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As crianças da Fernald State School foram alimentadas com Cereais Radioactivos |
“Experiências” biológicas,
químicas e de radiação infligidas aos americanos
Parte 1 de um artigo dividido em
2, que fornece os antecedentes e algum contexto necessário como introdução para
o que se segue - o ambiente da actividade secreta militar dos EUA – apoiado,
rigorosamente, por milhares de páginas de provas documentadas.
Larry Romanoff*
Nos últimos 70 anos, o Governo
dos EUA travou uma guerra contra os seus cidadãos, uma história repreensível de
experiências ilegais, anti-éticas e imorais, expondo incontáveis milhões de
civis dos EUA a procedimentos e agentes patogénicos mortais. De acordo com
uma investigação do Congresso dos EUA, no final da década de 1970 “pelo menos
500.000 pessoas foram usadas como sujeitos em experiências de radiação,
biológicas e químicas, patrocinadas pelo governo federal dos EUA nos seus
próprios cidadãos”. A verdade está na casa das dezenas de milhões.
O Departamento de Prestação de
Contas dos EUA emitiu um relatório, em 28 de Setembro de 1994, afirmando que,
entre 1940 e 1974, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos e outras
agências de segurança nacional estudaram centenas de milhares de seres humanos
sujeitos a testes e experiências que envolviam substâncias perigosas.
Uma citação desse estudo:
Muitas experiências que testaram
vários agentes biológicos em seres humanos, referidas como Operação Whitecoat,
foram realizadas em Fort Detrick, Maryland, na década de 1950. Originalmente,
eram aplicadas em homens recrutados como voluntários. No entanto, depois dos
homens alistados terem feito uma greve para obter mais informações sobre os
perigos dos testes biológicos, não foram realizados acompanhamentos com
anotações, nem mantidos registos dos participantes. Mais tarde, os militares
dos EUA alegaram ter informações de contacto com apenas, cerca de 1.000 dos
participantes originais. [O] programa de Defesa Biológica dos Estados Unidos
contém dezenas de divisões, departamentos, grupos de pesquisa, bio-inteligência
e muito mais, não estando relacionados com a “defesa”, de modo algum”.
Do documento: American
nuclear Guinea Pigs: Three decades of radiation experiments on U.S. citizens:
Relatório preparado pela Subcomissão de Conservação de Energia, da Comisssão de
Energia e Comércio, U.S. House of Representatives, Novembro de 1986: U.S.
Government Printing Office, Washington, 1986, 65-0190
“Os seres humanos eram pessoas ou
populações em cativeiro, que os pesquisadores poderiam considerar
assustadoramente como “dispensáveis”: idosos, prisioneiros, pacientes
hospitalizados que sofriam de doenças terminais ou que, talvez, não retivessem
todas as faculdades mentais para dar um consentimento informado. ... nenhuma
evidência que informasse, que o consentimento foi concedido ... o governo
encobriu a natureza das experiências e enganou as famílias das vítimas
falecidas sobre o que tinha acontecido ... os indivíduos receberam doses que se
aproximavam ou até excediam, os limites actualmente reconhecidos para a
exposição ocupacional à radiação. As doses eram até 93 vezes superiores à carga
corporal (máxima) reconhecida”. O artigo prossegue: “Algumas das experiências
mais repugnantes ou bizarras estão resumidas abaixo”.