terça-feira, 28 de maio de 2019

Greta: Aquecimento global "é a maior crise que a humanidade enfrenta"


A jovem ativista ambiental sueca Greta Thunberg defendeu hoje que o aquecimento global "é a maior crise que a humanidade enfrenta", considerando que nada está a ser feito para a travar.

Greta Thunberg, 16 anos, falava perante dirigentes políticos na Austrian World Summit, uma cimeira que se realiza em Viena contra as alterações climáticas, apoiada pelo ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, que nasceu na Áustria.

"Isto é, acima de tudo, uma emergência e não é apenas qualquer emergência. É a maior crise que a humanidade enfrenta", afirmou.

A adolescente, que tem inspirado muitos jovens num protesto mundial contra as alterações climáticas, conhecido como "greve climática", criticou os políticos por apregoarem que "as alterações climáticas são muito importantes", prometendo que "vão fazer tudo o que podem para as travar", mas depois querem construir mais aeroportos e novas autoestradas e centrais termoelétricas a carvão.

Lusa | Notícias ao minuto

Julian Assange | Carta do Cárcere


Julian Assange

Nos primeiros comentários públicos após a sua prisão, Julian Assange, fundador e editor da WikiLeaks, pormenorizou as condições repressivas que enfrenta na prisão britânica de Belmarsh e apelou a uma campanha contra a ameaça da sua extradição para os Estados Unidos.

Os comentários de Assange foram formulados em carta dirigida ao jornalista britânico independente Gordon Dimmack, o qual decidiu torná-la pública na sequência do anúncio feito quinta-feira passada pelo Ministério da Justiça dos EUA de novas acusações contra Assange com base numa antiga lei sobre espionagem.

Eis o texto completo da carta e Assange a Gordon Dimmack:

Fui isolado de toda capacidade para preparar a minha defesa, nem laptop, nem internet, nem computador, nem biblioteca até agora, mas mesmo que eu obtenha acesso [à biblioteca] será apenas por meia hora junto com toda a gente uma vez por semana. Apenas duas visitas por mês e leva semanas para conseguir [inserir] alguém na lista de entrada. É uma situação sem saída (Catch-22) conseguir que os seus pormenores sejam examinados pela segurança. Assim, todas as chamadas excepto com o advogado são gravadas e são num máximo de 10 minutos e num [período] limitado de 30 minutos em cada dia no qual todos os prisioneiros competem pelo telefone. E o crédito? Apenas algumas libras por semana e ninguém pode ligar. 

Portugal | O sobressalto da direita


Ana Alexandra Gonçalves* | opinião

Os resultados das europeias podem muito bem ser a antecâmara de um novo desastre nas legislativas. É exactamente isto que perpassa a direita. Sem tempo para se proceder às tão necessárias mudanças, resta adoptar uma estratégia com o objectivo de minimizar os danos. De resto, uma radicalização seria extemporânea, e vista como sinal de desespero. Nuno Melo, candidato eleito pelo CDS, toca aqui e ali nessa radicalização, mas essa é uma estratégia que lhe corre invariavelmente mal, como se viu pelos resultados desastrosos do CDS que esperará até aos resultados das legislativas para decidir o futuro da actual liderança.

No caso do PSD, tudo é ainda mais complicado. Sem o necessário apoio interno, Rui Rio manter-se-á em lume brando até Outubro. Depois de resultados que já se anunciam desastrosos, Rio sairá de cena para dar lugar ao desejado neoliberal de pacotilha, estilo Passos Coelho. 

Rio será, muito provavelmente, o último resquício de social-democracia do PSD. Talvez nesse momento mudem finalmente de nome.

A menos que exista uma catástrofe, à semelhança do que aconteceu naquele fatídico ano de incêndios, se não se consegue vislumbrar uma saída airosa para Rio e para Cristas, quanto mais uma vitória.

