Trump. Destacamos a subida
generalizada dos valores e os seus – imprevisíveis – efeitos. Tomamos nota de exemplos do passado que podem ajudar a antecipar o
futuro.
Mais segura e eficiente: será a energia nuclear a solução? Um trabalho sobre a
produção nuclear na Europa.
Nos passos de Camilo. No bicentenário do escritor, um roteiro pela vida real e pela obra do autor.
Cães que vivem nos livros ou a história do melhor amigo do homem na
literatura. Partimos à descoberta das pegadas eternizadas pela
escrita.
E assim chegamos ao suplemento “Ideias”
A banalização da mentira. Em
tempos de fake news, destaco um ensaio sobre os chamados “factos alternativos” que
servem para a construção do discurso político, com efeitos na opinião pública.
Gustavo Sampaio é o autor do texto.
António Gomes
A figura da semana é Alexandra Leitão: a “marrona certinha” e “muito vocal”, candidata à autarquia de
Lisboa.
Tem muito para ler, à beira do fim de semana. E também para ouvir, seguindo
várias as sugestões de podcasts com a nossa marca. Tome nota de algumas:
PODCASTS A NÃO PERDER
Memórias de Francisco Pinto Balsemão: “a redação tinha de acreditar no projeto, era urgente recrutar
as pessoas certas”, as origens do Expresso no período áureo de vendas.
Contas poupança: Pedro Andersson explica-lhe porque deve acabar com os seus
créditos o mais rápido possível
Miguel Sousa Tavares de Viva Voz: “Montenegro é um ativo tóxico e não terá sossego”, Pedro Nuno
“se perder duas vezes, é a morte do artista”
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Tenha uma excelente sexta-feira e um ótimo fim de semana!
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