Red
Roja
O
abcesso de podridão explodiu e o borbón – ao qual chamam de emérito, para maior
escárnio – escapou para assegurar o saqueio acumulado durante décadas e a sua
impunidade.
Mas a evidência da corrupção da monarquia permite revelar outras.
A vitória do fascismo mediante um dos massacres mais terríveis da história moderna foi também uma espoliação maciça, uma imensa acumulação de capital roubado, que garantiu a sua continuidade mediante a monarquia borbónica. Com as dezenas de milhares de assassinados que continuam enterrados nas valas – para vergonha de governos "pregressistas" de todos os níveis do Estado – pretende-se manter sepultado também o saqueio gigantesco sobre o qual se fundaram e no qual se desenvolveram os grandes capitais do Reino de Espanha.
O fecho de abóbada sobre a qual se veio assentando a pilhagem supranumerária dos cofres públicos – que se soma à exploração capitalista – é a monarquia borbónica. E o rei, muito consciente de tudo isso, vinha exigindo receber o dízimo do grande negócio.
Com todas as cumplicidades políticas, também devidamente remuneradas, o monarca constituiu-se em cúpula da rede de corrupção que permitiu amassar fortunas aos proprietários das grandes empresas. As "mordidas dos 3%" que reluziram na Catalunha são só uma pequena parte da cascata de comissões e subornos que edificaram a fortuna do borbón e, por debaixo dele, dos diferentes níveis da administração e das empresas que obtém lucros a partir de decisões políticas. As viagens oficiais carregadas de empresários, destacados políticos e altos funcionários, com o rei à cabeça, são a imagem viva da utilização do Estado ao serviço do capital.
É essa cadeia de cumplicidade e delitos, que infecta todas as estruturas do poder político e económico, que tem mantido a impunidade do rei como chefe do bando de ladrões.
Felipe VI senta-se num trono alagado de sangue e corrupção. E ocupa-o por ser o filho do rei designado pelo ditador mais criminoso que houve na história dos povos do Estado espanhol e também, herdeiro parte da mãe da sangrenta e corrupta monarquia grega colaboradora directa da ditadura fascista.
Mas a evidência da corrupção da monarquia permite revelar outras.
A vitória do fascismo mediante um dos massacres mais terríveis da história moderna foi também uma espoliação maciça, uma imensa acumulação de capital roubado, que garantiu a sua continuidade mediante a monarquia borbónica. Com as dezenas de milhares de assassinados que continuam enterrados nas valas – para vergonha de governos "pregressistas" de todos os níveis do Estado – pretende-se manter sepultado também o saqueio gigantesco sobre o qual se fundaram e no qual se desenvolveram os grandes capitais do Reino de Espanha.
O fecho de abóbada sobre a qual se veio assentando a pilhagem supranumerária dos cofres públicos – que se soma à exploração capitalista – é a monarquia borbónica. E o rei, muito consciente de tudo isso, vinha exigindo receber o dízimo do grande negócio.
Com todas as cumplicidades políticas, também devidamente remuneradas, o monarca constituiu-se em cúpula da rede de corrupção que permitiu amassar fortunas aos proprietários das grandes empresas. As "mordidas dos 3%" que reluziram na Catalunha são só uma pequena parte da cascata de comissões e subornos que edificaram a fortuna do borbón e, por debaixo dele, dos diferentes níveis da administração e das empresas que obtém lucros a partir de decisões políticas. As viagens oficiais carregadas de empresários, destacados políticos e altos funcionários, com o rei à cabeça, são a imagem viva da utilização do Estado ao serviço do capital.
É essa cadeia de cumplicidade e delitos, que infecta todas as estruturas do poder político e económico, que tem mantido a impunidade do rei como chefe do bando de ladrões.
Felipe VI senta-se num trono alagado de sangue e corrupção. E ocupa-o por ser o filho do rei designado pelo ditador mais criminoso que houve na história dos povos do Estado espanhol e também, herdeiro parte da mãe da sangrenta e corrupta monarquia grega colaboradora directa da ditadura fascista.
