quinta-feira, 29 de outubro de 2020

EUA | Violência de plutocratas e terror na noite eleitoral

#Publicado em português do Brasil

A análise marxista mostra que a Antifa é fascista

Joaquin Flores*

“Quando o fascismo vier para a América, será chamado de antifascismo” - Huey Long (atribuído incorretamente)

A violência fascista da Antifa retornará na noite das eleições. É por isso que é importante entender sua fraude e fascismo, e rejeitar a política de violência planejada por plutocratas. Talvez estranhamente, a própria análise marxista seja mais adequada para comunicar esse ponto à esquerda radical.

Isso porque na raiz da análise marxista não estão autodeclarações, nem definições baseadas em manifestações superestruturais, mas sim a relação material entre base e superestrutura.

Em termos leigos, isso se resume a duas coisas na prática: ' siga o dinheiro' e 'observe o que eles fazem e não o que dizem'.

Os reais motivos financeiros existentes e a classe socioeconômica por trás desses motivos é o que encontraremos impulsionando a base, mesmo enquanto no nível superestrutural encontramos uma ideologia que apenas nominalmente, apenas aparentemente, aparece em desacordo com os reais motivos da base . A Antifa, em sua classe e base financeira (ou seja, seu objetivo e base material), é uma operação controlada e apoiada por plutocratas contra a república.

“Ao contrário da velha esquerda, enraizada no trabalho organizado radicalmente independente, a liderança e as atividades da Antifa, ao contrário, são financiadas por oligarcas bilionários direta e indiretamente, como George Soros e Michael Bloomberg.”

Nos termos mais simples possíveis, a Antifa é fascista porque enquanto eles usam alguns dos pontos de discussão e imagens da velha esquerda, eles na verdade trabalham em direção a um golpe plutocrático (ou contra-revolução) contra a república. Isso não quer dizer que haja uma ameaça fascista em todo o sistema, por razões que explicaremos em um próximo artigo. Em suma, o próximo golpe contra as normas republicanas não estabelecerá o "fascismo" como historicamente entendido, mas um novo tipo de sociedade repressiva tecno-industrial dentro da rubrica da pós-modernidade, que até agora não foi contemplada rigorosamente fora de pequenos círculos de futuristas e autores de ficção científica.

Os protestos da Antifa e do BLM geralmente desapareceram da realidade simulada das lentes da mídia controlada, porque esses distúrbios não tiveram o efeito pretendido de deslegitimar a administração Trump, em vez disso trabalharam contra Joe Biden e Kamala Harris.

EUA | Traições do UAW e o ascenso de milícias de extrema direita em Michigan

Jerry White | WSWS

Menos de uma semana após 13 homens serem presos por conspiração para raptar e matar a governadora de Michigan e incitar uma guerra civil na véspera das eleições presidenciais americanas, o assunto foi em grande parte varrido para debaixo do tapete pela mídia e pelo Partido Democrata.

Os democratas, apavorados com qualquer coisa que possa provocar um movimento social nas bases, estão encobrindo o significado mais amplo da trama e sua conexão com a estratégia política do governo Trump para fomentar a violência fascista no período que antecede as eleições. Para isso eles têm o auxílio da federação sindical AFL-CIO e vários sindicatos, que não estão fazendo nada para alertar, quanto mais mobilizar, os trabalhadores que seriam os principais alvos dos esforços de Trump para derrubar a Constituição dos EUA e impor uma ditadura presidencial.

Os Teamsters [sindicato que abrange diferentes setores, como transporte e alimentação], a Federação Americana de Professores, a Associação Nacional da Educação e a maioria dos sindicatos permaneceram em silêncio sobre o golpe tramado em Michigan. A AFL-CIO e o United Auto Workers (UAW - Sindicato dos Trabalhadores Automotivos) emitiram notas à imprensa superficiais. Ecoando a linha dos democratas, o presidente da AFL-CIO Richard Trumka declarou que a ameaça da extrema-direita poderia ser combatida "votando pela esperança e unidade" e elegendo "Biden à Casa Branca e os haters de volta à irrelevância".

