Moscovo, 03 mai 2020 (Lusa) - A
Rússia registou hoje 10.633 casos de covid-19, o maior número de infeções
confirmadas num único dia, elevando para 134.687 o número total de infetados
com o novo coronavírus, revelam dados divulgados pelas autoridades de saúde.
Segundo as estatísticas oficiais,
publicadas diariamente no ‘site’ stopkoronavirus.rf, nas últimas 24 horas
morreram 58 pessoas pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, aumentando para 1.280 o
número de vítimas mortais no país.
Embora tenha sido observado um
número recorde de infeções confirmadas, mais 8,3% face ao dia anterior, as
mortes praticamente não aumentaram.
De acordo com os dados, as
infeções registadas duplicaram nos últimos 10 dias, enquanto nesse mesmo
período o número de doentes recuperados quadruplicou, totalizando já 16.639.
A cidade de Moscovo, com mais de
12,6 milhões de habitantes, é o principal foco de infeção no país, com mais da
metade dos casos e mortes confirmados, 68.606 e 729, respetivamente.
Mas como advertiu no sábado o
autarca da capital russa, Serguéi Sobianin, os estudos e os modelos matemáticos
mostram que o número real de pessoas infetadas é de cerca de 2% da população da
cidade, ou seja, cerca de 250.000 pessoas.
Apesar de as autoridades
moscovitas terem afirmado que as medidas preventivas ajudaram a conter de certa
forma a epidemia, alertam para a necessidade de os cidadãos agirem com
responsabilidade e respeitarem o regime de "autoisolamento" em vigor
na capital até 11 de maio, inclusive.
Segundo o Governo, chefiado
provisoriamente pelo vice-primeiro-ministro, Andrei Beloúsovk, devido à
hospitalização do primeiro-ministro, Mikhail Mishustin, por covid-19, a decisão
sobre o aliviar das medidas preventivas será tomada dependendo do
desenvolvimento da situação.
O porta-voz do primeiro-ministro,
Boris Beliakov, informou hoje que o Mikhail Mishustin "ainda está sob
observação médica, recebendo tratamento" e que "no geral, sente-se
bem".
A pandemia de covid-19 já
provocou mais de 241 mil mortos e infetou cerca de 3,4 milhões de pessoas em
195 países e territórios do mundo.
Mais de um milhão de doentes
foram considerados curados.
HN // SB
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