O primeiro-ministro guineense,
Aristides Gomes, disse hoje estar em curso um golpe de Estado com o patrocínio
do Presidente cessante do país, José Mário Vaz, com a finalidade de instalar Umaro
Sissoco Embaló na presidência.
"Por ordem do ex-Presidente
José Mário Vaz, o batalhão da Presidência da República ocupou os perímetros do
hotel Azalai para permitir a tomada de posse ilegal de um candidato
às eleições, numa altura em que se aguarda pela decisão do Supremo Tribunal de
Justiça sobre o diferendo eleitoral", lê-se numa publicação na página de Facebook de
Aristides Gomes.
O hotel Azalai é o local
onde se vai desenrolar, a partir das 12:00 (mesma hora em Lisboa) a cerimónia
da posse simbólica de Sissoco Embaló, sob medidas de segurança
reforçada, garantida por elementos das Forças Armadas.
Várias artérias e cruzamentos de
Bissau estão a ser patrulhadas por soldados armados, embora a população e os
transportes circulem livremente.
Umaro Sissoco Embaló anunciou
que toma posse hoje como Presidente eleito nas presidenciais de 29 de dezembro,
sem aguardar pela decisão que possa sair do Supremo Tribunal de Justiça, que
está a apreciar um recurso interposto pelo seu adversário na segunda volta das
eleições, Domingos Simões Pereira.
O presidente do parlamento
guineense, Cipriano Cassamá, que conforme a lei do país é quem concede a
posse ao Presidente eleito, demarcou-se da cerimónia, alegando aguardar pela
decisão do tribunal.
Notícias ao Minuto | Lusa |
Imagem: Lusa
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