domingo, 1 de novembro de 2020

Fim de relações entre Rússia e União Europeia?

OK. Se é o que querem... Que seja

Alastair Crooke* | Strategic Culture Foundation

Wolfgang Munchau, de Euro Intelligence, sugeriu recentemente que a UE erra por só ouvir a própria câmara de eco (e sempre a mesma única opinião). Munchau referia-se ao modo como Boris Johnson foi tratado com desdém quando buscou um acordo "que estivesse à vista" na cúpula da UE este mês. O Conselho afirmou que não apenas "não havia acordo à vista", mas que as negociações sequer seriam aceleradas e, ainda mais, se manteve rigidamente preso às suas três linhas vermelhas, "não negociáveis".

Posteriormente, Macron declarou arrogantemente que o Reino Unido tinha de "se submeter" às "condições" do bloco - "Ninguém aqui preferiu o Brexit".

Ao que Boris retrucou asperamente: "Nesse caso, não faz sentido conversarmos."

Munchau observou ironicamente que o maior risco para qualquer negócio "é quando você repete para si mesmo que o outro lado precisa 'disso' mais do que você". Charles Michel, Presidente do Conselho Europeu, deixou claro o que seria 'isso', na visão do Conselho: são os "majestosos, vastos e diversificados mercados da EU".

"A UE tem um mês para fazer Emmanuel Macron engolir essa sua ideia intelectualmente preguiçosa. A UE não deve basear sua estratégia de negociação na noção de que Johnson se dobrará. Talvez sim, talvez não" - observou Munchau.

Bem, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Lavrov, claramente compartilha da análise geral de Munchau. Falando ao Clube Valdai semana passada, Lavrov disse : "Quando a União Europeia fala como se fosse superior, a Rússia se pergunta: podemos ter negócios com a Europa?"

"Quanto às pessoas responsáveis pela política exterior no Ocidente e que não compreendem a necessidade de conversa mutuamente respeitosa - talvez devamos deixar de nos comunicar com elas por algum tempo. Especialmente porque Ursula von der Leyen [atual presidenta da Comissão Europeia] diz que a parceria geopolítica com as atuais autoridades russas não estaria dando qualquer resultado. Que seja, se é o que querem" [concluiu].

Polícia francesa prende mais dois suspeitos após ataque em Nice

Autoridades já têm seis pessoas sob custódia suspeitas de ligação com o autor do atentado a faca que deixou três mortos em igreja na cidade francesa, incluindo uma brasileira.

A polícia francesa prendeu mais duas pessoas suspeitas de envolvimento no ataque com faca perpetrado na semana passada em uma igreja em Nice, no sul do país. O atentado deixou três mortos, incluindo uma brasileira.

Com isso, as autoridades já têm sob custódia seis suspeitos, enquanto investigam a possível ligação deles com o tunisiano de 21 anos apontado como o autor do ataque na Basílica Notre-Dame.

Segundo informaram fontes judiciais neste domingo (01/11), as últimas pessoas detidas têm 25 e 63 anos e foram presas no sábado na residência de outro suspeito detido mais cedo no mesmo dia. Além deles, outros três suspeitos de ligação com o agressor foram presos entre quinta e sexta-feira.

Os investigadores acreditam que o autor do atentado chegou à Europa em 20 de setembro, através da ilha italiana de Lampedusa, ponto de entrada para migrantes que cruzam em barcos a partir do Norte da África. Ele teria então seguido para a cidade italiana de Bari no início de outubro, num navio usado para colocar migrantes em quarentena.

França, Europa e o apogeu da intolerância

Na sexta-feira, dia 16 de outubro, a França e a comunidade internacional se comoveram diante de mais um crime bárbaro provocado pelo extremismo religioso. O corpo do professor francês Samuel Paty foi encontrado decapitado, na periferia de Paris, sendo o autor um fundamentalista religioso motivado pelo uso de caricaturas de Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão, que causou grande insatisfação na comunidade islâmica, revelando a tensão social existente na França, mas que tinha passado a segundo plano devido à pandemia.

A resposta do governo francês foi contundente, expulsando mais de 271 imigrantes com ligações com o fundamentalismo islâmico. Sem embargo, essa medida está longe de resolver um problema social existente na sociedade francesa e que forma parte de sua estrutura demográfica.

