Empresário madeirense alterou os
estatutos da Associação Coleção Berardo enfraquecendo a posição dos bancos.
Ministério Público (MP) está a
investigar a alegada ‘golpada’ de Joe Berardo aos bancos Caixa Geral de
Depósitos, BCP e Novo Banco, através da Associação Coleção Berardo, a dona das
obras de arte e cujos títulos de participação foram dados em penhor da dívida
de 1.000 milhões de euros junto dos bancos.
Os referidos bancos tinham então
um penhor sobre 100% dos títulos da Associação, contudo, o empresário alterou
os estatutos da mesma e fez aumentos de capital que acabaram por diluir a
posição da banca, tornando praticamente impossível chegar aos quadros.
Na audição a Joe Berardo, os
deputados perceberam por que razão a posição dos bancos tinha sido
enfraquecida. “Eles [os credores pensam que têm maioria, mas não têm”,
disse na altura, dando conta de que foram dados "aumentos de capital”. Ou
seja, nas palavras de Berardo, a posição dos bancos não era diluída “se
tivessem ido aos aumentos de capital”.