sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

EUA já preparam bases do Caribe para ofensiva militar contra Venezuela, denuncia Cuba



Para governo cubano, é urgente deter a "aventura militar imperialista contra a Venezuela"
O governo de Cuba denunciou, em comunicado oficial, a escalada de pressão e ações de operações especiais do governo dos Estados Unidos para aeroportos em Porto Rico, República Dominicana e outras ilhas do Caribe, sem o conhecimento de seus governos. De acordo com a nota, o governo estadunidense mais uma vez prepara uma agressão militar disfarçada de "intervenção humanitária" contra a Venezuela.

Segundo o comunicado, "entre 6 e 10 de fevereiro de 2019, foram realizados voos de aviões de transporte militar para o aeroporto Rafael Miranda, de Porto Rico, a base aérea de San Isidro, na República Dominicana e para outras ilhas do Caribe estrategicamente localizadas, provavelmente sem o conhecimento dos governos dessas nações". Esses movimentos teriam se originado em instalações militares americanas das quais operam unidades de Operações Especiais e Corpo de Fuzileiros Navais, que são usadas para ações secretas, mesmo contra líderes de outros países.

Após a resistência ao golpe, o governo dos Estados Unidos intensificou sua campanha política e mediática internacional e acirrou as sanções económicas contra a Venezuela, "entre as quais se pode citar o bloqueio em bancos de países terceiros de biliões de dólares pertencentes à Venezuela e o roubo da receita das vendas de petróleo do país, que está causando sérios danos humanitários e privações difíceis a seu povo", diz a nota.

Para o governo cubano, sob um pretexto humanitário, os EUA pretendem iniciar uma agressão militar contra a Venezuela. No comunicado Cuba relembra ainda que pretextos semelhantes foram adotados pelos Estados Unidos no prelúdio das guerras contra a Jugoslávia, o Iraque e a Líbia, ao preço das imensas perdas de vidas humanas e enorme sofrimento.
A íntegra do comunicado oficial do Governo Cubano


O Governo Revolucionário da República de Cuba denuncia a escalada de pressão e ações do governo dos Estados Unidos para preparar uma aventura militar disfarçada de «intervenção humanitária» na República Bolivariana da Venezuela e exorta a comunidade internacional a mobilizar-se para impedir que seja consumida.

Entre 6 e 10 de fevereiro de 2019, foram realizados voos de aviões de transporte militar para o aeroporto Rafael Miranda, de Porto Rico, a base aérea de San Isidro, na República Dominicana e para outras ilhas do Caribe estrategicamente localizadas, provavelmente sem o conhecimento dos governos dessas nações, que se originaram em instalações militares americanas das quais operam unidades de Operações Especiais e o Corpo de Fuzileiros Navais, que são usadas para ações secretas, mesmo contra líderes de outros países.

A média política e outros órgãos da imprensa, incluindo norte-americanos, revelaram que figuras extremistas desse governo, com uma longa história de ações e calúnias destinadas a provocar ou encorajar guerras, como o Conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, o diretor para o Hemisfério Ocidental, do Conselho de Segurança Nacional, Mauricio Claver-Carone, com a participação do senador da Flórida, Marco Rubio, projetaram, gerenciaram o financiamento e organizaram, direta e detalhadamente, a partir de Washington, a tentativa de golpe na Venezuela através da autoproclamação ilegal de um presidente.

São eles os que, pessoalmente ou através do Departamento de Estado, estão fazendo pressões brutais contra numerosos governos para forçar seu apoio ao apelo arbitrário a realizar novas eleições presidenciais venezuelanas, ao mesmo tempo em que promove o reconhecimento do usurpador, que apenas conta com 97 mil votos como parlamentar, em frente aos mais de seis milhões de venezuelanos que em maio último elegeram o presidente constitucional Nicolás Maduro Moros.

Após a resistência ao golpe oferecido pelo povo bolivariano e chavista, demonstrado nas demonstrações de apoio em massa ao presidente Maduro e na lealdade das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, o governo dos Estados Unidos intensificou sua campanha política e mediática internacional e acirrou as medidas económicas coercivas unilaterais contra a Venezuela, entre as quais se pode citar o bloqueio em bancos de países terceiros de biliões de dólares pertencentes à Venezuela e o roubo da receita das vendas de petróleo daquela nação irmã, que está causando sérios danos humanitários e privações difíceis a seu povo.

