terça-feira, 7 de maio de 2019

Fim da democracia na Turquia


A eleição de Istambul vai ser repetida após derrota do partido do presidente Erdogan. Não importa o resultado da nova votação: democracia turca já estará perdida.

Erkan Arikan* | opinião

Derrotas estão fora de questão para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Especialmente quando se trata de Istambul. Após o fim das eleições municipais na Turquia, em 31 de março, ficou claro que elas iriam ter prosseguimento na metrópole do Bósforo.

Mesmo que Ekrem Imamoglu, vencedor da eleição do partido CHP, já tenha recebido seu diploma de prefeito da cidade de 15 milhões de habitantes, o AKP e Erdogan fizeram de tudo para não perder Istambul.

A princípio, apenas nos distritos com resultado final apertado devia haver recontagem, então se falou que houve discrepâncias com as cédulas eleitorais. Mas agora se diz que os mesários nas urnas não eram funcionários públicos. Estranhamente, a maioria deles era formada por membros do AKP.

Justiça espanhola permite que Puigdemont participe de eleições


Tribunais autorizam que ex-chefe de governo da Catalunha que liderou iniciativa separatista em 2017 concorra nas eleições europeias. Decisão também beneficia dois ex-integrantes do seu governo.

Dois tribunais de Madri permitiram nesta segunda-feira (06/05) que o ex-presidente do governo regional da Catalunha Carles Puigdemont e dois ex-integrantes de sua gestão, Clara Ponsatí e Antoni Comín, concorram às eleições ao Parlamento Europeu, marcadas para o dia 26 de maio.

A decisão foi revelada depois que a Junta Eleitoral Central (JEC) decidiu na semana passada excluí-los de uma lista de concorrentes. O Supremo Tribunal da Espanha ordenou ontem que estes dois tribunais resolvessem a questão envolvendo os três aspirantes, que são investigados por participação no processo unilateral de independência da Catalunha de outubro de 2017.

Puigdemont, que liderou a tentativa de separação, vive na Bélgica desde então, assim como Comín. Ponsatí, por sua vez, mora na Escócia.

GROTESCO


Dia 30 de Abril de 2019 assistiu-se nas televisões e meios de comunicação de massa alinhadas com o império da hegemonia unipolar, a um exercício tanto ou mais grotesco que os acontecimentos “no terreno” em Caracas!

Martinho Júnior, Luanda  

1- Os acontecimentos traduzem-se num exercício perverso e subversivo duma tentativa de golpe, que mobilizou apenas nas primeiras horas, pequenos grupos de militares que foram atraídos a uma falsa missão e como tal enganados, o que serviu para a passagem de mensagens golpistas do deputado Juan Guaidó, o cavalo-de-tróia dos falcões da administração de Donald Trump na Venezuela e a fuga da prisão domiciliar de Leopoldo Lopez, outro elemento da extrema-direita, representante do que de mais retrógrado persiste no antro da oligarquia clientelista venezuelana umbilicalmente conectada ao império da hegemonia unipolar.

“No terreno” as mensagens emitidas por Juan Guaidó estavam forjadas para dar a sensação do exercício dum poder numa versão apta e disponível, “em directo”, para as caixas de ressonância tornadas centros de difusão da hegemonia unipolar.

A ilusão gerada nas primeiras horas do dia, aproveitando os incautos de dentro e de fora, foi um sinal rapidamente expandido, o que quer dizer que entre os falcões gestores do império e seu sistema de vassalagem, com as respectivas caixas de ressonância, estão “oleadas”  a ponto de rapidamente corresponderem aos reflexos de Pavlov!

Contingente de soldados israelitas é esperado nas Honduras


Um contingente de mil soldados israelitas deverá chegar ao país centro-americano, no âmbito de um acordo militar multilateral celebrado entre os dois países e os EUA, revela o jornal El Heraldo.

As forças militares israelitas terão como missão treinar os membros das Forças Armadas das Honduras e os agentes da Polícia Nacional em áreas como a protecção de fronteiras, «tendo em conta as saídas massivas irregulares de hondurenhos, em especial de crianças, com destino aos Estados Unidos», lê-se no periódico hondurenho El Heraldo.

A concretizar-se tal medida, os EUA parecem encontrar no aliado israelita uma «ajuda» para a questão da imigração, sendo que o contigente hondurenho é um dos maiores no «problema migratório», o de gente que se arrisca a fazer uma viagem de cerca de 4000 quilómetros para encontrar o trabalho e as condições de vida que não têm nos países de onde partiram. No caso das Honduras, procurando também escapar à forte repressão do governo de Juan Orlando Hernández e à violência dos esquadrões da morte.