A França possui uma das maiores comunidades islâmicas da Europa e grande parte desse contingente está formado pelos descendentes de países que outrora foram protetorados franceses, cujos cidadãos detinham a cidadania francesa ou a possibilidade de optar pela mesma. Porém, a integração ineficaz ao longo das décadas gerou um abismo social marcado pela desigualdade, que, junto com a chegada de novos imigrantes, fomentou o surgimento de células fundamentalistas alimentadas pela exclusão social, tensões externas e questões identitárias. Mais que nenhum outro país da União Europeia, a França se transformou em um celeiro para a captação de jovens pertencentes à comunidade islâmica, tanto os cidadãos já estabelecidos como os recém-chegados (como no caso do assassino do professor Samuel), atraídos pelo fundamentalismo religioso.

O atrito social e cultural tem sido o centro das discussões e disputas políticas na França nas últimas décadas, não havendo sucesso em nenhuma das tentativas de minimizar esses conflitos, com o surgimento de discursos cada vez mais exacerbados de ambos os lados, sendo algo utilizado por grupos terroristas, tais como o ISIS, para cooptar novos membros. 

Covid: um recolher obrigatório para quê?

Thierry Meyssan*

Os Franceses ficaram a saber com estupefacção que o seu governo considera uma medida de ordem pública, um recolher obrigatório, como sendo eficaz para prevenir uma epidemia. Tendo toda a gente compreendido que nenhum vírus faz pausas de acordo com horários fixados por decreto e dado os muitos erros precedentes, coloca-se a questão que incomoda, um recolher obrigatório para quê?

Vários países ocidentais pensam estar confrontados com uma nova vaga epidémica de Covid-19.As populações que já sofreram muito, não com a doença, mas com as medidas tomadas para as proteger, aceitam com dificuldade novas medidas de ordem pública por motivos de saúde. É, pois, a ocasião para analisarmos os comportamentos.

Os governantes sabem que terão de prestar contas pelo que fizeram e pelo que não fizeram. Face à doença e ainda mais face a esta pressão, foram forçados a agir. Como é que imaginaram a sua estratégia?

Para a elaborar, apoiaram-se no aconselhamento de especialistas (médicos, biólogos e estatísticos). À partida, estes separaram-se por disciplinas e opuseram-se entre si de tal forma que os governantes apenas puderam continuar com alguns deles. Mas com que critérios os escolheram?

Muitas incertezas

Enquanto as opiniões públicas são persuadidas:

-- que o vírus se transmite por gotículas respiratórias ;-- que as contaminações podem ser contidas pelo uso de máscaras cirúrgicas e a manutenção de uma distância de pelo menos um metro com os interlocutores ;
-- que é possível discernir as pessoas sãs das doentes com recurso a testes PCR ;

Os especialistas são muito menos conclusivos. Alguns afirmam pelo contrario:

-- que o vírus se transmite principalmente não através de gotículas respiratórias, mas pelo ar que se respira ;
-- que, por conseguinte, as máscaras cirúrgicas e o distanciamento social não servem para nada ;
-- que os testes PCR que são realizados não medem a mesma coisa segundo os diferentes laboratórios e que por consequência as estatísticas de somatório acabam por somar “alhos com bugalhos”.

Assim, apesar das mensagens tranquilizadoras das autoridades, reina a maior confusão sobre as características desta epidemia.

Portugal | Defender o Natal e defender as crianças

Domingos Andrade* | Jornal de Notícias | opinião

O país fecha em dezembro para salvar o Natal. Porque também é preciso salvar as escolas.

Não há dia lá em casa em que os mais novos não levem com o mantra da necessidade de se protegerem. E a tentação, com o surto descontrolado, sem sequer se perceberem as cadeias de transmissão, é tirar as crianças da escola, a que o ministro da Educação tem resistido.

Nós já vimos este filme, em março. Ainda o Governo não tinha tomado decisões, e já pais e professores recusavam as aulas presenciais, iniciando um confinamento que foi adotado pela população antes ainda de ser assumido politicamente. Confinar era a única solução face a um vírus desconhecido e avassalador, contra o qual não tínhamos armas nem conhecimento.

A ciência aprendeu muito, mas não o suficiente para travar idêntico movimento de pressão para fechar. De autarcas a diretores, multiplicam-se as vozes para se avançar de imediato para o regime misto de ensino nos concelhos mais afetados pela pandemia. Apesar da guerra de números da Fenprof, os dados oficiais mostram um número bastante reduzido de surtos. O movimento de transmissão tem sido sobretudo da família para a escola, mais do que o inverso. O que não impede uma agitação coletiva, com muitos professores a defenderem, dentro da sala de aulas em que deveriam ser garante da estabilidade, um novo confinamento.