O presidente da UAW, Rory Gamble, emitiu uma breve declaração observando que o que foi descoberto foi uma "trama muito real para desestabilizar o governo em Michigan e para fomentar uma guerra civil extremista em nosso país". No entanto, ele não propôs que os trabalhadores fizessem nada a respeito e concentrou grande parte do seu comentário em agradecer ao FBI e "nossos homens e mulheres de farda" por terem "salvo nossa democracia".

Ministro das Finanças da Guiné-Bissau critica pré-aviso de greve geral no país

João Fadia apelou hoje à consciência profissional e de cidadania dos guineenses, referindo-se a uma eventual greve geral da Função Pública, e lembrou que o crescimento económico do país caiu -2,9%

“A nossa economia vai conhecer um recuo, vai haver uma recessão e o crescimento será de -2,9%”, afirmou João Fadia, em conferência de imprensa, salientando que em 2020 a receita interna da Guiné-Bissau caiu 28%.

O ministro das Finanças explicou que o recuo do crescimento económico e das receitas internas ocorreu devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus e que aconteceu em todo o mundo.

“Em 2021 estamos a prever um crescimento na Guiné-Bissau de 4,8%. Isto na expectativa de que haverá uma certa normalidade nos fluxos económicos internacionais. Espero bem que os países consigam lidar melhor com a covid-19, porque quando nos apanhou em março ninguém sabia como lidar com isso”, afirmou João Fadiá.

Moçambique | "Não temos nada a negociar com a Junta Militar" - diz RENAMO

A RENAMO anunciou que "não tem nada a negociar" com a autoproclamada Junta Militar, fora da sua agenda de paz e reconciliação nacional. Governo moçambicano diz que o partido tem o dever de trazer dissidentes à paz.

Este é o primeiro pronunciamento público do maior partido da oposição após a declaração da trégua unilateral que está a ser observada pelas forças governamentais desde domingo (25.10). A trégua destina-se a permitir o diálogo com a Junta Militar, um grupo dissidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) que protagoniza ataques no centro do país.

A RENAMO considera que a trégua unilateral do Governo é mais uma oportunidade para se criar um ambiente de entendimento e chamar à razão os integrantes do grupo dissidente. Contudo, aponta que algumas vozes, que se caracterizam como porta-vozes da Junta Militar, querem empurrar a RENAMO para uma situação que não faz parte da agenda política do partido e do seu presidente, Ossufo Momade.

"Somos pela paz e reconciliação, por isso, queremos dizer aqui e agora que fora da nossa agenda não temos nada a negociar com a autoproclamada Junta Militar", disse esta quinta-feira (29.10) aos jornalistas José Manteigas, porta-voz da RENAMO.

A Junta Militar, liderada por Mariano Nhongo, um antigo general da RENAMO, não reconhece o atual líder do partido, Ossufo Momade, nem o acordo de paz que assinou com o Governo.

Na quarta-feira (28.10), o chefe de Estado, Filipe Nyusi, apelou à RENAMO para não se distanciar dos esforços em curso com vista a alcançar-se um entendimento com a Junta Militar, tendo indicado que os argumentos apresentados por este grupo referem-se diretamente à RENAMO.

Raptos em Moçambique: Recusa de cooperação é "um mistério

Esposa do empresário Américo Sebastião, desaparecido em julho de 2016, não compreende como é que ainda não há conclusões da investigação. Autoridades portuguesas mostram-se abertas a cooperar, mas Moçambique nega.

À DW África, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, diz que o Ministério Público moçambicano continua a investigar o desaparecimento de Américo Sebastião, raptado na Beira em 2016. 

"A informação que eu tenho é que a investigação continua em curso. Espero e desejo que ela chegue a resultados, porque é muito importante saber o que aconteceu ao engenheiro Américo Sebastião, em julho de 2016", afirma Santos Silva.

"É muito importante saber quem cometeu o crime de rapto e sequestro, onde é que ele está e como se encontra."