Os poderes de facto – o capital e seus aparelhos do Estado – com cumplicidade
do governo "progressista", obrigaram o borbón a escapar. Tal como
quando lhe exigiram a abdicação, pretendem que mude algo para que nada mude – e
o "emérito" é o bode expiatório. Em 2014 o detonador foi o medo de
uma mobilização popular alimentada pelas consequências da crise e à qual se fez
acreditar então que "Podemos" mudar as coisas mediante as eleições.
Hoje, perante o tsunami económico e social que se está a abater sobre a classe
operária, a decisão foi fulminante para tentar escorar uma monarquia cada vez
mais fraca. Mas agora, para maior escárnio, o governo e os meios de comunicação
do poder, tentam apresentar a fuga do ladrão pai como uma contribuição para a
estabilidade do trono do filho.
A colaboração do governo PSOE-Podemos no encobrimento do ladrão fugido revela
mais uma vez a sua função real de escoramento de todas as estruturas do Regime
de 78 e do grande capital. E, naturalmente, sua capacidade nula para mudar uma
ínfima parte do código genético franquista dos aparelhos do Estado.
Enquanto os cárceres estão cheios de presos políticos, quando ainda estão
quentes decisões judiciais que tentam esmagar a liberdade de expressão para
denunciar à mesma monarquia jovens adeptos do rap como Pablo Hasel ou mantém
encarcerados os dirigentes políticos catalães que organizaram um referendo,
algum ingénuo poderia perguntar: Os altos tribunais do Estado colocarão o
borbón em [ordem de] busca e captura? Emitirá o Ministério do Interior uma
ordem de detenção internacional? Apreenderão suas propriedades como garantia do
pagamento das enormes quantidades roubadas precisamente por exercer a chefatura
máxima do Estado? Evidentemente, não. E não se trata de procurar através das
urnas outro Podemos mais poderoso.
A perseguição àqueles que reclamam liberdade continuará, os mortos continuarão
nas valas e seus assassinos continuarão morrendo impunes e cobertos de
medalhas, enquanto os povos do Estado espanhol não mandarem à lixeira da
história todas as estruturas de poder do Regime instaurado pela Constituição de
1978.
Nestes momento em que a indignação popular põe em manifesto a debilidade relativa
das estruturas de poder – a própria fuga do borbón é mostra disso – Red Roja
conclama à classe operária e aos povos do Estado espanhol, assim como às
organizações capazes de representar sua soberania e independência, a
mobilizar-se contra a monarquia e pela ruptura com todas as instituições
herdeiras da Ditadura.
Uma tarefa pendente num caminho longo
Mas acabar com a monarquia e demais instituições do Regime de 78 é uma tarefa
pendente num caminho mais longo.
As crises – e a que vivemos é de grandes proporções – são momentos de
oportunidade para impulsionar a tarefa histórica de uma organização
revolucionária: contribuir para destruir o capitalismo e construir o
socialismo. Sabemos também que esse objectivo requer conceber o caminho que
conduza rumo à construção do poder do povo e da direcção política capaz de
levá-lo a cabo.
Entendemos que o avanço de ambos os processos não é o resultado de declarações
de vontade ou de decisões de gabinete. É possível só com as energias que a luta
de classes é capaz de desencadear e com a condição de que estas não possam ser
absorvidas e reconduzidas aos seus próprios fins pelo poder.
Com a finalidade de introduzir elementos de ruptura com a ordem actual nas
lutas populares pelas suas necessidades vitais, Red Roja faz um apelo ao debate
para a constituição de uma Frente de Salvação Popular [1] cujos
pontos cumpram com o objectivo central: serem entendidos como imprescindíveis
pelo povo e incapazes de serem concedidos pelo poder, ao qual não cabe senão
enfrentar sem conciliação possível.
Tais elementos são:
1º Expropriação da banca privada.
2º Recusa a pagar a chamada “dívida pública”.
3º Ruptura com os ditames da UE.
4º Intervenção das grandes empresas de produção e distribuição.
5º Implementar a planificação racional e democrática da economia.
05/Agosto/2020
Ver também:
Ubu Rei
O original encontra-se em redroja.net/...
Este artigo encontra-se em https://resistir.info/
O original encontra-se em redroja.net/...
Este artigo encontra-se em https://resistir.info/
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