Os participantes no III Fórum
Sindical Internacional, que começou este domingo, declararam o apoio ao povo e
trabalhadores sírios, e condenaram o bloqueio económico imposto pelos EUA à
Síria e a Cuba.
George Mavrikos, secretário-geral
da Federação Sindical Mundial (FSM), declarou na abertura do encontro o apoio
dos trabalhadores do mundo à luta do povo sírio contra a ingerência estrangeira
e o terrorismo.
«Reafirmamos uma vez mais a
posição da FSM de solidariedade com os povos da Palestina, de Cuba, da
Venezuela, e condenamos a política de bloqueio que os Estados Unidos impõem
contra esses países», afirmou Mavrikos.
O encontro em «Solidariedade com
os trabalhadores e o povo sírios, contra o bloqueio económico, as intervenções
imperialistas e o terrorismo» teve ontem início em Damasco, organizado pela
Federação Geral dos Sindicatos – Síria (GFTU-Síria), em cooperação com a FSM e
a Confederação Internacional de Sindicatos Árabes (ICATU).
O secretário-geral da ICATU,
Ghassan Ghosn, referiu que o bloqueio e as medidas unilaterais coercitivas
impostos à Síria se devem à derrota militar dos Estados Unidos neste país.
Por seu lado, o secretário-geral
da Organização da Unidade Sindical Africana, Arzuki Mezhoud, apelou a uma
campanha de solidariedade com a Síria, tal como a que foi lançada no caso de
Cuba e que levou à condenação internacional do injusto bloqueio económico e
comercial imposto à Ilha, informa a Prensa Latina.
Na sua intervenção, o presidente
da GFTU-Síria, Jamal al-Qadri, disse que os trabalhadores sírios se aperceberam
dos objectivos da investida terrorista e imperialista contra o seu país desde
os primeiros dias, e que, ao longo da guerra, foram verdadeiros combatentes,
não abandonando os seus postos de trabalho nas fábricas e nas empresas, apesar
dos ataques e dos perigos que corriam.
Al-Qadri revelou que mais 9000
trabalhadores sírios perderam a vida e que 14 mil ficaram feridos, enquanto
outros 3000 foram sequestrados pelos terroristas.
Uma guerra sem precedentes contra
a economia síria
No primeiro dos dois dias de
duração do evento, em que participam representantes de cem organizações
sindicais de todo o mundo, o primeiro-ministro sírio, Imad Khamis, afirmou que
«a Síria enfrentou um terrorismo e uma guerra económica sistemática sem
precedentes na história», sendo que as estimativas preliminares apontam para
perdas no valor de mais de 80 mil milhões de euros só ao nível dos danos
sofridos pelas instituições estatais, indica a Prensa Latina.
Khamis disse que mais de 28 mil
edifícios governamentais e cerca de 188 fábricas e empresas industriais
estatais foram destruídos total ou parcialmente pelos terroristas e os países
que os patrocinam.
Acrescentou que, das 39 centrais
de produção de energia eléctrica que a Síria tinha antes da guerra, 15 foram destruídas
totalmente e dez parcialmente. No que se refere à rede de distribuição
eléctrica – segundo Imad Khamis, a melhor da região, com cerca 48 mil
quilómetros de extensão –, metade foi destruída.
«Desde o início da guerra, mil
locais e instalações petrolíferas foram alvo de ataques do terrorismo e da
coligação internacional comandada por Washington, e a produção diminuiu de 383
mil barris de crude por dia para zero», disse o primeiro-ministro. No entanto –
acrescentou –, graças às vitórias do Exército e à libertação de extensas áreas
do território sírio, foi possível recuperar uma parte dessa extracção e,
actualmente, o país produz 24 mil barris por dia.
A cultura foi também alvo de
ataques sistemáticos por parte dos grupos terroristas, tendo o chefe do executivo
sírio precisado que mais de 1194 sítios arqueológicos sofreram acções de
vandalismo e saque.
AbrilAbril | Foto 1 - Vestnik
Kavkaza; 2 – Escambray.cu
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