Todos os estudos concluíram o que intuitivamente já era dado como certo sobre os efeitos do ensino à distância: aumentaram as desigualdades sociais, com elevadas taxas de alunos que não tiveram qualquer contacto com os professores no terceiro período; houve défice de aprendizagens; os índices de leitura foram baixos e severamente notadas as consequências nos alunos do 2.º ano, que regressaram à escola sem fluência e com evidentes dificuldades.

Tendo em conta que as primeiras semanas do ano letivo foram em larga medida dedicadas à recuperação das matérias que ficaram para trás, começar já a desacelerar vai agravar um problema que é sério. E que não é apenas pedagógico, mas social.

A escola é o principal motor de combate às desigualdades e do desenvolvimento cultural e económico do país. E é preciso guardar as medidas mais penalizadoras, ainda mais do que os miniconfinamentos a que vamos estar sujeitos, para quando se revelar efetivamente necessário. A não ser que indicadores sérios e credíveis demonstrem o contrário, a escola tem-se revelado um espaço seguro, com regras de segurança apertadas. É crucial deixar a escola exercer o seu papel insubstituível.

*Diretor

Covid-19 | Este domingo: 37 mortes e 3062 novos casos

Novos infetados descem para a casa dos três mil, Norte com mais de metade

Portugal regista, este domingo, 3062 casos e 37 mortes por covid-19. O Norte soma mais de metade dos novos contágios. No total, foram confirmados 144.341 infetados e 2544 óbitos.

Foram contabilizados, face a sábado, mais 3062 infetados com o novo vírus, de acordo com o boletim epidemiológico de hoje, que eleva para 144.341 o número total de casos desde março. Trata-se de uma descida do número de infetados, depois de três dias seguidos com o valor acima dos quatro mil (o número máximo foi registado na sexta-feira). Mas a redução de casos pode ser explicada pelo facto de se realizarem menos testes de diagnóstico ao fim de semana. Do total de casos até agora detetados, 60.026 correspondem a doentes ativos, dos quais 1534 foram registados até à meia-noite.

O número de internados continua a bater recordes: há hoje 2122 doentes em enfermaria - o número mais alto até agora. O aumento de 150 face a ontem é o maior desde o dia 2 de abril e o terceiro maior desde o início da pandemia. Em unidades de cuidados intensivos, há 284 pessoas (menos duas). Por outro lado, com mais 1491 recuperações, o total de recuperados sobe para 81.771.

Cerca de 53% das novas infeções (1616) foram registadas na região Norte, que soma um total de 64.943 casos. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com 876 novos infetados (em 60.219), e depois a região Centro, onde há mais 430 casos (em 12.717). O Alentejo contabiliza mais 74 casos (2808) e o Algarve mais 59 (2838). O arquipélago da Madeira soma mais seis infetados (446) e nos Açores há mais um (379).

Duas mortes na faixa dos 50-59 anos

Morreram em Portugal mais 37 pessoas (menos duas do que ontem), elevando para 2544 o número total de mortes por covid-19 (1302 homens e 1242 mulheres). É também o Norte a região onde foram contabilizados mais óbitos, 20. Em Lisboa e Vale do Tejo, registaram-se 12, no Centro três e no Alentejo dois. Como tem vindo a ser regra, a grande maioria das vítimas (24) tinha 80 anos ou mais - 16 mulheres e oito homens. Com 70 a 79 anos, morreram cinco pessoas (quatro mulheres e cinco homens), com 60 a 69 morreram duas mulheres, e na faixa etária dos 50-59 anos dois homens.

Sob vigilância das autoridades de saúde, estão 64.805 cidadãos, menos 291 do que ontem.

Rita Salcedas | Jornal de Notícias

Fenprof avança que há mais de 500 escolas com casos confirmados -- com lista

A ​​​​​​​Fenprof acusou o Governo de "tentar disfarçar o crescente aumento de casos de covid-19 nas escolas e insistiu na "necessidade de haver uma estratégia de informação e comunicação clara sobre o que se passa".

