domingo, 12 de abril de 2020

ESTADO DE EMERGÊNCIA EM ANGOLA, NO 15º DIA!


Martinho Júnior, Luanda 

Pela primeira vez foi declarado o Estado de Emergência em Angola, o que por si só gerou uma onda de espectativas que, ao 15º dia, pode-se atestar com resultados muito satisfatórios em relação aos objectivos preconizados para o estado e para o povo angolano!

Há aptidões que estão a ser paulatinamente adquiridas para se fazer frente à ameaça da pandemia do Covid-19, pelo que se pode considerar que apenas se ganhou o “1º round” desta luta!

01- Mal se verificou as características da contaminação, sua perigosidade, seu poder muito rápido de disseminação e a débil capacidade das respostas face à doença pandemónica, inclusive nos países considerados mais desenvolvidos, o estado angolano despertou e em tempo oportuno conseguiu estabelecer um conjunto de medidas que foi confinando os riscos, impedindo até agora, tendo em conta os indicadores em curso, a proliferação da ameaça.

Quinze dias depois, verifica-se que os 19 casos são todos importados, não se registando casos locais e essa estatística atesta a rapidez com que se agiu, a eficiente funcionalidade do fecho das fronteiras e a implementação de métodos e medidas de isolamento criados à volta e dentro do país, num regime de geometria varável e flexível ainda por melhor equacionar e avaliar!

O Estado de Emergência foi assim, em tempo oportuno, determinante nesses resultados e a sua prorrogação impôs-se por que é necessário aumentar as capacidades de rastreio, de prevenção, de detecção e de resposta, por todo o vasto espaço nacional, sem descurar a atenção sobre as sequelas que vão surgir, particularmente nos substractos sociais mais desfavorecidos e marginalizados em áreas suburbanas e espaços rurais!

De facto, há outro alerta que deve ser feito, em função da aplicação das medidas excepcionais em benefício da vida: atenção, muita atenção para as sequelas do alastramento da mancha de pobreza, de miséria e de fome, que obrigam a mais um enfrentamento que deve também começar a mobilizar todo o povo angolano!

Espanha perto de atingir os 17 mil mortos pela Covid-19


Morreram 619 pessoas nas últimas 24 horas

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde espanhol, o número total de casos do novo coronavírus no país vizinho subiu para 166.019, o que significa mais 4.167 do que este sábado, sendo que já morreram 16.972 pessoas (mais 619 nas últimas 24 horas).

Depois das 510 vítimas mortais registadas de sexta-feira para sábado, o maior número desde 23 de março, nas últimas 24 horas voltou a existir uma escalada no número de mortos. No entanto, representa uma diminuição em relação aos dados de há uma semana em que foram notificados 674 óbitos.

No que diz respeito à cifra de infetados registaram-se mais 4.167 casos de ontem para hoje, o que representa o número mais baixo de casos de infeção diagnosticados desde o início do mês, traduzindo-se num decréscimo de 663.

As zonas mais castigadas continuam a ser Madrid, com 46.587 casos positivos de Covid-19 e 6.278 óbitos, sendo a Catalunha a segunda zona a ter os números mais preocupantes com 34.027 casos de infeção e 3.442 óbitos. 

De salientar, e pela positiva, o número de recuperados que se contabilizaram de sexta-feira para sábado, 3.282, que elevou o total para 62.391. Aliás, nesta variante, a Espanha ocupa a primeira posição entre os países europeus.

Recordar que a nível mundial, os Estados Unidos são o país mais afetado por esta pandemia, registando o maior número de infetados (mais de meio milhão), sendo que a cifra de óbitos já suplanta a barreira dos 20 mil.

Ricardo Santos Fernandes | Notícias ao Minuto

Covid-19: França regista 561 mortes e 1.613 novos casos em 24 horas


País soma, até ao momento, 14.393 vítimas mortais e 95.403 pessoas infetadas com o novo coronavírus.

França deu, este domingo, seguimento à tendência de 'queda' no número de novas vítimas mortais provocadas pela pandemia. Nas últimas 24 horas, houve a registar 561 óbitos, o que representa a terceira descida consecutiva no aumento diário.