Junto com esse despojo cruel e injustificável, os EUA pretendem fabricar um pretexto humanitário para iniciar uma agressão militar contra a Venezuela e tem como objetivo introduzir no território dessa nação soberana, através de intimidação, pressão e força, uma suposta ajuda humanitária, que é mil vezes menor que os danos económicos que provoca a política de cerco, imposta por Washington
n.
O usurpador e autoproclamado «presidente» declarou descaradamente sua disposição de exigir uma intervenção militar dos EUA, sob o pretexto de receber a tal «ajuda humanitária», e descreveu a rejeição soberana e digna daquela manobra como «um crime contra a humanidade».

Autoridades norte-americanas lembram todos os dias, com arrogância e impudência, que, em relação à Venezuela, «todas as opções estão em jogo, inclusive as militares».

No processo de fabricação de pretextos, o governo dos Estados Unidos recorreu ao engano e calúnia ao apresentar um projeto de resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas que, cinicamente e hipocritamente, expressa sérias preocupações sobre «a situação humanitária» e dos direitos humanos..., as recentes tentativas de bloquear o fornecimento de ajuda humanitária, a existência de milhões de migrantes e refugiados..., o uso excessivo da força contra manifestantes pacíficos, a situação de violação da paz e a segurança regionais» na Venezuela e insta «a adotar as medidas necessárias».

É claro que os Estados Unidos preparam o caminho para o estabelecimento forçado de «um corredor humanitário» sob «proteção internacional», invocando a «obrigação de proteger» os civis e aplicando «todas as medidas necessárias».

É essencial lembrar que comportamentos semelhantes e pretextos semelhantes foram adotados pelos Estados Unidos no prelúdio das guerras que lançou contra a Jugoslávia, o Iraque e a Líbia, ao preço das imensas perdas de vidas humanas e enorme sofrimento.

O governo dos EUA tenta eliminar o grande obstáculo representado pela Revolução Bolivariana e Chavista para o exercício da dominação imperialista sobre «Nossa América» e despojar o povo venezuelano da primeira reserva de petróleo certificada do mundo e de outros recursos naturais abundantes e estratégicos.

A triste e dolorosa história das intervenções militares dos Estados Unidos não pode ser esquecida, em mais de uma ocasião, no México, Nicarágua, República Dominicana, Haiti, Cuba, Honduras e, mais recentemente, em Granada e Panamá.

Como advertiu o general-de-exército Raúl Castro Ruz em 14 de julho de 2017: «a agressão e o golpe contra a Venezuela prejudicam toda a nossa América» e só beneficiam os interesses daqueles que estão determinados em nos dividir para exercer sua dominação sobre nossos povos, sem se preocuparem em gerar conflitos de consequências incalculáveis nessa região, como aos que estamos assistindo em diferentes partes do mundo».

A história julgará severamente uma nova intervenção militar imperialista na região e a cumplicidade daqueles que a acompanham irresponsavelmente.

A soberania e a dignidade da América Latina e do Caribe e dos povos do Sul são decididas hoje na Venezuela. A sobrevivência das normas do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas também é decidida. Será definido se a legitimidade de um governo emana da vontade expressa e soberana de seu povo ou do reconhecimento de potências estrangeiras.

O Governo Revolucionário apela à mobilização internacional em defesa da paz na Venezuela e na região, com base nos princípios da Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, adotada com a assinatura dos chefes de Estado e de Governo da CELAC, em 2014.

Expressa as boas-vindas e apoio ao Mecanismo de Montevideu, iniciativa do México, Uruguai, a Comunidade do Caribe (Caricom) e a Bolívia, que busca preservar a paz na Venezuela com base, como declara a recente Declaração, nos princípios de não intervenção nos assuntos internos, a igualdade legal dos Estados e a solução pacífica de controvérsias.

Congratula-se com a recepção favorável desta iniciativa pelo presidente Maduro Moros e pela comunidade internacional e manifesta preocupação com a rejeição categórica do Governo dos Estados Unidos das iniciativas de diálogo promovidas por vários países, incluindo esta recente.

