Está prestes a passar mais um ano
sobre o 11 de Setembro de 2001 nos EUA. Já lá vão 18 anos. Em quase duas décadas
muito pouco ou nada se sabe, com sustentabilidade, sobre o que realmente
aconteceu. Em Setembro de 2014 o Voltaire.net publicou uma peça do jornalista
Giulietto Chiesa alusiva ao tema, que decidimos recuperar no PG e assim não
deixar passar em silêncio o “mistério”, ou os “mistérios”, sobre os
acontecimentos do 11 de Setembro de há 18 anos. (PG)
Giulietto Chiesa
Giulietto Chiesa continua a
participar na investigação
interdisciplinar do Painel de Consenso do 11/09(11 de Setembro). Aqui, dá-nos
conta das discrepâncias, e contradições,
relativas às caixas negras dos quatro aviões
envolvidos nos atentados.
Esta semana comemora-se o 13º o
aniversário dos atentados do 11 de setembro de 2001. Pela minha parte continuo
a acompanhar o trabalho da equipa do Painel
de Consenso sobre o 11/09 (para a qual vos encaminho, neste caso, ao
Ponto FLT-4 : Anomalias misteriosas em relação às
caixas-negras de 4 aviões do 11 de setembro).
Devo começar por dizer
que, mesmo tendo seguido de perto este trabalho colectivo, durante todos
estes anos, cada vez que analiso este assunto com mais detalhe, fico
estupefacto com esta evidência impressionante: toda a história
contada ao mundo, através dos ministérios
da propaganda (quer dizer, pelos grande média ocidentais), sobre o 11
de setembro é um gigantesco atentado à mais elementar inteligência.
O mundo inteiro foi levado a crer na “história da
Carochinha”. E isso continua 13 anos passados.
Tomemos, por exemplo, a questão
das famosas «caixas negras» dos quatro aviões que foram - supostamente -
sequestrados por 19 terroristas, na manhã de 11 de setembro de 2001 Neste
caso, como iremos ver, nem uma única linha da versão
oficial se aguenta de pé. Primeiro é
preciso esclarecer que as «caixas negras» são cor laranja,
de facto, é importante lembrar isto para o
seguimento. Todos os aviões comerciais, no mundo, levam
duas. Elas são concebidas para ser praticamente
indestrutíveis. E, de facto, são-no.
Elas contêm um conjunto de
dispositivos feitos para suportar solicitações
extremamente violentas, quer seja ao nível físico,
eléctrico, químico, magnético
ou térmico. Dentre estes equipamentos, os dois aparelhos essenciais
são o FDR (Flight Data Recorder)(Gravador de Dados de Vôo
-ndT),que é o que grava, em cada instante,
todos os dados de vôo como a velocidade, a altitude e a
posição da aparelho, e o CVR (Cockpit
Voice Recorder)(Gravador de Som do Cockpit -ndT), que recolhe todos os sons e
vozes no cockpit (cabine de pilotagem).
Os casos em que essas
caixas-negras não foram encontradas, ou não puderam fornecer dados úteis
para compreender os incidentes, são extremamente raros. Estes materiais têm
sido concebidos para este efeito. E isto funciona. As primeiras a
usa-los são as companhias de seguros, e logo depois surgem os governos, os
serviços secretos, etc. Assim, quatro aviões
é igual a oito caixas negras. O que nos diz a versão
oficial? Quatro entre essas oito caixas negras «nunca foram encontradas».
Metade, portanto. Um falhanço equivalente a um recorde mundial
de todos os tempos. Trata- se das quatro caixas-negras dos dois aviões
que — oficialmente — chocaram contra as Torres Gémeas – o vôo
da American (Airlines-ndT)11 (AA 11) e o da United Airlines 175 (AU 175).
Sobram, pois aqui, quatro. As do
voo 77 da American (AA 77) e o do Pentágono, que parecem ter sido recuperadas.
Mas o CVR(GS) estava demasiado danificado, e os dados eram irrecuperáveis.
Portanto, nenhum resultado quanto a este. Quanto ao FDR do vôo
da AA 77 parece ter sido encontrado, no entanto as versões
sobre o local são contraditórias.
Mas, como veremos em breve, há casos mais graves.