*Ana Alexandra Gonçalves | Triunfo da Razão

Quase 50% das horas extra não foram pagas, num total de 820 milhões


Quase metade das horas extraordinárias realizadas em 2018 não foram remuneradas, tendo ficado por pagar aos trabalhadores cerca de 820 milhões de euros, revela o novo Caderno do Observatório sobre Crises e Alternativas.

O documento do observatório do Centro de Estudos Sociais (CES) sobre trabalho suplementar conclui, a partir de cálculos com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que, só em 2018, a totalidade das horas extraordinárias não pagas correspondem a 49,4% do total trabalho suplementar realizado.

Os autores acrescentam que "das 221 milhões de horas extraordinárias realizadas por 576 mil trabalhadores, num total de retribuições que deveriam ter somado cerca de 1,7 mil milhões de euros anuais, ficaram por pagar cerca de 820 milhões de euros".

Segundo o caderno, em 2017 mais de metade (53%) das 213 milhões de horas extraordinárias realizadas por 572 mil trabalhadores ficaram por pagar, num total de 814 milhões de euros, quando o total de retribuições deste trabalho deveria ter sido de cerca de 1,5 mil milhões de euros.

Portugal | A abstenção subiu… mas desceu. Baralhado?


Quase a meio da tarde de ontem (27) surgiu a explicação para a subida da abstenção em Portugal, que entre brancos e nulos atingem mais de 75% em Portugal, conforme é referido no nosso título. Saiba-se que tal subida corresponde a verdade-verdadinha, basta pegar no número de inscritos, confrontar com o número dos que votaram e encontramos uma abstenção a subir, com votos brancos e nulos ainda mais sobe. Evidentemente.

Mas existe uma explicação. A seguir vai encontrar o que a TSF anunciou por voz e texto. É uma explicação compreensível, plausível, mas não invalida o facto de que a abstenção cresceu. É alegado que em território nacional até decresceu quase um ponto percentual… Mas cresceu na realidade. Números são números.

Que tenha sido por isto ou por aquilo o que é facto é que a abstenção em território nacional ficou acima dos 60%, pelas contas dos senhores que deram a “explicação”, e isso leva-nos a uma questão: porque será que os políticos, os poderosos, não se envergonham e nada fazem para se credibilizarem, para darem provas da sua transparência, da sua honestidade e deixarmos de ouvir em Portugal que "são todos o mesmo", que "são todos uns ladrões, uns mentirosos"?

Mudança sem revolução na UE


Os partidos populares mínguam. Verdes e liberais crescem, assim como os populistas de direita. O Parlamento Europeu fica mais colorido – ou mais fragmentado. E a UE segue cumprindo seu destino, opina Bernd Riegert.

A "eleição do destino", para a qual sobretudo os grandes partidos centristas conclamaram, está decidida. Uma maioria de três quartos das eleitoras e eleitores da União Europeia segue dando seus votos em partidos pró-europeus.

A tomada de poder do Parlamento Europeu pelos populistas de direita permanece uma promessa irrealista em que só o cabeça dos negadores direitistas, o ministro do Interior e vice-PM italiano Matteo Salvini, acreditou. O modelo liberal de democracia da UE venceu, por enquanto, embora com acentos regionais bastante preocupantes.

Para onde vai o Reino Unido?


Eleições europeias punem partidos tradicionais britânicos e deixam claro que, três anos depois da votação do Brexit, país continua dividido entre opositores e defensores da saída da UE.

Dois meses após a data em que Londres deveria ter deixado a UE e com o Parlamento ainda envolvido no impasse sobre o Brexit, os eleitores britânicos puniram os dois principais partidos tradicionais nas eleições europeias.

O Partido do Brexit, um novo movimento criado pelo político eurocético britânico Nigel Farage, ganhou 28 assentos (31,6% dos votos) nas eleições para o Parlamento Europeu.

Os liberal-democratas (20,3%), com uma plataforma que se opõe fortemente à saída do Reino Unido da União Europeia (UE), ficaram em segundo lugar com 15 assentos. Os trabalhistas angariaram dez vagas (14,1%). Os verdes ficaram em quarto lugar com sete cadeiras (12,1%), enquanto os conservadores – o atual partido do governo – vieram em quinta posição, com apenas três assentos (9,1%).