Intervenção dos EUA na Venezuela seria "catastrófica"


O embaixador Francisco Seixas da Costa alertou hoje que uma eventual intervenção dos Estados Unidos na Venezuela "seria catastrófica" e traria várias consequências para os países limítrofes ou mesmo para a estabilidade global.

"Uma intervenção dos Estados Unidos na Venezuela seria catastrófica. Não apenas para a Venezuela, mas também para os países limítrofes, que teriam consequências até em termos de refugiados e do próprio envolvimento quase automático que isso poderia ter", afirmou à Lusa o antigo secretário de Estado dos Assuntos Europeus.

O embaixador falava à margem do VIII Encontro Triângulo Estratégico América Latina e Caraíbas -- Europa -- África, que aconteceu entre segunda-feira e hoje, em Lisboa.

"Espero que, por parte dos parceiros latino-americanos, haja uma capacidade de dissuasão dos Estados Unidos deste tipo de atitude, porque se embarcassem ou se se deixassem envolver numa ação aventureira na Venezuela, isso poderia ter consequências muito graves para a estabilidade global", sublinhou Seixas da Costa.

"Eu penso que a ideia dos Estados Unidos de que há uma espécie de coutada estratégica de reserva dos Estados Unidos no continente americano é, como é sabido, um revisitar da doutrina Monroe, que nós pensávamos estar mais ou menos abandonada, em particular depois do fim da Guerra Fria", acrescentou ainda o embaixador.

“Se caio, hermano, te levo comigo”


Em operação temerária, deflagrada a pedido de Trump, FMI torra US$ 57 bilhões na Argentina, para tentar salvar Macri. Fracasso é provável – e exporá miséria do projeto neoliberal. Por isso, Buenos Aires tira o sono de Bolsonaro

Hector R. Torres | Outras Palavras

Em 1958, a Argentina teve de pedir, pela primeira vez, um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional. Nas seis décadas seguintes, o país assinou 22 acordos com o Fundo. A maioria descarrilhou mais tarde, ou terminou em fracasso.

As credenciais pró-mercado do atual presidente da Argentina, Mauricio Macri, não o impediram de se somar a este desfile de decepções. Em pouco mais de três anos, seu governo firmou dois acordos com o FMI. E os acontecimentos recentes sugerem que a problemática história da Argentina com o Fundo pode estar a ponto de se repetir.

O último capítulo começou em junho de 2018, quando o país tinha déficits fiscais e de conta corrente [externo] que, somados, equivaliam a cerca de 11% do PIB. Os investidores desconfiaram dos bônus da dívida argentina, o que obrigou o governo Macri a bater às portas do FMI em busca de ajuda.

Com forte respaldo dos Estados Unidos, o Fundo concedeu à Argentina, rapidamente, um empréstimo de 50 bilhões de dólares, que deveria ser usado em três anos. O governo fingiu que era apenas um programa “preventivo”: a Argentina não necessitava do dinhiero, o importante era que os investidores privados soubessem que este estava à disposição.

Os EUA precisam desesperadamente de um novo secretário de Estado


Paul Craig Roberts

O instigador da guerra ignorante, disfarçado de secretário de Estado americano, deveria ser preso pela sua imitação de funcionário do governo americano. Mike Pompeo não pode ser secretário de Estado dos EUA, porque nem mesmo Donald Trump nomearia um idiota para essa alta posição, visto que ele pensa que o Artigo 2 da Constituição dá ao presidente, autoridade para declarar a guerra e invadir outros países.

Eis o que disse, o estúpido impostor Pompeo: "O Presidente tem toda a autoridade que lhe é conferida pelo Artigo 2 e estou muito confiante de que qualquer acção que tomemos na Venezuela será legítima”. Foi a resposta dada por Pompeo quando inquirido sobre a possibilidade de o Presidente Trump intervir na luta pelo poder desse país sem a aprovação do Congresso.www.rt.com/usa/458433-venezuela-military-invasion-lawful-pompeo/ É claro que não é "a luta pelo poder desse país". É o esforço de Washington para derrubar a Revolução Bolivariana e recuperar o controlo sobre os recursos da Venezuela.

Pompeo é duplamente idiota. A Constituição dos EUA dá o poder de declarar guerra apenas ao Congresso.Além do mais, de acordo com as leis de Nuremberg estabelecidas pelo governo dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, é crime de guerra cometer agressão, que é o que seria a intervenção militar dos EUA na Venezuela.



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