«Tais políticas foram abortadas e
o seu fracasso foi provado», afirma o Ministério sírio dos Negócios
Estrangeiros num comunicado hoje emitido, em que condena a realização da quarta
Conferência de Bruxelas sobre a Síria, também referida como Conferência de
Doadores.
O texto refere-se ao encontro
como «uma flagrante interferência nos assuntos internos sírios, que são da
competência e jurisdição dos sírios e do seu governo legítimo», sublinhando que
«a única ajuda que estes regimes podem dar aos sírios é deixar de apoiar o
terrorismo» no país, «ao implementar a resolução n.º 2253 do Conselho de
Segurança das Nações Unidas», informa a agência SANA.
«Estes regimes, que deram todas
as formas de apoio ao terrorismo, participaram no derramamento de sangue dos
sírios, destruíram as suas conquistas, têm estado a roubar as riquezas
petrolíferas, o trigo e as fábricas, impedem o processo de reconstrução e
impõem sanções sucessivas, estes regimes não podem de modo algum alegar que se
preocupam com os sírios», afirma o Ministério.
No âmbito da Conferência de
Bruxelas, co-organizada pela União Europeia (UE) e pela ONU, o líder da
diplomacia europeia, Josep Borrell, pediu «um processo político que permita uma
Síria pacificada, democrática e estável», considerando que o futuro do povo
sírio «continua refém e a Europa não pode desviar o olhar».
Na nota de hoje, a diplomacia do
país árabe destaca que «o futuro da Síria é um direito exclusivo dos sírios» e
que as «pressões políticas e económicas não conseguirão minar a livre vontade
dos sírios». Indica, além disso, que «o conceito de mendicidade, que muitos
praticam, não tem lugar no comportamento político e diplomático» do país árabe.
«Quem comete crimes contra os
sírios assume a total responsabilidade pelo seu sofrimento», indica o
comunicado, defendendo que esses «não poderão esconder os seus crimes por trás
de uma falsa máscara humanitária ou por via da flagrante politização do aspecto
humanitário ao serviço das suas agendas».
Em declarações a um jornal, esta
terça-feira, o ministro assistente dos Negócios Estrangeiros, Ayman Sousan,
afirmou que o seu país não reconhece conferências sobre o país cujos promotores
nem sequer convidam as autoridades sírias a participar.
Sousan afirmou que, sob a
Conferência, está «a cumplicidade dos países organizadores da guerra e do
complô» contra a Síria, destacando que os países participantes usam uma «toalha
humanitária para limpar as mãos sujas com o sangue dos inocentes sírios»,
indica a Prensa Latina.
AbrilAbril
Na imagem: Uma refugiada síria e
os seus filhos preparam-se para regressar a casa, em 3 de Julho de 2018 // Ruth
Sherlock/NPR. Fonte: WUWM 89.7
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