O preso político da OTAN, Mateusz Piskorski, libertado!


O nosso amigo e colaborador, Mateusz Piskorski (foto), foi libertado na Polónia, após 3 anos de prisão preventiva. A justiça polaca persiste em acusar o antigo deputado e presidente do Partido Zmiana (Mudança) de espionagem em proveito da Rússia e da China. A caução de meio milhão de dólares que fora fixada foi reduzida a 200.000 zloty (cerca de 50.000 euros). Ela foi reunida pela família e amigos. No entretanto, ele continua interdito de sair da Polónia e deve apresentar-se três vezes por semana no posto de polícia da área de residência.

As únicas «provas» avançadas contra ele pela Justiça polaca são:  a sua participação em reuniões públicas no estrangeiro nas quais participaram personalidades russas  e a redação de uma peritagem sobre as consequências das eleições legislativas polacas nas relações sino-polacas.

Em 20 de Abril de 2018, considerando que estas «provas» não constituíam nenhum delito de espionagem, antes se enquadravam na liberdade de expressão, o Comité das Nações Unidas contra as detenções arbitrárias constatou que o procedimento polaco violava 8 artigos da Declaração Universal dos Direitos do Homem e 8 outros do Pacto Internacional relativo aos direitos civis e políticos. Assim, solicitou ao governo polaco para o libertar de imediato (Referência da ONU: A / HRC / WGAD / 2018/18).

Pesquisa: Zelensky quer ouvir opinião dos ucranianos sobre negociações com a Rússia


O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, esclareceu que deseja realizar uma pesquisa para conhecer a opinião do povo ucraniano sobre possíveis negociações com a Rússia.

O porta-voz do presidente, Andrey Bogdan, anunciou há poucos dias que Zelensky tinha a intenção de convocar um referendo para que os cidadãos pudessem decidir se negociariam com a Rússia ou não.

"Temos de ouvir cada pessoa, não é um referendo legislativo, mas um referendo informativo: cidadãos, o que vocês acham?' Esta é uma conversa normal com as pessoas", declarou Zelensky em uma reunião com ativistas, citada por seu serviço de imprensa.

Ele explicou que a pesquisa é apenas uma maneira de conhecer a opinião da sociedade.

Bolton é 'fanático por guerra' e quer destruir a paz, afirma Coreia do Norte


O assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, é um "fanático por guerra" e "produto humano defeituoso" que trabalha para destruir a paz em vez de mantê-la, declarou o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte.

A avaliação dura, citada pela agência estatal de notícias KCNA, vem depois que o consultor do presidente dos EUA, Donald Trump, criticou Pyongyang por realizar recentemente testes de mísseis de curto alcance. Bolton descreveu que os exercícios "sem dúvida" violaram as resoluções da ONU.

Em resposta, o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte argumentou que a eliminação completa de testes de mísseis prejudicaria completamente a segurança nacional do país.

"Proibir lançamentos usando tecnologia balística é o mesmo que nos dizer para desistir de nosso direito à autodefesa", informou.

Como Nova Rota da Seda impulsionará crescimento da China nos próximos 40 anos?


A ambiciosa Iniciativa do Cinturão e Rota chinesa, popularmente conhecida como Nova Rota da Seda, irá provavelmente proporcionar oportunidades de negócio significativas para as economias globais, segundo especialistas.

Segundo participantes do 8º Fórum de Negócios da China, realizado em Londres, Pequim é a segunda maior economia do mundo e está prestes a crescer fortemente nas próximas duas a quatro décadas graças a essa iniciativa económica.

"O crescimento vai continuar a vir da China nos próximos 20, 30, talvez 40 anos […] A maior oportunidade de crescimento no mundo é a Iniciativa do Cinturão e Rota", disse Stephen Perry, presidente da rede de negócios independente 48 Group Club, citado pelo China Daily.

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