Arménio Carlos, que deixa hoje a
liderança da CGTP para ser substituído por Isabel Camarinha, disse à Lusa que
foi "com agrado" que viu a eleição da nova líder da intersindical e
que está "confiante" no futuro da organização.
"Sinto-me bem e confiante de
que esta central vai continuar a ser a maior organização sindical em Portugal e
que vai continuar a não descurar aquilo que é a resposta aos problemas dos
trabalhadores", afirmou à margem do XIV Congresso da CGTP que
começou sexta-feira e termina hoje na Arrentela, Seixal.
Sobre Isabel Camarinha,
eleita durante a madrugada secretária-geral da CGTP com 115 votos
favoráveis entre os 147 elementos do Conselho Nacional, Arménio Carlos disse
que foi "com agrado que o Conselho Nacional confirmou aquilo que era a
expectativa do congresso".
Questionado se considera que a
nova líder está preparada para o cargo, Arménio Carlos considerou que
"para ter sido proposta [pela anterior comissão executiva] é porque houve
o reconhecimento de que estava preparada".
"Estando preparada, sabe também
que pode contar com o apoio de todo o coletivo", acrescentou o
secretário-geral cessante, adiantando, porém, que também "o contributo
individual de cada um é determinante para que o coletivo seja ainda
mais forte e possa implementar as grandes orientações que a CGTP definiu".
Arménio Carlos desvalorizou o
facto de Isabel Camarinha só poder cumprir um mandato de quatro anos
devido ao limite de idade.
"Independentemente de ser um
mandato ou dois mandatos, ser uma mulher ou um homem, o que importa são as ideias,
os objetivos e também a disponibilidade, a motivação e a confiança
para concretizar as reivindicações dos trabalhadores", defendeu o
sindicalista.
O líder cessante da intersindical considerou
ainda "natural" o facto de a corrente socialista ter apresentado na
sexta-feira à noite Fernando Gomes como candidato alternativo a Isabel Camarinha.
"É natural que surja,
provavelmente até por uma necessidade de afirmação", disse.
Para Arménio Carlos, "o que
é de valorizar é que a esmagadora da maioria das questões que hoje estão em
congresso e que vão ser contempladas no programa de ação tem
praticamente unanimidade".
"É claro que depois há as
diferenças que cada um precisa de assumir para depois distanciar-se e procurar
ter alguma margem de manobra no quadro daquilo que é a intervenção das suas
sensibilidades, mas do ponto de vista global o congresso vai acabar com muita
força, com muita determinação", rematou.
Notícias ao Minuto | Lusa |
Imagem: © Lusa
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