O empresário português foi raptado numa estação de abastecimento de combustíveis na manhã de 29 de julho de 2016, em Nhamapadza, distrito de Maringué, na província de Sofala, centro de Moçambique. 

João Lourenço: Manifestação é direito "temporariamente condicionado" em Angola

Líder do MPLA nega violação de direitos em Angola. João Lourenço diz que direito à manifestação está apenas "condicionado" temporariamente por causa da pandemia. E acusa a UNITA de estar por trás dos protestos de sábado.

João Lourenço considera que não tem havido violação de direitos dos cidadãos em tempos de pandemia. Na abertura de mais uma reunião do Comité Central do Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA), o líder do partido no poder disse que há apenas uma limitação destes direitos, liberdades e garantias.

"Mas se, face à grave ameaça de contaminação em massa, as competentes autoridades decidirem pelo confinamento em casa, pela cerca sanitária de um determinado aglomerado populacional, pela interdição das praias, interdição de frequências ou mesmo encerramento de bares, restaurantes, cinemas e outros, não há violação de direitos, mas o seu pleno usufruto fica condicionado", afirmou o Presidente angolano.

João Lourenço não escondeu a sua indignação face ao protesto por melhores condições de vida realizado no sábado (24.10), em Luanda, que acabou com mais de 100 manifestantes detidos. "Não posso aqui deixar de manifestar a nossa indignação, com os mais recentes e tristes acontecimentos em Luanda, do desrespeito do decreto presidencial que proíbe ajuntamentos populacionais protagonizados por um grupo de jovens que cometeram desacatos na via pública, destruíram bens públicos e privados de pacatos cidadãos."

Por outro lado, o chefe de Estado angolano condenou a detenção de jornalistas no exercício da sua atividade durante os protestos do último fim de semana. "Situação que, espero, não volte acontecer", frisou.

Angola | "Preocupante declínio da liberdade de imprensa"

É um alerta da Associação Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que classifica como um "retrocesso preocupante" a detenção e agressões a jornalistas, durante uma manifestação no sábado (24.10) em Luanda.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira (29.10), a RSF apela às autoridades angolanas para que não recorram a métodos de predação da informação que remetam aos "dias sombrios da ditadura".

Mais de cem manifestantes, que protestavam no sábado por melhores condições de vida e pela realização das eleições autárquicas, foram detidos sob acusação de crimes de arruaça e dano de bens públicos, estando o julgamento a decorrer esta semana.

No decurso da manifestação, dois jornalistas, Suely Moreno e Carlos Tomé, um fotógrafo, Santos Samuesseca, e o motorista, Leonardo Franciso, todos da Rádio Essencial, foram detidos e presos "sem justa causa pela polícia", sendo apenas libertados na segunda-feira (26.10).

Segundo a RSF, foram igualmente detidos e soltos algumas horas depois dois jornalistas da TV Zimbo, dois fotógrafos da Agência France Press, Georges Nsimba e Osvaldo Silva, este último relatou cenas de "agressão policial" referindo que foram "forçados a apagar as imagens".

Portugal | É sensato demitir a Diretora-Geral da Saúde?

O comentador político e ex-líder do PSD, Marques Mendes, defendeu ontem na SIC a demissão da Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas. A posição é relevante porque dá sequência a uma série de ataques que têm sido feitos à liderança do combate à COVID-19, seja do Governo, seja dos serviços de saúde, com a Ordem dos Médicos a ser a mentora de um processo de tentativa de descredibilização da ministra da Saúde, Marta Temido, em primeiro lugar, e das autoridades que gerem os serviços de saúde, em segundo lugar.

Pedro Tadeu | TSF | opinião

Marques Mendes aproveitou a autorização dada aos organizadores do Grande Prémio de Fórmula 1 para colocarem nas bancadas mais de 27 mil pessoas e zurziu em Graças Freitas desta maneira: "a Diretora-Geral da Saúde pode ser uma pessoa muito competente, e certamente é, para períodos normais, mas vê-se que não está preparada para tempos excecionais como este. Não está minimamente preparada e, portanto, comete erros desta natureza. A senhora pode estar ali agarrada ao lugar durante meses ou anos, mas verdadeiramente, com todos os erros que tem cometido, não é levada mais a sério".