O surto do novo coronavírus provocou, até à data, 14.393 mortes em território gaulês, pelo que este continua a ser o terceiro país europeu mais afetado, atrás de Itália (19.899) e Espanha (16.972), segundo os dados divulgados pelas autoridades.

Também no que ao número de novos casos diz respeito se observou uma nova 'queda'. De sábado para domingo, foram distribuídos 1.613 diagnósticos positivos (o número mais baixo do mês de abril), pelo que o total é, agora, de 95.403 infetados.

Neste momento, encontram-se hospitalizadas 31.836 em todo o país (mais 1.688 do que na véspera) e já 27.186 (um aumento de 825 no espaço de um dia) foram dadas como recuperadas.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Reuters

"Mesmo que os países ricos travem a Covid-19, o vírus pode regressar" -- Bill Gates


O fundador da Microsoft deixou vários avisos aos países mais ricos no combate à pandemia do novo coronavírus.

Bill Gates, fundador da Microsoft, revelou, num artigo de opinião do El País, que os países mais ricos têm de saber interpretar os sinais da crise pandémica que se vive atualmente.

O magnata norte-americano avisa que "ajudar os mais pobres não só é o correto, mas traduz-se também num sinal de inteligência". "Tenho vindo a pedir aos líderes mundiais que invistam na saúde das populações mais pobres do mundo há 20 anos. As pandemias recordam-nos que ajudar os outros não é apenas o correcto, mas inteligente", começou por dizer Bill Gates, asseverando que o SARS-CoV 2 não olha a fronteiras para cumprir a sua missão.

"Nas últimas semanas, conversei com dezenas de especialistas sobre a Covid-19 e há evidências claras de que a doença discrimina de maneiras diferentes: mata mais idosos do que jovens, mais homens do que mulheres e tem um impacto desproporcional sobre os pobres. Mas há algo de que não encontrei nenhuma evidência, é que a doença discrimine com base na nacionalidade. O vírus não se importa com fronteiras", acrescentando o norte-americano que "esta pandemia pode regressar em força".

"Não é necessário viver num país em desenvolvimento para que as consequências de tudo isso sejam motivo de preocupação. Mesmo que os países ricos consigam conter o contágio nos próximos meses, a Covid-19 podia regressar em força se a pandemia permanecer grave o suficiente em outras áreas do mundo. Certamente será apenas uma questão de tempo até que uma região do planeta infete a outra", rematou.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Shutterstock

Covid-19 | Infectados aumenta no Brasil. Registadas mais de 1100 mortes


Curva de infectados segue em ascensão no Brasil, e Bolsonaro mantém ‘corpo a corpo’ com apoiadores

Dobra o número de casos em uma semana e total de pessoas com Covid-19 ultrapassa 20.000. Presidente volta a desautorizar discurso de Mandetta por isolamento social em visita a obras de hospital

O Brasil ultrapassou a marca de 20.000 pessoas infectadas pelo novo coronavírus neste sábado, o dobro em relação a uma semana atrás, segundo balanço diário do Ministério da Saúde sobre a pandemia. De sexta para sábado, houve uma queda nas mortes diárias ―68 óbitos nas 24 horas anteriores, uma desaceleração em relação à semana, quando chegaram a ocorrer 141 mortes em um único dia, na quinta. Entretanto, considerando o recorte de uma semana, o total de óbitos (que atingiu 1.124) é quase o triplo do sábado anterior, 4 de abril, quando o Brasil somava 432 vítimas da doença. Apesar dos números indicarem que a curva de infectados pela Covid-19 permanece em ascensão, o presidente Jair Bolsonaro voltou a ignorar as recomendações por distanciamento social, reforçadas neste sábado pela equipe técnica da Saúde.

Pelo segundo dia consecutivo, Bolsonaro reuniu aglomerações de pessoas a seu redor e, em visita às obras de um hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás, cidade goiana próxima a Brasília, posou para fotos e abraçou apoiadores. Na sexta-feira Santa, em passeio pelas ruas da capital federal, já havia esfregado o próprio nariz antes de cumprimentar uma mulher idosa. A taxa de letalidade do vírus Sars-Cov-2 no país é de 5,4%, e o isolamento social é a principal medida para evitar a proliferação da doença.

