A 7 de Dezembro de 1975 a Indonésia invadiu
Timor-Leste com toda a brutalidade das suas poderosas forças armadas no
cumprimento das ordens do ditador
Shuarto, presidente daquele país. A luz verde para a execução da operação foi
dos EUA em visita à Indonésia e a Shuarto do presidente Ford e do secretário de estado Kissinger, mentor de vários crimes de guerra que imerecidamente foi galardoado com um
Nobel da Paz.
Timor-Leste foi surpreendido pela
invasão por terra, mar e ar a partir da fronteira, na costa norte e na costa
sul. Dili viu os seus céus ofuscados devido ao lançamento de pára-quedistas indonésios que caíram pelas ruas - quase sempre em locais estratégicos - enquanto a
linda baía da capital assistia à sobrelotação de navios de guerra e de transporte de
tropas que esperavam à vez para desembarcar e aterrorizarem a população,
assassinando indiscriminadamente os surpreendidos timorenses. A partir desse
dia a Indonésia ocupou ilegalmente Timor-Leste durante cerca de 25 anos, com o
conluio dos EUA, da Austrália, do Reino Unido, da própria França e da Alemanha.
Principalmente daqueles países denominados potências.
Durante os 25 anos de ocupação
foram assassinados pelas tropas indonésias e polícias mais de 200 mil
timorenses – quase metade dos timorenses existentes no país, segundo um Censo
realizado quatro anos antes (1971) pelo país que havia mais de 400 anos
colonizava Timo, Portugal.
A resistência timorense (FALINTIL)
organizou-se a partir das primeiras horas da invasão e refugiou-se nas
montanhas, enveredando por operações de guerrilha que o armamento de que dispunham
permitia, assim como os seus efetivos militares. Manteve-se ativa durante
toda a ocupação. Até que por deliberação da ONU foi aprovada a pronúncia de um
referendo que deu a possibilidade ao povo timorense de manifestar a sua vontade
em 1999. A independência ou a autonomia e integração do país na
Indonésia foram os itens a referendar. Venceu a independência por maioria de votos, cerca de 80 por cento.
E eis que a sua vontade se cumpriu sob o patrocínio da ONU e nações que
acompanharam todo o processo de independência e democratização do novo país.
Portugal desempenhou a função moral e historicamente
devida em todo o processo. Algumas vezes atrapalhando a Austrália e os EUA na
sua intenção de ali manterem uma independência de fachada policiada e
militarizada pela Austrália (potencia regional) com vista a neocolonizarem
Timor-Leste como o fizeram e ainda fazem em outros pequenos países da região.
Timor-Leste era mais apetecível porque possui no Mar de Timor reservas de
petróleo e gás natural que provocam a imensa gula da Austrália. País que
afinal foi explorador das riquezas timorenses naquele Mar durante a ocupação
indonésia por troca de a reconhecer e legitimar a ocupação em favor à Indonésia do ditador
Shuarto, em absoluto conluio com o genocídio do povo timorense que em cada ano
que passava somava a mortandade e as chacinas dos ocupantes por todo o território.
Desde a invasão até à retirada
das forças armadas, polícia e milícias indonésias, foram assassinados mais
de 200 mil timorenses... Um genocídio ignorado e branqueado pela ONU e por quase toda a
comunidade mundial, a exemplo de outros genocídios ocorridos e criminosos de
guerra ou semelhantes que, por exemplo, já há muito desacreditaram os vários prémios
Nobel. Certo que há algumas exceções de nobilizados. Felizmente.
Num recurso à Wikipédia
acrescentamos parcialmente o texto referente à invasão e ocupação indonésia em Timor-Leste. Uma
falácia que oculta o que na realidade e no todo ocorreu em Timor-Leste. Como
se diz: “Uma mentira para ser consistente tem de incluir um pouco de verdade”.
Neste caso, referente ao texto que se segue, predominam as omissões – que consideramos
intencionais.
É facto que existem dados históricos
já publicados a que qualquer de nós pode aceder após aturadas pesquisas. É para
isso que convidamos os interessados no tema e no que ocorreu. Desde o
comportamento desleixado e criminoso de Portugal ao abandonar Timor-Leste e o
deixar à mercê da ocupação indonésia, até ao roubo das suas riquezas naturais
por parte da Indonésia e da Austrália, principalmente.
A seguir leia o que reproduzimos
da Wikipédia sobre Timor-Leste. Saiba também mais sobre aquele país e aquele
povo por via de pesquisas credíveis que poderá encontrar na Internet. Separe o
trigo do joio e terá oportunidade de se aperceber da grandiosidade do
resistente e maravilhoso povo timorense, dos seus heróis ainda vivos ou
tombados para sempre na luta de libertação.
Acompanhe-nos em sentido, de modo
enérgico e feliz: VIVA TIMOR-LESTE!
Redação PG
Da Wikipédia:
A Indonésia ocupou
o atual território do estado de Timor-Leste de
dezembro de 1975 a
outubro de 1999.
Após séculos de domínio
colonial português na parte oriental da ilha de Timor, um golpe de Estado em Portugal em 1974 levou
à descolonização entre suas ex-colónias, criando instabilidade no território e
deixando seu futuro incerto. Depois de uma guerra
civil em pequena escala, a FRETILIN,
pró-independência, reclama a vitória na capital Díli e
declara Timor-Leste independente, em 28
de novembro de 1975.
Reivindicando ajuda solicitada
pelos líderes timorenses, as forças militares indonésias invadiram a parte
oriental da ilha em 7 de dezembro de 1975 e destruíram
a resistência armada à ocupação. Na sequência de uma controversa "Assembleia
Popular", que muitos disseram que não era um verdadeiro ato de autodeterminação, a Indonésia declarou o território
como uma província da Indonésia. Por vinte e cinco anos, a população
de Timor-Leste foi submetida a execuções extrajudiciais, tortura e fome.
A 20 de Junho de 1988, dez
estudantes timorenses na Indonésia proclamaram a Insurreição Geral Política dos
Estudantes de Timor-Leste, liderados por Fernando La Sama de Araújo. Este
momento, juntamente com a criação da organização RENETIL,
reforçaram e desenvolveram a consciência política, dando visibilidade exterior
à luta, autodeterminação e independência timorense[1].
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