Esta tentativa de deflagrar uma bomba política, que Marques Mendes armou em direto na televisão para, provavelmente, quase um milhão de portugueses telespetadores do noticiário da SIC é totalmente contraditória com a opinião política, também dada ontem para o mesmo auditório, pelo mesmo comentador, quando defendeu que o mais importante para combater a segunda vaga da COVID-19 não era declarar o estado de emergência ou tomar outra medida de contenção do género. O que, afinal, Marques Mendes quer é... união!

"Nós precisamos de ter um mínimo de consenso político, de consenso técnico, de coesão social, de unidade nacional para combater esta pandemia. Esse ambiente de consenso e coesão existiu na primeira fase. Não existe agora - há muita divisão, muito conflito, muita clivagem. Os responsáveis deviam fazer um esforço para recriar aqui um ambiente de um mínimo de consenso político, técnico e coesão social".

Portugal | Grandes bestas aglomeraram-se para ver grandes ondas da Nazaré

Aglomerado de centenas de pessoas para ver as ondas na Nazaré no dia em que Portugal bate novo recorde de casos. Foto: Carlos Barroso/Lusa

Se clicar no link acima irá perceber melhor o descrito pela Renascença e que pejou a comunicação social portuguesa com brado. A revelação foi recheada de atónitos portugueses preocupados pela constatação da bestialidade de certo tipo de humanos que habitam neste planeta... e, infelizmente, neste país. Estrangeiros também lá haveria no aglomerado. Turistas de Creta? Cretinos.

PG

Covid-19 | Portugal ultrapassa 4 mil novos casos e regista 33 mortes

Portugal ultrapassa pela primeira vez os 4 mil casos diários de Covid-19

Dados avançados pela Direção-Geral da Saúde dão conta do maior número de mortes desde 24 de abril. Um total de 1.701 pessoas recuperaram da doença nas últimas 24 horas.

Portugal ultrapassa pela primeira vez os 4 mil casos diários de Covid-19, indica o boletim epidemiológico avançado esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Nas últimas 24 horas foram registados 4.224 infeções pelo novo coronavírus e 33 mortes. É o maior número de óbitos desde 24 de abril.

Desde o início da pandemia foram diagnosticados 132.616 casos de Covid-19 e 2.428 óbitos.

Nos hospitais portugueses há um total de 1.834 pessoas internadas com a Covid-19, são mais 40 em relação ao dia anterior.

Nas unidades de cuidados intensivos (UCI) estão mais sete pacientes, num total de 269, um valor muito perto do máximo de 271 registado na primeira vaga da pandemia.

Portugal tem mais 2.490 casos ativos do novo coronavírus, num total de 54.486; e mais 1.701 pessoas recuperadas da doença.

Covid-19: Macron anuncia novo confinamento na França

#Publicado em português do Brasil

Para conter aumento dos casos e mortes por coronavírus, presidente decreta lockdown parcial em todo o país, incluindo fechamento de restaurantes e bares. "Fiquem em casa o máximo possível e respeitem as regras", pede.

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira (28/10) a imposição de um novo lockdown nacional para conter o avanço da covid-19 no país, que enfrenta uma intensa segunda onda de contágio. As medidas vão durar pelo menos até 1º de dezembro.

"Como em toda a Europa, estamos sobrecarregados pela repentina aceleração da pandemia", disse o líder francês em discurso transmitido pela televisão. "O vírus está se espalhando pela França a uma velocidade que mesmo os mais pessimistas não previram."

Segundo o presidente, a segunda onda de infecções "provavelmente será ainda mais difícil e mortal do que a primeira", e por isso é preciso dar um "freio brutal nos contágios". "Vamos conseguir, todos nós juntos", declarou.