Repatriamento de 1.300 brasileiros retidos em Portugal começa na próxima semana


Os passageiros serão contactados diretamente a fim de receberem as informações necessárias, confirmarem a sua situação e o seu interesse no regresso ao Brasil

O repatriamento de 1.300 cidadãos brasileiros retidos em Portugal por causa do cancelamento de voos e outras restrições resultantes da pandemia da covid-19, começa na próxima semana disse à Lusa fonte da Embaixada do Brasil em Lisboa.

"Na próxima semana será dado início ao processo de repatriamento de cidadãos brasileiros retidos em Portugal na sequência dos cancelamentos de voos e das severas restrições às operações comerciais regulares", afirmou o ministro conselheiro Luciano de Andrade.

Segundo o diplomata, num primeiro momento "o esforço estará direcionado para os viajantes que tiveram os seus voos cancelados e registaram a sua situação junto das repartições consulares, ao longo do mês de março" e, depois, serão visados "os viajantes registados já no mês de abril".

"O objetivo é alcançar todos os brasileiros que se encontrem nas situações descritas. No entanto, caso se faça necessário em função da demanda existente, será dada prioridade aos passageiros que tenham preferência [idosos, gestantes, deficientes, crianças de colo e menores de idade], e a cidadãos que se encontrem num quadro de extrema vulnerabilidade", adianta ainda o responsável da Embaixada, esclarecendo uma nota que já foi divulgada hoje nas redes sociais.

Brasil | Quando a coisa se descontrolar todas as culpas recairão sobre Bolsonaro


Covid-19. "A postura antissistema de Bolsonaro pode não lhe valer de nada quando a coisa se descontrolar a sério"

Mais de 190 associações brasileiras lançaram esta semana um manifesto onde pedem ao Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, mais medidas de proteção financeira e sanitária para a população. Um dos impulsionadores da iniciativa explica ao Expresso porque é que esta tragédia pode mesmo tornar-se maior do que os apoios políticos que sustentam o "bolsonarismo"

São quase duas centenas as associações da sociedade civil brasileira que esta semana assinaram um manifesto contra a forma como o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, está a lidar com a pandemia do coronavírus: ou, de facto, segundo estas associações, contra a forma como não está a lidar de todo. Neste momento, o Brasil tem 1124 mortes e mais de 20 mil infectados mas os especialistas acreditam que os números são muito maiores do que aqueles que estão a ser registados oficialmente, principalmente devido à falta de testes e aos óbitos que estão a ser registados sem que a palavra “covid-19” apareça listada como causa de morte.

No manifesto, as associações escrevem que “a Presidência da República não tem exercido o papel que lhe cabe de coordenar o enfrentamento da pandemia com medidas sanitárias e com políticas públicas que garantam uma renda mínima aos trabalhadores e a capacidade das empresas, principalmente as micro, pequenas e médias, de sobreviverem e honrarem seus compromissos”.

O professor de Política e politólogo Benedito Tadeu César, coordenador do Comité em Defesa da Democracia e do Estado de Direito, grupo que deu início à recolha destas assinaturas, falou ao Expresso sobre a necessidade de que toda a população brasileira seja protegida contra uma doença que, no seu entender, o Presidente tende a “desvalorizar” - no que diz respeito à gravidade da doença mas também quanto aos impactos económicos no nível de vida das pessoas. “O Presidente diz que o isolamento social paralisa a economia e que isso é mais prejudicial para as pessoas do que as consequências da pandemia, porque ficam sem salário e sem trabalho, mas ele esquece que lhe cabe a ele, enquanto chefe de Estado, pôr de lado as políticas de austeridade e simplesmente atribuir um rendimento mínimo à população. Cerca de 50% do Brasil recebe salários de até ao valor do ordenado mínimo, friso o ‘até’”, diz Tadeu César acrescentando que “o que preocupa Bolsonaro é que ele sabe que se a economia não recuperar a eleição dele é muito difícil”.

PORTUGAL HOJE | Mais 34 mortes e 598 casos de covid-19 em Portugal


Mais 34 mortes e 598 casos de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas. Infetados aumentam 3,7%

O país tem agora 16 585 pessoas infetadas com o novo coronavírus e regista 504 mortes no total, segundo o boletim da DGS deste sábado. Casos sobem 3,7% em relação de ontem e mortes 7,2%.

