Os passageiros serão contactados
diretamente a fim de receberem as informações necessárias, confirmarem a sua
situação e o seu interesse no regresso ao Brasil
O repatriamento de 1.300 cidadãos
brasileiros retidos em Portugal por causa do cancelamento de voos e outras
restrições resultantes da pandemia da covid-19, começa na próxima semana disse
à Lusa fonte da Embaixada do Brasil em Lisboa.
"Na próxima semana será dado
início ao processo de repatriamento de cidadãos brasileiros retidos em Portugal
na sequência dos cancelamentos de voos e das severas restrições às operações
comerciais regulares", afirmou o ministro conselheiro Luciano de Andrade.
Segundo o diplomata, num primeiro
momento "o esforço estará direcionado para os viajantes que tiveram os
seus voos cancelados e registaram a sua situação junto das repartições
consulares, ao longo do mês de março" e, depois, serão visados "os
viajantes registados já no mês de abril".
"O objetivo é alcançar todos
os brasileiros que se encontrem nas situações descritas. No entanto, caso se
faça necessário em função da demanda existente, será dada prioridade aos
passageiros que tenham preferência [idosos, gestantes, deficientes, crianças de
colo e menores de idade], e a cidadãos que se encontrem num quadro de extrema
vulnerabilidade", adianta ainda o responsável da Embaixada, esclarecendo
uma nota que já foi divulgada hoje nas redes sociais.
Para a organização do processo,
os passageiros serão contactados diretamente a fim de receberem as informações
necessárias, confirmarem a sua situação e o seu interesse no regresso ao
Brasil.
Na nota, divulgada pela
representação diplomática em Portugal, "o Governo brasileiro está ciente
de que a deterioração da realidade económica, em razão das medidas de combate à
covid-19, tem deixado um número crescente de brasileiros residentes apreensivos
com a sua permanência em Portugal".
E adianta: "Os consulados no
país continuarão atentos à evolução desse quadro. Recomenda-se a todos que
procurem seguir as orientações das autoridades portuguesas, em especial neste
período em que vigora o estado de emergência".
Porém, indica que os cidadãos a
enfrentar problemas sérios "devem escrever à repartição consular da sua
região para que sua situação possa ser avaliada".
O novo coronavírus, responsável
pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 103 mil mortos e infetou mais de
1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, mais de 341
mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em
dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização
Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de
870 mil infetados e 71.335 mortos, é o que regista o maior número de casos, e a
Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 18.849
óbitos, entre 147.577 casos confirmados.
TSF | Lusa
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