Lockdown traz um novembro frio e sombrio para os alemães

#Publicado em português do Brasil

Mais uma vez, a Alemanha é confrontada com severas restrições devido à pandemia de covid-19. O alto número de novas infecções deixou os governantes sem escolha, opina Jens Thurau.

Já era de se esperar: durante o longo verão, os alemães se entregaram a uma segurança enganosa, achando que a pandemia não se tornaria tão violenta como nos outros países. As restrições impostas na primavera europeia foram administráveis ​​para a maioria das pessoas, com exceção dos incontáveis ​​profissionais da área de cultura, pequenos trabalhadores autônomos e donos de bares, que foram duramente atingidos. Agora, um grande número deles realmente tem que temer por sua subsistência.

Mas o público em geral acatou as medidas. Nos hospitais e centros de saúde, os funcionários conseguiram, com um esforço ímpar, criar a sensação de que o pior já passou. Um erro. O número de infecções atualmente está aumentando rapidamente e agora os governos federal e estaduais puxaram o freio de mão. Por um mês, teremos de ficar em casa aguardando a situação melhorar, como já fizemos na primavera.

É inútil procurar um culpado: esta é a diferença em relação à primeira fase das restrições, em março e abril: ninguém sabe ao certo por que é assim - mas as infecções estão aumentando desenfreadamente. Seriam culpadas as famigeradas festas particulares? Ou os jovens que comemoraram às centenas nos parques? Foi certo proibir estadias em hotéis para viajantes de áreas com infecções elevadas, como alguns estados impuseram precipitadamente, mas que foi rapidamente revogado pelos tribunais?

HOJE: França sob vários ataques de radicais islâmicos


 Rejeição à França aumenta no mundo islâmico

Após governo Macron sair em defesa do secularismo e iniciar ofensiva contra o islã radical, líderes como o presidente turco Erdogan passam a insuflar suas populações como forma de distração de problemas internos.

Na esteira do assassinato do professor francês Samuel Paty, morto após mostrar aos alunos caricaturas do Profeta Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão, as autoridades francesas lançaram uma ofensiva contra o islã radical, com operações de busca em várias propriedades e até o fechamento de uma mesquita.

O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu combater o "separatismo islamista" e proteger os valores seculares e princípios da França. As reações contra seus comentários em várias partes do mundo muçulmano acabaram se tornando cada vez mais fortes.

Voo de sete horas resulta em 59 infecções pelo novo coronavírus

Aeronave tinha apenas 17% da ocupação, e alguns contaminados não estiveram sentados perto de outros. Pesquisadores afirmam que caso demonstra grande potencial de disseminação do vírus pelo tráfego aéreo.

Um estudo mostrou que um voo internacional de sete horas e meia com apenas 17% de ocupação resultou em 59 infecções pelo novo coronavírus, incluindo 13 passageiros e 46 pessoas infectadas mais tarde, já no país de destino.

Os pesquisadores afirmaram que o caso demonstra o grande potencial de disseminação do vírus relacionado ao tráfego aéreo e que restrições de movimento após o desembarque e o rastreamento de contatos podem limitar as transmissões.

Segundo o estudo, publicado no site Eurosurveillance na semana passada, o voo tinha como destino a Irlanda e ocorreu no verão europeu de 2020. A origem não foi divulgada, nem a empresa aérea. No avião estavam 49 passageiros, de um total possível de 283, e 12 tripulantes.

Os 13 passageiros infectados fizeram conexão num grande aeroporto europeu e eram oriundos de três continentes. Um grupo de cinco infectados relatou ter passado a noite na área de conexão, totalizando 12 horas. Um segundo grupo de três pessoas compartilhou uma área de conexão separada, e mais cinco fizeram conexões curtas, de menos de duas horas, na área de embarque.