O Governo Revolucionário reitera sua firme e inabalável solidariedade com o Presidente Constitucional Nicolás Maduro Moros, a Revolução Bolivariana e Chavista e a união cívico-militar de seu povo e conclama todos os povos e governos do mundo a defenderem a paz e se oporem unidos, acima de diferenças políticas ou ideológicas, para impedir uma nova intervenção militar imperialista na América Latina e no Caribe, que prejudicará a independência, a soberania e os interesses dos povos do Rio Grande à Patagónia.

Havana, 13 de fevereiro de 2019

Portugal | Governador no reino das castas


Miguel Guedes | Jornal de Notícias

Dizer que o governador do Banco de Portugal goza de crédito, só mesmo como um exercício de ironia. Acreditar nessa possibilidade é exercício de fé, dedicado e extremoso.

Não é possível sustentar Carlos Costa sem que se alimente a suspeição de que reina a impunidade no reino das castas. A falta de competência revelada na percepção dos buracos e aldrabices do BES, Banif e CGD só encontra uma atenuante: cegueira. Mas não consta que se aprovem créditos de olhos fechados. Perto do fim da legislatura, António Costa terá que optar por uma das duas hipóteses: manter Carlos Costa no cargo (como fez, no início de 2016, apesar das críticas que lhe dirigiu a propósito do processo de decisão sobre os lesados dos BES ou sobre as conclusões da comissão de inquérito ao Banif) ou avançar para a sua exoneração. A credibilidade e equilíbrio do sistema financeiro também dependem da supervisão do Governo.

O histórico das suspeitas de desregulação de Carlos Costa é aterrador e a recusa do Banco de Portugal em que seja avaliado pela sua responsabilidade enquanto administrador executivo na CGD (ao contrário do que sucede com outros ex-administradores) na aprovação de créditos que não cumpriram os critérios do comité de risco, só sustenta a tese de que os esconderijos são a melhor forma de encontramos buracos. Não vai longe o tempo em que Carlos Costa insinuava que Portugal, à semelhança de outros países, procurava "reduzir a independência dos bancos centrais", no momento em que o Governo pretendia criar uma autoridade nacional que reformulasse a supervisão bancária. As acções de Joe Berardo, Manuel Fino e os 170 milhões de euros do empréstimo para o empreendimento Vale do Lobo estão a rir-se, certamente, gozando da sua indiscutível independência.

Responsabilidade é valor acrescido que decorre da independência mas é valor que Carlos Costa desconhece. As castas protegem-se pelo cerco dos limites. É certo que a protecção ao governador por parte da lei orgânica do Banco de Portugal e do Banco Central Europeu o torna quase intocável ou inamovível. Mas os contribuintes perguntam-se, legitimamente, quantos mais bancos terão que ser intervencionados para que haja uma admissão de vergonha. O BE propõe o afastamento de Carlos Costa, em aditamento à viabilização da terceira comissão de inquérito à CGD. E à medida que o tempo decorre, à espera das conclusões requentadas sobre a dimensão do assalto à Caixa Geral, assistimos à forma como PS, PSD e CDS hesitam entre defender a exoneração do governador ou a imoralidade de nada fazer enquanto esperam. A cumplicidade não é um descuido e em democracia paga-se caro. Os contribuintes que o digam.

* Músico e advogado

O autor escreve segundo a antiga ortografia

É o progresso, pá! - Abutres multinacionais pairam sobre os céus de Lisboa


Notícia do Expresso a referir que há multinacionais “aflitas” para se instalarem em Lisboa mas não existem instalações para todas. Que por isso fazem fila, à espera. Abutres que pairam sobre os céus de Lisboa. E todos nós sabemos que são. “É o progresso, pá! - dizemos uns para os outros. E damos graças por sermos tão explorados mas não termos de passar tanta fome de quase tudo, como se nada fosse.

