quinta-feira, 10 de outubro de 2019

UE acusa Boris Johnson de jogar com o futuro da Europa


Bruxelas, 8 Set (Prensa Latina) O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, considerou hoje que com seus obstáculos nas negociações do Brexit, o PM britânico, Boris Johnson, está jogando com o 'futuro da Europa e do Reino Unido'.

Tusk publicou em sua conta na rede social Twitter: 'Boris Johnson, o que está em jogo não é ganhar um estúpido jogo de cruzes do jogo da velha . O que está em jogo é o futuro da Europa e do Reino Unido, bem como a segurança e interesses de nossos cidadãos'.

'Não quer um trato, não quer uma prorrogação, não quer revogar, Quo vadis?', escreveu também o político polaco, em uma mensagem direta ao chefe do Executivo britânico, solicitando-lhe mais clareza sobre seus planos.

Nos últimos dias, Johnson não tem parado de tentar culpar a União Europeia (UE) de uma eventual falha nas negociações para a saída do Reino Unido do bloco comunitário.

Se não se atingir nenhum arranjo entre ambas  as partes, o Reino Unido deixará de ser um Estado membro no próximo dia 31 de outubro, tenha ou não um acordo que sente as bases para um divórcio ordenado.

Os contatos técnicos entre as equipes negociadoras continuam em Bruxelas à procura de uma solução. A UE considerou insuficiente a última oferta de Londres para salvar os acordos existentes, vinculados, sobretudo, à salvaguarda irlandesa.

Ainda que a diretora do bloco comunitário resista a fixar um prazo último para fechar um acordo a tempo que evite a ruptura caótica em 31 de outubro, tem fixado a celebração da cúpula europeia dos próximos 17 e 18 como o ponto de não volta.

Nesta terça-feira, fontes de Downing Street, citadas pela imprensa local, asseguraram que a chanceler federal alemã, Angela Merkel, advertiu o PM britânico que é 'improvável' atingir um acordo de Brexit se não há mais concessões por parte de Londres.

Precisou que durante a conversa telefónica, que teve lugar esta manhã, Merkel disse a Johnson que um acordo é 'abrumadoramente improvável', a não ser que o Reino Unido aceite manter a província britânica da Irlanda do Norte em uma união alfandegária com a UE.

No momento o governo alemão não deu a sua versão do diálogo.

Na semana passada, Londres apresentou ao Executivo europeu seu esperado plano de divórcio e pediu a seus 27 sócios que fizessem concessões para chegar a um acordo. Caso contrário, Johnson prometeu retirar seu país da UE em 31 de outubro de forma abrupta.

O bloco comunitário, por sua vez, qualificou como 'problemáticos' dois pontos da proposta britânica: a necessidade de controles alfandegários entre a Irlanda (país da UE) e  a Irlanda do Norte (província britânica) e o veto lembrado ao parlamento autónomo norte irlandês.

mem/mml/jcfl | Prensa Latina

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