O boletim epidemiológico da DGS
de hoje refere ainda que estão hospitalizadas 993 pessoas (mais 36
do que ontem), 139 destas nos cuidados intensivos (mais quatro).
Em Portugal, nas últimas 24
horas, morreram mais 11 pessoas vítimas da pandemia de covid-19 e foram
confirmados mais 2 101 casos de infeção. Segundo o boletim epidemiológico da
Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (15 de outubro), no total, desde
que a pandemia começou, registaram-se 93 294 infetados, 55 081 recuperados
(mais 588) e 2 128 vítimas mortais no país.
Neste momento, há 36 085 doentes
portugueses ativos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde, mais 1
502 do que ontem.
A maioria dos infetados das
últimas 24 horas localiza-se na região do norte (mais 1 146 - 54,5% do total) e
em Lisboa e Vale do Tejo (733 - 34,9%). Seguem-se o centro (mais 163), o
Alentejo (40), o Algarve (13), a Madeira (cinco) e os Açores (um).
Portugal ultrapassou, pela
primeira vez, a barreira dos dois mil casos diários de infeção pelo novo
coronavírus nesta quarta-feira, depois de estar há sete dias
consecutivos a notificar mais de mil infeções por dia. O agravamento da
situação epidemiológica veio acompanhado por um alerta da ministra da Saúde,
Marta Temido, que, em conferência de imprensa, admitiu a
possibilidade do país atingir "três mil casos [diários] dentro de alguns
dias, se não tivermos a cautela necessária".
Mais 36 pessoas hospitalizadas
Estão internados 993 doentes, ou
seja, mais 36 do que no dia anterior. Já nos cuidados intensivos há agora 139
pessoas - mais quatro que na véspera.
O boletim da DGS de hoje indica
ainda que as autoridades de saúde estão a vigiar 51 601 contactos de pessoas
infetadas (mais 1 057 do que ontem).
8 dos 11 mortos tinham mais de 80
anos
Os 11 óbitos registados nas
últimas 24 horas distribuem-se por Lisboa e Vale do Tejo (sete), pelo norte
(dois) e pelo centro (dois).
As vítimas mortais são cinco
homens e seis mulheres. Entre estas, havia oito pessoas com mais de 80 anos,
uma entre os 70 e os 79, uma entre os 50 e os 59 e outro entre os 40 e os 49.
A taxa de letalidade global do
país é hoje de 2,28%, subindo aos 12,4% no caso das pessoas com mais de 70
anos - as principais vítimas mortais.
País em estado de calamidade.
Governo quer app de rastreio e máscara na rua como obrigatórias
Por causa do aumento de casos, o
Governo reforçou as medidas de combate à pandemia de covid-19. Depois de uma reunião do Conselho de Ministros, esta
quarta-feira, ficou a saber-se que Portugal passa a estado de calamidade.
O executivo vai também apresentar
no Parlamento uma proposta para que se torne obrigatório o uso de máscara nas
ruas, anunciou o primeiro-ministro. Em caso de desobediência, o Governo sugere
uma multa de até dez mil euros.
Além disso, a aplicação
StayAwayCovid será de uso obrigatório nalgumas circunstâncias, nomeadamente
entre as forças de segurança, forças armadas, em escolas e em ambiente laboral.
E há novas restrições no que diz respeito a ajuntamentos: o número de
participantes nos eventos de natureza familiar, como casamentos ou batizados,
terão de ter uma lotação máxima de 50 participantes e estão proibidos festejos
académicos (por exemplo, praxes de receção aos novos estudantes
universitários). Os ajuntamentos na rua não poderão ter mais de cinco pessoas.
Já esta manhã, António Costa,
questionado pelos jornalistas em Bruxelas, sobre a acusação destas medidas
serem autoritárias, disse "temos de estancar isto agora". O
primeiro-ministro voltou a apelar ao bom senso, lembrando que muitas pessoas
até já usam máscara na rua.
38,8 milhões de casos em todo o
mundo
O novo coronavírus já infetou
mais de 38,8 milhões de pessoas no mundo inteiro até esta quinta-feira e
provocou 1 097 709 mortes, segundo dados oficiais. Há agora 29,1 milhões de
recuperados.
No total, os Estados Unidos da
América são o país com a maior concentração de casos (8 150 383) e de mortes
(221 850). Em relação ao número de infetados acumulados no mundo, seguem-se a
Índia (7 309 164), o Brasil (5 141 498) e a Rússia (1 354 163). Portugal surge
em 47.º lugar nesta tabela.
Quanto aos óbitos, depois dos
Estados Unidos, o Brasil é a nação com mais mortes declaradas (151 779),
seguidos da Índia (111 337) e do México (84 898).
Rita Rato Nunes | Diário de Notícias