Finalmente, temos os CVR e FDR do
vôo da United Airlines 93 (UA 93), aquele que, supostamente,
se espatifou num campo na Pensilvânia. A transcrição
do CVR foi tornado público pelo FBI, mas somente em
2006, durante o julgamento de Zacarias Moussaoui. Nós
voltaremos a ele, não sem antes ressaltar que se trata
de uma «transcrição» velha de
cinco anos. Finalmente há o FDR do vôo da UA 93. Nós
temos um relatório da NTSB (National
Transportation Safety Board)-(Conselho Nacional para a Segurança
de Transportes -ndT), de 15 de fevereiro de 2002, com o número
DCA01MA065, e sabemos que o cartão de memória (Placa de Memória) foi
trazida para as instalações da
Honeywell, em Redmond, onde foi examinada. Então, está
tudo em ordem? Longe disso!
Resumindo: mesmo quanto às
quatro caixas-negras recuperadas levantam-se muitas questões ainda a serem
esclarecidas, 13 anos após os acontecimentos. E, contradições
flagrantes. A propósito das quatro caixas negras dos
vôos que atingiram as Torres Gémeas, o Relatório
da Comissão sobre o 11/9 contenta-se, simplesmente, em dizer que elas
não foram encontradas. Mas temos duas testemunhas que dizem ter encontrado três
em cada quatro, em Outubro de 2001. Trata-se de um bombeiro Nicholas DeMasi, e
de um voluntário Mike Bellone. As caixas estavam
entre os escombros e foram consignadas a alguém que
desapareceu. A Comissão de inquérito não as procurou. Todas as informações
desapareceram. Mas, ao mesmo tempo, a Comissão de Inquérito,
sem medo de cair no ridículo, e no meio do maior silêncio
dos principais média ocidentais, anunciou a descoberta
do passaporte (em papel) de um dos presumíveis piratas do ar do Vôo
AA 11, Salam al-Sugami; nada mais, nada menos! Não temos, pois,
nenhuma informação [proveniente
destas caixas-negras]; Ora, nenhum investigador no mundo ficaria satisfeito com
este resultado.
E há ainda pior. Ressalta do
registo dos documentos do tribunal que, em 18 de setembro de 2001, o Diretor do
FEMA (Federal Emergency Management Agency) (Agência Federal para o Controlo de
Emergências -ndT), Edward E. Jacoby Jr. enviou um memorando ao
governador do Estado de Nova York, George Pataki, para o informar que «os
investigadores identificaram os sinais de uma das caixas-negras dos escombros
do World Trade Center». E também: o general Paul Kern, comandante
do Comando US de Material, relatou em 2002 que «os sensores de
radiofrequência do CECOM (Comando de Comunicações
Eletrónicas -ndT) foram utilizados [com sucesso] para
encontrar as caixas-negras dos aviões que atingiram as Torres Gémeas.
«Então, quem está mentindo»?
Para as duas caixas-negras do vôo
77 da AA o caso é mais complicado. Dois bombeiros
(Burkhammer e Morawitz) relataram tê-las encontrado «perto do ponto de
impacto». O porta-voz do condado, Dick Brigdes, explica também
que elas estavam «exactamente lá, onde o avião atingiu o
prédio» do Pentágono. Mas, outras fontes dizem que
o FDR foi recuperado a cerca de 300 pés (100 metros ) de distância.
Uma diferença notável.
Por outro lado, Burkhammer e Morawitz contam que as duas caixas-negras eram de
cor escura, quando lhes tinham dito que elas eram cor de laranja. Ora,
quando eles o referiram aos agentes do FBI e da NTSB estes últimos
retorquiram: mais vale negro do que nada.
E, ainda pior, porque a história
do FDR do vôo AA 77 apresenta um outro ponto fraco, e não dos
menores. Em 2008, um obstinado cidadão americano apresentou um recurso,
baseado na lei FOIA (Freedom of Information Act) sobre a liberdade de informação,
para forçar a NTSB a divulgar o ficheiro de colecta dos dados brutos do
FDR (ou GDV). Ora, acontece que este arquivo tinha sido criado às 23h
45, de quinta- feira, 13 de setembro de 2001. O que é bastante estranho, visto
que o FDR em questão, negro ou laranja dependendo das versões, só teria sido
encontrado no dia seguinte, sexta-feira.