Nas últimas 24 horas, morreram mais 34 pessoas em Portugal vitimas da covid-19 e foram confirmados 598 novos casos de infeção. O que faz com que, no total, o país registe agora 504 mortes, 16585 infetados e 277 recuperados, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), deste domingo (12 de abril),

Estão internadas 1177 doentes (mais três do que ontem), 228 encontram-se nos cuidados intensivos (menos cinco que este sábado). Ou seja, 88% dos doentes estão a ser tratados em casa. Aguardam resultados laboratoriais 3611 pessoas e mais de 25 mil estão em vigilância pelas autoridades de saúde.

No sábado (ontem), tinham sido registadas 35 novos óbitos - um crescimento de 8% face ao dia anterior. Hoje esta taxa é de 7,2%. Já a taxa de letalidade nacional encontra-se agora nos 3%, "ligeiramente acima daquilo que era a taxa anterior", ​​​​​​​informou a ministra da Saúde, Marta Temido, este domingo, em conferência de imprensa. Subindo aos 10,9% entre os infetados com mais de 70 anos.

A responsável pela pasta da Saúde indicou ainda que 25 das 34 mortes registadas no último dia dizem respeito a pessoas com mais de 80 anos. Lembrando, no entanto, a preocupação acrescida que o país tem tido com esta população. "Temos tido uma grande preocupação com os grupos mais vulneráveis", disse Marta Temido, quando questionada com as declarações da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyne, sobre as restrições aos mais velhos poderem manter-se até ao final do ano.

O norte continua a ser a região que regista mais óbitos e mais casos. São agora 9 747 os infetados e 280 mortes. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo (3 841 e 91 mortes), onde está o município com maior número de doentes - Lisboa (890). A nível regional, está depois, o centro (2 426 e 120 mortes), o Algarve (279 e 9 mortes) e o Alentejo (139 casos, sem registo de óbitos). Nos Açores, há 94 casos e quatro mortes e na Madeira 59 doentes.

Mais de 1,7 milhões de casos no mundo

Há 1 790 956 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus no mundo inteiro, este domingo, segundo dados oficias, atualizados às 10:58. Registam-se, neste momento, 109 664 mortes e 409 568 recuperados.

Os Estados Unidos da América são o país com o maior número de casos (533 115) e de mortes (20 580). Segue-se Espanha com 166 019 - o segundo país com mais infeções e o terceiro com mais óbitos (16 972, mais 619 nas últimas 24 hortas). A Itália é a segunda nação com mais vitimas mortais (19 468) e 152 271 casos. Portugal aprece neste lista em 15.º lugar.

Recomendações da DGS

Para que seja possível conter ao máximo a propagação da pandemia, a Direção-Geral da Saúde continua a reforçar os conselhos relativos à prevenção: evite o contacto próximo com pessoas que demonstrem sinais de infeção respiratória aguda, lave frequentemente as mãos (pelo menos durante 20 segundos), mantenha a distância em relação aos animais e tape o nariz e a boca quando espirrar ou tossir (de seguida lave novamente as mãos). E acima de tudo: fique em casa.

Em caso de apresentar sintomas coincidentes com os do vírus (febre superior a 38º, tosse persistente, dificuldade respiratória), as autoridades de saúde pedem que não se desloque às urgências, mas sim para ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24) ou para a unidade de cuidados primários mais próxima.

Rita Rato Nunes | Diário de Notícias – com gráficos no original

Portugal | Algarve revolta-se: "Invasores têm de sair já"


Associação empresarial exige penalização imediata de infratores e cerco sanitário caso se comprove que vírus está fora de controlo em Albufeira.

Mesmo com alertas e controlo cerrado, devido à pandemia da covid-19, as autoridades algarvias detetaram um fluxo de pessoas de fora a chegar à região nos últimos dias. O que motivou a revolta dos algarvios, que exigem a expulsão de todos os que ali chegaram indevidamente nos últimos dias.

"Houve quem não fosse sensível ao apelo das autoridades e se deslocasse para o Algarve, embora em pouca quantidade" e estando, na sua maioria, nos concelhos mais turísticos", confirmou em conferência de imprensa da Comissão Distrital de Proteção Civil, António Pina. "Mas não criemos alarmismos, porque de facto há alguns, mas não são assim tantos", sublinhou o também presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil, à Lusa. "Só espero que essas pessoas saibam ter os mesmos comportamentos que os algarvios tiveram até agora. Se vieram para o Algarve, comportem-se como algarvios", acrescentou.

