O alinhado e subserviente Santos Silva, MNE português, está em Angola no trato de negócios. As suas tendências neocolonialistas e de agente dos interesses dos EUA e da UE devem fazer soar os alarmes angolanos. Sem dúvida que o dito e o feito nas decisões de Santos Silva relativamente aos recentes ataques à Venezuela permitirão aquilatar de quem e aquilo que o MNE português representa na defesa de interesses. É o neocolonialismo "democrático" da modernidade e do ror de hipocrisia e falsidade que alimenta gentes daquele jaez. De Notícias ao Minuto ficamos a saber mais de pendor "democrático e justo". (PG)
O ministro dos Negócios
Estrangeiros de Portugal afirmou hoje, em Luanda, que, no atual quadro
macroeconómico e orçamental em Angola, os empresários portugueses têm imensas
oportunidades para apostar no país.
Augusto Santos Silva, que está desde hoje em Luanda para uma visita de trabalho de 24 horas, salientou que é isso mesmo que vai reiterar à noite a representantes do empresariado português que atuam em Angola num encontro privado que decorre na residência do embaixador de Portugal em Luanda, João Caetano da Silva.
"Quero ouvir falar do
passado e do presente, mas também do futuro, visto que a mensagem do Presidente
João Lourenço no Fórum Económico no Porto [em novembro de 2018] foi muito
clara: 'Nós queremos que vocês nos ajudem a substituir as importações, que nos
ajudem a consolidar a nossa economia e, sobretudo, que nos ajudem a
diversificar a nossa economia, nós queremos investidores'. Essa mensagem, na
sua clareza, desafia-nos a todos. Estamos de acordo com ela e temos de
responder positivamente", disse Santos Silva.
O chefe da diplomacia portuguesa
sublinhou que Angola aprovou recentemente leis sobre o investimento e
concorrência, entre outras, que permitem aos empresários ir mais longe.
"O novo quadro
macroeconómico e orçamental que se vive em Angola abre imensas oportunidades
para as empresas portuguesas", salientou Santos Silva, lembrando que uma
das questões mais importantes para o empresariado português é a questão da
regularização dos pagamentos.
"Um dos planos em que os
dois países mais têm trabalhado é o relativo à regularização dos pagamentos que
ainda não estavam a ser processados", disse, referindo-se à reunião que
haverá, na sexta-feira de manhã, entre os secretários de Estado portugueses da
Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, e Adjunto e das Finanças, Ricardo
Mourinho Félix, com o ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira.
"[A mensagem a transmitir
aos empresários portugueses] é muito simples. Como veem, temos progredido
bastante com o Presidente João Lourenço e essa é a melhor garantia de que
continuaremos a progredir", referiu.
Sobre a visita de trabalho em
Luanda, Santos Silva, que regressa na sexta-feira à noite a Portugal, observou
que se trata, essencialmente, de preparar a visita de Estado a Angola do
Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, que será realizada no início de
março, aproveitando-se também para fazer o ponto de situação das relações
bilaterais.
O ministro português lembrou que,
durante a visita de Estado de João Lourenço a Portugal, em novembro do ano
passado, foram subscritos 24 acordos, memorandos de entendimento e protocolos
entre Portugal e Angola.
"Um dado muito positivo é
que, vários deles, incluindo os principais, já estão em processo de ratificação
e muito brevemente entrarão em vigor, como a convenção que evita a dupla
tributação, que é um instrumento muito importante para as empresas e para o
relacionamento económico", destacou.
Santos Silva realçou ainda que há
outros acordos que estão a fazer o seu caminho, como as discussões relativas à
proteção recíproca de investimentos e ao domínio da segurança social, bem como
dos projetos de cooperação bilateral e europeia, que é gerida por Portugal,
pelo instituto Camões.
Durante a estada em Angola,
Santos Silva terá um encontro privado na sexta-feira de manhã com o seu
homólogo angolano, Manuel Augusto, a que se seguirá uma reunião de trabalho entre
delegações dos dois países, havendo, no final, declarações à imprensa.
A meio da manhã, o chefe da
diplomacia portuguesa será recebido em audiência por João Lourenço,
seguindo-se, de tarde, visitas ao Centro de Formação da empresa portuguesa
Teixeira Duarte, em Talatona, e à empresa Carpinangola, da empresa Casais,
projeto que conta com o apoio da SOFID, próximo de Viana, arredores de Luanda.
Lusa | em Notícias ao Minuto | Foto: Global Imagens
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