E, finalmente, vejamos o que
aconteceu com o FDR (GDV) do vôo UA 93. Recordo, a todos aqueles
que se esqueceram, que um filme comercial foi feito a propósito
deste vôo, e sobre a heroica revolta dos passageiros para retomar o
controle do avião aos piratas do ar. Assim,
peço-lhes que tenham em conta o contexto global desta história.
Vamos ver o que diz, a propósito, a associação
dos Pilotos pela verdade do 11/9 (Pilots for 9/11 Truth -ndT).
Os seus membros também entraram
com um pedido FOIA antes de obter, em 2007, a informação sobre este
FDR. Mas os dados que lhes foram fornecidos, devendo corresponder ao conteúdo
desta caixa negra, divergem completamente de outros dados disponíveis.
«A trajetória de vôo
e a altitude», indicadas não são as
que ficaram registadas. A trajectória do voo, pelo norte, não encaixa com os
testemunhos publicados no New York Times. O avião vinha de Sudeste, como
evidenciado por, entre outros, o facto de se ter encontrado destroços
em New Baltimore, a mais de 8
milhas (13 quilómetros) a partir da
cratera onde o avião se espatifou. Mas acima de tudo, o ângulo
de queda da aeronave, segundo o registo contido no documento da NTSB, não
corresponde ao impacto vertical que a versão do governo
sustenta, e que a própria cratera sugere. Mais
precisamente, o FDR (GDV) indica um ângulo de queda de 35 graus.
Enquanto a versão oficial diz que o avião
caiu verticalmente. Finalmente, as análises feitas pela Protecção
Civil no local de impacto não permitiram encontrar os
vestígios de poluição com resíduos
de gasolina. Isto não faz nenhum sentido, uma vez que
os tanques da aeronave deviam estar cheios de carburante.
Em suma, temos a escolha: Ou esse
registo é falso, ou é a versão oficial do governo dos Estados Unidos que é
falsa. Como o é, naturalmente, toda a história retratada no filme, o que
apenas serviu para comover o grande público. Não será demais lembrar que
todas estas observações foram
dirigidas quer ao NTSB, quer ao governo norte- americano. Resposta:
nenhuma. Zero. Naquela altura, tanto como agora 13 anos após os factos.
Finalmente há o registo do
Centro de Controle de Cleveland, que contém os minutos finais do vôo.
Ei-lo: United Air Flight 93 air traffic recording
Dramático, mas também
misterioso e inexplicável. Aqueles que tiverem tempo para ouvir perceberão
que o pessoal de terra tenta, durante vários minutos, entrar em contacto com a
avião, repetindo assim a mesma pergunta, mas que nenhuma resposta chega até
eles de volta. A tripulação fica muda.
Então, de repente, chega-lhes uma voz estranha, quase abafada por
um grande ruído de fundo. «United 93, este é
o vosso comandante de bordo que vos fala, agradeço que permaneçam
sentados, fiquem no vossos lugares, há uma bomba a bordo». Uma bomba a
bordo? Ficar sentados? Mas onde está, exactamente, este comandante de
bordo? Que ruído de fundo se escuta?
Em terra, insiste-se para obter
esclarecimentos; os controladores contactam com os outros aviões voando na
zona. As confirmações chegam.
Depois, de repente, outra vez a mesma voz: «United 93, aqui o vosso comandante.
É melhor que todos permaneçam sentados. Nós
temos uma bomba a bordo e regressamos ao aeroporto. Eles aceitaram os nossos
pedidos, e portanto, é favor, permanecerem nos vossos lugares». E depois, mais
nada. Bom, é este, realmente, o comportamento habitual de um piloto de
linha experimentado? Podemos ter a certeza que estas duas mensagens vieram,
verdadeiramente, do vôo 93 UA?
Para resumir: nem uma única peça
do "puzzle" oficial encaixa corretamente com as outras. E nós
só estamos a falar das caixas negras que foram, aparentemente,
encontradas. A outra metade das informações foi, como
vimos, completamente apagada da superfície da Terra. E tudo isso,
claro, não é obra de presumíveis piratas do ar, cuja presença
a bordo, aliás, nunca foi provada. Mas então,
quem trabalhou para apagar todos estes vestígios? Quem mentiu?
Tornou-se mais do que nunca
impossível acreditar, ainda, que a fábula oficial que nos foi contada
corresponde à verdade.
Giulietto Chiesa | Voltaire.net.org | Tradução Alva
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