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou este domingo que são mais de 500 as escolas com casos confirmados de covid-19 e considerou "irresponsável" que o Governo tenham mantido as atuais medidas nos estabelecimentos de ensino.

Num comunicado divulgado um dia depois de o Governo ter anunciado novas medidas restritivas para combater a pandemia de covid-19, a Fenprof divulga a lista de escolas com casos confirmados, totalizando 506 os estabelecimentos de ensino, mas admite que o número poderá ser maior.

Consulta AQUI a lista

A federação de professores portugueses considera também "irresponsável" e "inaceitável" que o Governo não tenha reforçado "as medidas de prevenção e segurança sanitária" nas escolas perante o atual quadro epidemiológico agravado.

"Para que as escolas continuem abertas sem se transformarem num dos principais fatores de transmissão da covid-19, é necessário que, nas salas de aula, seja garantido o distanciamento adequado a observar em espaços fechados e não, apenas, os centímetros possíveis que resultam das normas impostas pelo Ministério da Educação", propõe a Fenprof.

Tensão entre Banco de Portugal e Novo Banco aumenta

Centeno contraria Ramalho

Além da decisão de €200 milhões em tribunal arbitral, há nova fonte de tensão entre supervisor e gestão do Novo Banco: o CEO diz que há ativos sobre os quais só pode reconhecer imparidades até este ano, o Banco de Portugal contraria e diz que esse pressuposto não é nenhuma obrigação

O fosso que separa o Novo Banco e o Banco de Portugal/Fundo de Resolução está a crescer. O presidente executivo do banco, António Ramalho, disse esta semana que estava proibido de reconhecer perdas sobre alguns créditos problemáticos a partir do próximo ano, por conta dos compromissos existentes entre Portugal e a Comissão Europeia, fazendo temer encargos adicionais nas contas de 2020. Só que o supervisor, contactado pelo Expresso, diz que não há quaisquer obrigações nesse sentido.

“O Banco de Portugal desconhece qualquer impedimento à constituição de imparidades por parte do Novo Banco a partir de 2021. Não existe nos contratos relativos à venda do Novo Banco, nem nos compromissos assumidos pelo Estado junto da Comissão Europeia, nenhuma cláusula ou compromisso dessa natureza”, aponta uma resposta da autoridade comandada por Mário Centeno.

Da parte do banco, o que está em causa é um artigo da decisão de Bruxelas, dada em 2017 aquando da venda, que refere que as imparidades no crédito (antecipação de perdas em empréstimos concedidos) da carteira pré-definida de ativos problemáticos tinham de ser reconhecidas até 2020. Este é, no entender da instituição da Lone Star, um pressuposto do plano de reestruturação aprovado por Bruxelas, que tem de ser cumprido.

“As perdas por imparidades nos créditos incluídos no mecanismo de capital contingente devem ser registadas pelo banco nos primeiros […] anos do plano de reestruturação, e, a partir de […] não devem ser registadas mais imparidades dos ativos sob o mecanismo”, indica o ponto 94 da decisão da Comissão Europeia, na sua versão não confidencial, que validou a venda de 75% do capital do banco à Lone Star.

Segundo as declarações de Ramalho na conferência Banca do Futuro, organizada esta semana pelo Jornal de Negócios, esse registo deve ocorrer nos primeiros três anos do plano, até 2020, não podendo haver as tais imparidades adicionais a partir do próximo ano.

Maioria dos cemitérios abertos, mas com restrições e proibições

PORTUGAL

É, sobretudo, a Norte que há mais cemitérios encerrados. Conheça as restrições no seu concelho. Hoje, assinala-se o Dia de Todos os Santos.

A tradição de visitar os cemitérios para prestar homenagem aos mortos é assinalada neste domingo com novas regras sanitárias, desde uso obrigatório de máscara à proibição de aglomerados, havendo alguns espaços que vão estar encerrados, devido à pandemia da Covid-19.

Além do feriado do Dia de Todos os Santos, celebra-se, por antecipação, o Dia dos Fiéis Defuntos, que se assinala na segunda-feira, o que motivou a decisão do Governo de limitar a circulação entre concelhos do território continental durante este fim de semana, entre a passada sexta-feira (dia 30) e terça-feira (dia 3), com o objetivo de “conter a transmissão do vírus e a expansão da doença”.

A maioria das Câmaras Municipais decidiu manter os cemitérios abertos durante este fim de semana, mas há mais de uma dezena de concelhos, localizados sobretudo na região Norte, que determinaram o encerramento dos cemitérios nestas datas.