Disse António Vitorino de Almeida há apenas algumas semanas atrás que Portugal é como uma paragem de autocarro e que a espera é o destino nacional. Acrescentamos que somos profissionais na espera, até para morrer. O que é pontual é o sofrimento, as dores. Quando estamos doentes e esperamos por uma morte lenta. De sofrimento, claro. Porque o setor da saúde está uma lástima. Saúde só para os ricos. Não para os que trabalham, produzem e são explorados. Estamos à espera que tudo mude, para melhor. Para o justo e humanizado. Esperem pela pancada… (PG)

Multinacionais fazem fila para se instalar em Lisboa

A escassez de edifícios de escritórios na capital está a obrigar dezenas de multinacionais a esperar por uma oportunidade. As zonas mais centrais estão esgotadas, mas também já há corrida às periferias

Google é apenas uma das várias dezenas de empresas multinacionais que atualmente esperam para encontrar mais espaços de escritórios para se instalarem, seja no centro da cidade de Lisboa, ou mesmo em algumas zonas da periferia, como por exemplo o Lagoas Park, em Oeiras, onde aquela companhia norte-americana já tem garantidos 6000 metros quadrados. Mas quer mais. Só que não há.

Não há naquele parque de escritórios como também não há naquela que é conhecida no mercado imobiliário como ‘zona prime’ (mais cara) de Lisboa, e que se estende pelo eixo da Avenida da Liberdade/Avenida Fontes Pereira de Melo/Saldanha/Avenida da República.

Vítor Andrade | Expresso

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Portugal | Arménio Carlos espera elevada adesão à greve e deixa aviso ao Governo


O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou hoje à Lusa que os primeiros dados apontam para uma elevada adesão à greve dos funcionários públicos, referindo que caso o Governo não responda às reivindicações novas lutas podem ocorrer em breve.

"Os dados que já temos neste momento apontam para uma grande adesão dos trabalhadores do setor público a esta paralisação, não só pelo descontentamento que manifestam pelas posições que o Governo tem tomado de não resposta às sua reivindicações, mas também porque consideram que num quadro em que continua a haver disponibilidade para o Governo investir dinheiro no setor financeiro privado, continua a não dar resposta a questões de fundo", disse Arménio Carlos.

Segundo o sindicalista, entre queixas dos trabalhadores está a "não atualização dos salários de cerca de 600 mil trabalhadores pelo décimo ano consecutivo, as carreiras bloqueadas na maior parte dos casos, as progressões longe do desejável e a falta de resposta para a aquisição de mais trabalhadores".

Arménio Carlos, que está no piquete de greve nas oficinas do Juncal dos Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos dos Municípios de Loures e Odivelas (SIMAR), explicou que o primeiro impacto da greve é na recolha de resíduos sólidos.

"Por agora os impactos são na área dos resíduos sólidos, nos turnos das 22h00 e nos que se sucedem. Aqui no Juncal a adesão é quase total e em muitos outros locais do país é muito significava. A partir da meia-noite vamos ter a saúde, em particular os hospitais, e na sexta-feira vamos ter as escolas e outras áreas dos serviços públicos que vão ser afetadas", explicou.

O secretário-geral da CGTP defendeu que o Governo deve perceber o descontentamento que existe, explicando que, se tal não acontecer, "corre o risco de ser confrontado com novas lutas nos próximos tempos".

A greve dos funcionários públicos deverá ter uma elevada adesão, com um impacto mais visível nos setores da saúde, educação, finanças e autarquias, podendo levar ao encerramento de escolas e deixar lixo por recolher, segundo as estruturas sindicais que convocaram esta paralisação nacional.

Na base do protesto, que envolve sindicatos da CGTP e da UGT, está o facto de o Governo prolongar o congelamento salarial por mais um ano, limitando-se a aumentar o nível remuneratório mais baixo da administração pública, de 580 para 635,07 euros, na sequência do aumento do salário mínimo nacional para os 600 euros.

A paralisação começou por ser marcada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), há cerca de um mês, na expectativa de que o Governo ainda apresentasse uma proposta de aumentos generalizados para a função pública, o que não veio a concretizar-se.

A Federação Sindical da Administração Pública (FESAP) e a Federação Nacional da Educação (FNE), filiadas na UGT, marcaram dias depois greve para a mesma data, pelos mesmos motivos.

