Fundador do WikiLeaks passou sete
anos exilado na Embaixada do Equador em Londres. Mídia britânica informa que,
nesse período, ele foi pai de duas crianças e ficou noivo de uma de suas
advogadas.
O fundador do WikiLeaks, Julian
Assange, teve dois filhos com uma de suas advogadas enquanto estava exilado na
Embaixada do Equador em Londres, informou o jornal britânico Mail on
Sunday neste domingo (12/04).
A notícia veio à tona quando
Assange tentou conseguir liberdade temporária da prisão de Belmarsh, em
Londres, por acredita correr "alto risco" de pegar coronavírus
enquanto se encontra preso à espera de uma possível extradição para os EUA.
O australiano de 48 anos é
supostamente pai de dois meninos, respectivamente, com idades de dois e um ano,
nascidos da advogada sul-africana Stella Morris, escreveu o jornal.
O jornal britânico publicou fotos
de Julian Assange com as crianças junto a uma entrevista com Morris, que diz
que o casal "se apaixonou" e planeava casar-se.
Assange enfrenta a ameaça de uma
possível extradição para os EUA por acusações ligadas à liberação de arquivos
secretos pelo site WikiLeaks em 2010, detalhando aspectos das campanhas
militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque.
Ele fugiu para a embaixada do
Equador em Londres em 2012 para evitar outros processos judiciais na Suécia,
onde era acusado de assédio sexual e estupro, acusações
que foram retiradas posteriormente.
Assange está preso desde abril de
2019 na prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres. Ele pode pegar até
175 anos de detenção se for condenado em todas as 18 acusações nos EUA, que
incluem a publicação de documentos sigilosos e a violação da lei antiespionagem
americana.
No mês passado, ele havia pedido
liberdade temporária junto a um tribunal superior inglês, mas os juízes
lhe negaram fiança e disseram que a pandemia não era motivo para sua libertação.
Os magistrados afirmaram, porém, que Assange pode fazer outra tentativa de
conseguir sair sob fiança de sua prisão de alta segurança.
O WikiLeaks tuitou confirmando a
história: "A recém-revelada parceira de Julian Assange e mãe de seus dois
filhos pequenos fala pela primeira vez: ela insta o governo do Reino Unido a
liberar seu noivo vulnerável em meio a medos por coronavírus."
"Eu amo Julian profundamente
e espero me casar com ele", disse Morris ao jornal.
O primeiro dos dois filhos teria
sido concebido em 2016. Morris estava visitando Assange na embaixada há vários
anos para discutir procedimentos legais com o fundador do Wikileaks. Os dois
meninos aparentemente visitaram o pai na prisão.
Washington busca há anos a
extradição de Assange, que vem lutando contra sua transferência para os Estados
Unidos desde que foi preso. O tribunal em Londres só deve decidir sobre a
extradição após 18 de maio.
Deutsche Welle | CA/afp/dpa/dw
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