São eles: Esposende, Póvoa de Varzim, Matosinhos, Porto, Maia, Gondomar, Estarreja, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Vizela, Fafe, Vila Nova de Famalicão e Guimarães.

EUA | Trumpistas fazem emboscada a caravana de Biden no Texas

#Publicado em português do Brasil

Equipe de Biden cancela evento no Texas após 'emboscada' na rodovia da Cavalaria MAGA

Dezenas de picapes, muitas com bandeiras Trump, cercaram um ônibus de campanha de Biden enquanto ele viajava de San Antonio a Austin.

Kelly Weill | The Daily Beast

A campanha presidencial de Joe Biden cancelou um evento de sexta-feira em Austin, Texas, após o assédio de um contingente pró-Trump.

O Texas emergiu como um estado de batalha na eleição presidencial de terça-feira, com pesquisas mostrando que o reduto tipicamente republicano agora favorece apenas marginalmente o presidente Donald Trump. A campanha do Biden programou um evento na sexta-feira no estado, em uma tentativa de angariar apoio de última hora.

Mas quando o ônibus da campanha de Biden foi para Austin, foi recebido por um bloqueio de manifestantes pró-Trump, levando ao que um representante da Texas House descreveu como uma escalada "muito além dos limites seguros"

O cancelamento ocorre em meio à ansiedade nacional sobre a intimidação dos eleitores, uma tática que a campanha de Trump endossou implicitamente.

O historiador Dr. Eric Cervini dirigia para ajudar na parada da campanha de Biden quando filmou uma linha de picapes ao longo da rodovia, muitas delas com bandeiras Trump. Os motoristas estavam “esperando para emboscar o ônibus de campanha Biden / Harris enquanto ele viajava de San Antonio para Austin”, tuitou Cervini .

“Esses apoiadores de Trump, muitos dos quais armados, cercaram o ônibus na interestadual e tentaram tirá-lo da estrada”, alegou. “Eles superaram a polícia em 50-1 e acabaram atingindo o carro de um funcionário.”

Os arquitectos do "Grande Reinício" e a teoria económica

Matthew Ehret [*]

Não deveria surpreender que a vice-presidente do Banco Mundial, Carmen Reinhardt tenha advertido em 15 de Outubro que um novo desastre financeiro se agigante ameaçadoramente no horizonte com um vasto incumprimento de dívidas soberanas e incumprimento de dívidas corporativas. Só nos últimos seis meses os resgates (bailouts) desencadeados pela explosão do sistema induzidos pelo confinamento do Coronavirus a Reserva Federal dos EUA criou 3,4 milhões de milhões de dólares a partir do nada, observou Reinhardt, ao passo que levou 40 anos para criar US$14 milhões de milhões. Enquanto isso, economistas em pânico gritam que bancos de ambos os lados do Atlântico devem desencadear ainda mais facilidades quantitativas (quantitative easing) que ameaçam transformar o nosso dinheiro em papel higiénico e, ao mesmo tempo, consentir em infinitos confinamentos como resposta a uma doença que tem níveis de fatalidade de uma gripe comum.

O próprio facto de o colapso se aproximar não deveria ser uma surpresa – especialmente quando nos lembramos dos US$1 500 milhões de milhões (quadrillion) de produtos financeiros derivados que assumiram o controle de uma economia mundial que gera uns meros US$80 milhões de milhões por ano em bens transacionáveis e comércio. Estas apostas nebulosas em seguros sobre apostas sobre dívidas colaterizadas conhecidas como "derivativos" nem sequer existiam há algumas décadas e o facto é que não importa o que a Reserva Federal e o Banco Central Europeu tenham tentado fazer para impedir uma nova ruptura da bolha financeira deste casino super-extenso – nada funcionou. Taxas de juros de zero a negativas não funcionaram, a abertura de empréstimos overnight de 100 mil milhões de dólares por noite para bancos insolventes não funcionou – nem os 4,5 milhões de milhões dos resgates desencadeados desde Março de 2020. Não importa o que esses magos financeiros tentem fazer, as coisas ficam cada vez pior. Ao invés de reconhecer o que realmente está a acontecer, foram seleccionados bodes expiatórios para desviar a culpa da realidade a ponto de a actual crise ser atribuída ao Coronavírus!

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