Lusa | em Notícias ao Minuto | Foto: Global Imagens

Empresários portugueses têm "imensas oportunidades" em Angola


O alinhado e subserviente Santos Silva, MNE português, está em Angola no trato de negócios. As suas tendências neocolonialistas e de agente dos interesses dos EUA e da UE devem fazer soar os alarmes angolanos. Sem dúvida que o dito e o feito nas decisões de Santos Silva relativamente aos recentes ataques à Venezuela permitirão aquilatar de quem e aquilo que o MNE português representa na defesa de interesses. É o neocolonialismo "democrático" da modernidade e do ror de hipocrisia e falsidade que alimenta gentes daquele jaez. De Notícias ao Minuto ficamos a saber mais de pendor "democrático e justo". (PG)

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal afirmou hoje, em Luanda, que, no atual quadro macroeconómico e orçamental em Angola, os empresários portugueses têm imensas oportunidades para apostar no país.

Augusto Santos Silva, que está desde hoje em Luanda para uma visita de trabalho de 24 horas, salientou que é isso mesmo que vai reiterar à noite a representantes do empresariado português que atuam em Angola num encontro privado que decorre na residência do embaixador de Portugal em Luanda, João Caetano da Silva.

"Quero ouvir falar do passado e do presente, mas também do futuro, visto que a mensagem do Presidente João Lourenço no Fórum Económico no Porto [em novembro de 2018] foi muito clara: 'Nós queremos que vocês nos ajudem a substituir as importações, que nos ajudem a consolidar a nossa economia e, sobretudo, que nos ajudem a diversificar a nossa economia, nós queremos investidores'. Essa mensagem, na sua clareza, desafia-nos a todos. Estamos de acordo com ela e temos de responder positivamente", disse Santos Silva.

O chefe da diplomacia portuguesa sublinhou que Angola aprovou recentemente leis sobre o investimento e concorrência, entre outras, que permitem aos empresários ir mais longe.
"O novo quadro macroeconómico e orçamental que se vive em Angola abre imensas oportunidades para as empresas portuguesas", salientou Santos Silva, lembrando que uma das questões mais importantes para o empresariado português é a questão da regularização dos pagamentos.

"Um dos planos em que os dois países mais têm trabalhado é o relativo à regularização dos pagamentos que ainda não estavam a ser processados", disse, referindo-se à reunião que haverá, na sexta-feira de manhã, entre os secretários de Estado portugueses da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, com o ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira.

"[A mensagem a transmitir aos empresários portugueses] é muito simples. Como veem, temos progredido bastante com o Presidente João Lourenço e essa é a melhor garantia de que continuaremos a progredir", referiu.

Sobre a visita de trabalho em Luanda, Santos Silva, que regressa na sexta-feira à noite a Portugal, observou que se trata, essencialmente, de preparar a visita de Estado a Angola do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, que será realizada no início de março, aproveitando-se também para fazer o ponto de situação das relações bilaterais.

O ministro português lembrou que, durante a visita de Estado de João Lourenço a Portugal, em novembro do ano passado, foram subscritos 24 acordos, memorandos de entendimento e protocolos entre Portugal e Angola.

"Um dado muito positivo é que, vários deles, incluindo os principais, já estão em processo de ratificação e muito brevemente entrarão em vigor, como a convenção que evita a dupla tributação, que é um instrumento muito importante para as empresas e para o relacionamento económico", destacou.

Santos Silva realçou ainda que há outros acordos que estão a fazer o seu caminho, como as discussões relativas à proteção recíproca de investimentos e ao domínio da segurança social, bem como dos projetos de cooperação bilateral e europeia, que é gerida por Portugal, pelo instituto Camões.

Durante a estada em Angola, Santos Silva terá um encontro privado na sexta-feira de manhã com o seu homólogo angolano, Manuel Augusto, a que se seguirá uma reunião de trabalho entre delegações dos dois países, havendo, no final, declarações à imprensa.

A meio da manhã, o chefe da diplomacia portuguesa será recebido em audiência por João Lourenço, seguindo-se, de tarde, visitas ao Centro de Formação da empresa portuguesa Teixeira Duarte, em Talatona, e à empresa Carpinangola, da empresa Casais, projeto que conta com o apoio da SOFID, próximo de Viana, arredores de Luanda.

Lusa | em Notícias ao Minuto | Foto: Global Imagens

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