EUA eleições | Racismo na presidência e armas nos bolsos

EUA 2020. Pela Estrada Fora #18: “Beijing Barry” na estrada, racismo na presidência e armas nos bolsos (até dos mais liberais)

Será Trump racista? Não é a primeira vez que alguém coloca uma questão semelhante sobre um Presidente, como o demonstra o caso de Woodrow Wilson. Esta é uma parte da viagem neste “Pela Estrada Fora”, que passa ainda pelo Nevada e pelo Arizona, onde Biden parece seguir com vantagem. Barack Obama está on fire na campanha e tudo parece sorrir a Biden. Mas os norte-americanos estão assustados: nunca se compraram tantas armas em vésperas de uma eleição como agora

Os norte-americanos estão com medo. Pelo menos a avaliar pelo número de compras de armas, que dispararam desde o início da pandemia de covid-19. De acordo com dados do FBI, de março a setembro venderam-se mais de 15 milhões de armas nos EUA, um aumento de 91% comparado com o mesmo período do ano anterior.

É habitual a compra de armas disparar em ano de eleições, como nos conta a American Conservative. Em 2016, por exemplo, as vendas dispararam, com muitos conservadores a correrem às lojas de armamento por temerem um aperto na regulação em caso de uma presidência liderada por Hillary Clinton. Mas agora não é apenas isso que move estes compradores: “Vemos que a pandemia de covid levou a que muitos departamentos policiais tivessem respostas mais limitadas em situações de emergência”, explicou à revista Alan Rice, porta-voz da associação Gun Owners of America (Portadores de Armas da América). “Os motins em muitas cidades também levaram pessoas que nunca tiveram uma arma na vida a comprar uma. As pessoas estão com medo, estão a comprar mais armas e mais munições para auto-defesa”.

O que difere da norma neste ciclo eleitoral é que não são apenas os mais conservadores que estão a comprar armas. Veja-se o caso das aulas de tiro dadas por Michael Cargill, dono de uma loja de armamento, que conversou com o Politico: “Normalmente, os clientes de Cargill são mais conservadores, disse ele, e as pessoas que agora estão nas suas aulas para terem licença de porte de arma são um misto de republicanos, democratas e libertários. E ultimamente, diz, a maioria dos estudantes são pessoas mais à esquerda no espectro político”.

“Se ligar para o 911 [número de emergência equivalente ao 112 nos EUA], não vou conseguir falar com um polícia”, é o pensamento de muitos destes alunos, segundo Cargill. “Vou ter de ser o meu próprio serviço de emergência. Vou ter de ter uma arma”. Os norte-americanos estão mesmo com medo.

Portugal | Saúde em câmara lenta

Vítor Santos* | Jornal de Notícias | opinião

Envolvido em lutas partidárias e parlamentares, por força de um Orçamento que tem de ser negociado com recurso a máquina calculadora, o Governo aparenta estar a agir reativamente ao crescimento galopante do número de infetados pela SARS-CoV-2 em Portugal, quando devia ter antecipado medidas para aquilo que há muito se previa.

Uma segunda vaga da pandemia ainda mais forte do que a primeira - o período de maior aperto, em conjugação com a gripe, que ainda nem começou - impunha uma estratégia bem definida no tempo e não ao sabor de números diários de internados, isolados e confinados.

Bem sei que a situação é muito abrangente, não se circunscrevendo às autoridades portuguesas. Começa numa União Europeia órfã de grandes líderes e composta por países que têm sempre muitas dificuldades em entender-se. Foi o que se viu com a "bazuca". Portugal vai depender desesperadamente da Europa para recuperar a economia, mas também é vítima em contextos que não pode controlar, como a exigência de uma resposta comum e objetiva em termos de saúde pública.

IMAGEM DO DIA | Governos e "sábios da saúde" ou baratas tontas?