DEZ RAZÕES PARA UMA CATÁSTROFE AMERICANA



Nos EUA desvela-se, sob a casca do país mais rico do planeta, o mais indecoroso terceiro-mundismo: o povo estado-unidense está à mercê da morte. De costa a costa somam-se sinais de uma veloz desagregação: nunca a taxa de desemprego cresceu tanto em tão pouco tempo; nunca os índices de criminalidade aumentaram tão rapidamente, e nunca se venderam tantas armas em tão pouco tempo.»

Quando Marx escreveu que «há algo podre na essência de um sistema que aumenta a riqueza sem diminuir a miséria», não poderia ter imaginado o engenho com que esse sistema conseguiria esconder tanta miséria sob a casca da riqueza. Mas a pandemia veio revelar como é frágil a casca e podre o seu interior.

Nos EUA desvela-se, sob a casca do país mais rico do planeta, o mais indecoroso terceiro-mundismo: o povo estado-unidense está à mercê da morte. «Entre 200 000 e 240 000 americanos vão morrer», sentenciou Trump na semana passada, advertindo, contudo, que no dia 12 de Abril os estado-unidenses devem voltar ao trabalho. De costa a costa, somam-se sinais de uma veloz desagregação: nunca a taxa de desemprego cresceu tanto em tão pouco tempo — em duas semanas dez milhões de pessoas perderam o trabalho; nunca os índices de criminalidade aumentaram tão rapidamente — só na última semana, o número de crimes aumentou 20 por cento e nunca se venderam tantas armas em tão pouco tempo — uma explosão de 80 por cento num só mês.

TRUMP, indiferente ao covid-19 e à morte anunciada de 500 mil norte-americanos


Trump soube de um memorando em janeiro alertando que 'meio milhão de almas americanas' poderia morrer de coronavírus, e ficou desagradado por seu conselheiro relatar por escrito

O presidente Donald Trump foi informado no final de janeiro de um memorando escrito por seu consultor comercial, Peter Navarro, alertando que 'meio milhão de almas americanas' poderiam morrer de coronavírus, informou o New York Times neste sábado.
  • Trump negou ter visto o memorando na época.
  • O Times também informou que Trump estava descontente com o fato de Navarro ter colocado as informações por escrito.
  • O presidente Donald Trump teria sido informado desde janeiro sobre um memorando escrito por um de seus consultores que alertou para a morte em massa nos Estados Unidos de um surto de coronavírus, embora ele tenha negado ter visto o memorando na época.
  • Num perfil condenatório das ações da Casa Branca que levaram ao surto de coronavírus nos EUA, o New York Times informou no sábado que Trump realmente já aprendeu sobre o memorando de 29 de janeiro escrito por seu consultor comercial, Peter Navarro.
  • O memorando incluía um aviso de que até 30% da população dos EUA poderia estar infectada, e o número de mortos poderia estar "na ordem de meio milhão de almas americanas ".
Navarro também pediu no memorando que limitasse as viagens da China, então epicentro do surto de coronavírus. Trump implementou uma proibição de viagem logo depois.

"A falta de proteção imunológica ou uma cura ou vacina existente deixaria os americanos indefesos no caso de um surto de coronavírus em solo americano", disse o memorando de Navarro. "Essa falta de proteção eleva o risco de o coronavírus evoluir para uma pandemia total, colocando em risco a vida de milhões de americanos".

De acordo com o The Times, assessores discutiram o memorando com Trump, e ele ficou descontente com Navarro colocar as informações por escrito.

Navarro também escreveu um segundo memorando em 23 de fevereiro, alertando que "de 1 a 2 milhões de almas" podem morrer do vírus, segundo Axios.

Apenas um dia depois, Trump twittou que o coronavírus estava "muito sob controle nos EUA".


Na imagem: Peter Navarro, consultor comercial da Casa Branca, que agora atua como coordenador de políticas do ato de produção nacional de defesa, gesticula para o presidente Donald Trump, enquanto fala sobre o coronavírus na Sala de Informações à Imprensa James Brady da Casa Branca, quinta-feira, 2 de abril de 2020, em Washington // Associated Press

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