Pretende-se que a crise pandémica justifique a desorganização bem organizada que mundialmente é patente. Porém, tal não é desculpa plausível para que os governos adotem as medidas avulso, sem coordenação, no combate ao covid-19. A ONU devia ter uma intervenção global. A UE devia saber e aplicar medidas igualmente coordenadas que fossem consonantes com as da ONU. Deviam existir procedimentos unificados de combate à pandemia adequados às diversas regiões nos países e no mundo. Mas não, assim não ocorre. Os cidadãos do mundo estão a ser bombardeados com medidas avulsas diferentes e comprovadamente dispares e ineficientes. ONU e governos, incluindo a UE e outras organizações regionais, mais parecem baratas tontas que não chegam a um consenso para o combate, minimização e irradicação da crise pandémica global. Entretanto, são os mais fragilizados, países e cidadãos, que sofrem com a desorganização tão bem organizada do "cada um por si" no que concerne a países e cidadãos do planeta. Também variados "sábios" contribuem para a confusão com declarações dispares, algumas sem nexo cientifico. Falam por falarem e se num dia declaram assim no outro contradizem-se. Comportam-se como baratas tontas que demonstram não saber o que fazer, arrastando governos, gerando a instabilidade, a suspensão da parca democracia existente nos países chamados do "mundo livre ocidental" e outros similares em outras paragens. Decerto que por isso a desconfiança no aparecimento desta pandemia provoca teorias plausíveis de existirem, que vão desde o controle e redução da população mundial até à supressão dos mais fragilizados na saúde e dos mais idosos. Não podemos descartar essas possibilidades se aquilatarmos a má qualidade de personalidades que infestam os lideres mundiais preponderantes que existem na atualidade. A verdade nua e crua é que estão a perecer devido à pandemia os mais doentes e os mais idosos, sem sombra de dúvidas. Não esqueçamos que por variadas ocasiões foram referidas teses sobre o controle da população mundial... O que terá isso que ver com o surgimento desta pandemia? Líderes mundiais que são "baratas tontas" ou grandes criminosos? Viremos a saber a verdade? Não é provável.

PG

81% dos portugueses querem recolher obrigatório

Oito em cada dez já defendiam encerramento noturno antes da investida dos autarcas da Área Metropolitana do Porto.

Não é unânime, mas é esclarecedor: oito em cada dez portugueses (81%) defendem a imposição de um recolher obrigatório, segundo uma sondagem da Aximage para o JN e a TSF. Ao contrário, os que defendem um novo confinamento estão agora em minoria (39%). A oposição a um fecho generalizado semelhante ao da primeira vaga da pandemia é maior entre os inquiridos que têm 65 ou mais anos (61%).

A hipótese de impor um recolher obrigatório durante a noite ganhou fôlego no arranque desta semana, em particular entre alguns dos autarcas da Área Metropolitana do Porto. Mas não é esta adesão recente que explica a inclinação dos portugueses, uma vez que o trabalho de campo da Aximage decorreu ainda antes (22 a 26 de outubro) dos apelos mais dramáticos.

Vieira reeleito em votação histórica: "Espero que respeitem os resultados"

Luís Filipe Vieira foi reeleito com mais de 62% dos votos numa votação histórica que teve a participação de mais de 38 mil sócios. Uma "claríssima demonstração de democracia", defendeu.

O presidente reeleito do Benfica destacou a capacidade de mobilização e militância dos sócios para uma "claríssima demonstração de democracia" durante as eleições e pediu aos outros candidatos que aceitem o desfecho do ato eleitoral. "Só assim, vamos construir o futuro".

"Os benfiquistas deram uma demonstração de vitalidade, como nenhum outro clube em Portugal. Tenho orgulho em liderar um clube com esta capacidade de mobilização e militância. Não foi só uma claríssima demonstração de democracia, mas de uma enorme capacidade de organização dos nossos profissionais. Os sócios decidiram e os resultados são claros, espero que todos assumam a sua responsabilidade e benfiquismo", começou por referir Luís Filipe Vieira.

"Somos mais fortes juntos, quando não nos dividimos e isso é um dos desafios mais importantes para os próximos anos. Apesar das diferenças, a união foi o denominador comum. Agora, não há vencedores, nem vencidos, apenas benfiquistas, que vão continuar a construir o futuro", acrescentou o presidente benfiquista, antes de repetir, numa frase claramente dirigida aos rivais neste ato eleitoral: "Espero que respeitem os resultados".

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