segunda-feira, 30 de novembro de 2020

SÉCULOS DE CHUMBO -- Martinho Júnior

A IIIª GUERRA MUNDIAL, DO IMPÉRIO CONTRA O SUL GLOBAL, VAI-SE INTENSIFICAR EM ÁFRICA

Martinho Júnior, Luanda

Em África os prognósticos são, para toda a década de 20 do século XXI, cada vez mais reservados…

A entrada da administração democrata de turno no poder dos Estados Unidos tendo Joe Biden à cabeça, vai alterar a agenda do império da hegemonia unipolar para com África, particularmente na ênfase dos contraditórios geridos sobretudo pelo amplo espectro que se reflete e esbate no AFRICOM.

Em África as tensões contraditórias entre as culturas de nomadização e as sedentárias têm-se vindo a agravar em função por um lado dos fenómenos do aquecimento global, por outro em função do crescimento populacional exponencial, por fim, por que os fenómenos sendo identificados pelo poder dominante, permitem agora tornar-se mais enfáticos que antes, por que tiram partido de algumas “metas” já alcançadas ou em vias de consolidação, influenciando sobremodo toda a década de 20 deste corrente século.

As correntes culturais islamizadas no continente obedecem duma forma ou de outra ao conjunto de fenómenos globais do espectro das culturas anglo-saxónicas que têm tanto a ver com o 1% dominante.

A partir do pendor dominante que tutela a globalização segundo os cânones do império da hegemonia unipolar, que nada têm a ver com democracia mas sim com fascismo, as “disfuncionais” correntes culturais islamizadas operam aos níveis regionais e locais que lhe são favoráveis, com seu leque de opções que são concorrenciais entre si e concorrenciais com as velhas dinâmicas coloniais e neocoloniais que atingem África, sob a égide dos interesses do ultrapoderoso cartel da aristocracia financeira mundial que condensa 1% da humanidade.

Gerir esse contraditório abarca conexões para dentro dos sistemas (wahabita, neo otomano e shiita), algo que os democratas sob a supervisão de Obama (Joe Biden fez parte dessa equipa que perfez dois mandatos) se tornaram “mestres”, inclusive na opacidade que isso implica no que toca às linhas de conduta… na política de relacionamentos internacionais, os democratas aplicam à letra a recomendação que é cultivada nos negócios apontados para os grandes lucros (quantas vezes grandes roubos): o segredo, por que “o segredo é a alma do negócio”!

Continua a ser um êxito para os interesses dominantes as penetrações nos sistemas wahabita e neo otomano, se observarmos quão eles são tacitamente insubstituíveis nos seus papeis… já em relação aos shiitas, a penetração é muito mais difícil, mas o posicionamento a que está remetido o Irão serve para continuar a alimentar a fogueira…

Com os democratas, assumir interesses, conveniências e projectar manipulações, foi sempre pior que com os republicanos em relação a África (recordem-se os acontecimentos da era Clinton e depois os da era Obama).

Enquanto os democratas consolidam os lóbis inerentes às indústrias, particularmente as indústrias mineiras extractivas (“do Cabo ao Cairo”, bem por dentro do miolo do continente), os republicanos garantem os lóbis da energia (sobretudo do petróleo e do gaz que se distendem particularmente nos litorais e “offshores”), assim como a do armamento e essa é em grande parte a causa profunda dos argumentos, interpretações, opções e decisões de uns e de outros quando assumem o caudal do domínio a que alguns entendidos atribuem com fundamento o rótulo de “estado profundo”!... (http://www.orientemidia.org/todos-os-candidatos-viaveis-em-todas-as-eleicoes-presidenciais-nos-eua-desde-a-invasao-do-iraque-foram-sao-favoraveis-a-guerra/;  https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/09/02/africa-pantano-neocolonial/).

Maurice Strong e as raízes da grande redefinição da agenda

#Publicado em português do Brasil

Matthew Ehret

Strategic Culture Foundation

De acordo com luminares do Great Reset como Bill Gates, Príncipe Charles, Michael Bloomberg, Mark Carney e Klaus Schwab do Fórum Econômico Mundial, espera-se que a humanidade resolva a dupla ameaça do COVID e do aquecimento global em uma reforma radical e revolucionária.

Nós, plebeus, fomos informados de que tudo o que temos que fazer para reiniciar a economia é reconectar tudo sobre nosso comportamento, valor, finanças e ética, a fim de descarbonizar a civilização sob um novo regime mundial de banqueiros centrais e novas moedas digitais verdes, conforme delineado pelo Green Horizon Summit do Fórum Econômico Mundial, de 9 a 10 de novembro de 2020 . Foi nesse evento que o palestrante principal Mark Carney anunciou que a transição total líquida zero representa “a maior oportunidade comercial de nosso tempo”.

Sob essa reforma global, somos informados de que o sistema financeiro deve ser reconectado para financiar parques eólicos, biocombustíveis e painéis solares usando títulos verdes, índices financeiros verdes e moedas digitais verdes. O fato de que essas fontes de energia não apenas aumentam os custos da eletricidade, ao mesmo tempo que reduzem abissalmente os poderes de produção das nações, não parece incomodar nenhum desses aparentes alfas do capitalismo do FEM, exaltando as virtudes de nossa ordem verde pós-COVID.

E então, uma pergunta deve ser feita: SE o dinheiro impulsiona o capitalismo, por que trilhões foram gastos nas últimas décadas para financiar atividades “verdes” que inerentemente minam a base da criação de capital (isto é: infraestrutura e produção industrial)? Por que o “oeste capitalista” se destruiu se minando ao longo de décadas? E por que aqueles que administram a ordem unipolar desejam acelerar essa autodestruição no turbo drive sob uma Grande Reinicialização? É loucura ou algo mais insidioso?

Desde a flutuação do dólar americano em 1971 nos mercados globais e a criação do dólar petro em 1973, o mundo experimentou um colapso consistente de empregos produtivos na indústria, investimento em infraestrutura, um planejamento de longo prazo por um lado e um aumento simultâneo de desregulamentação, especulação de curto prazo e empregos de varejo de baixos salários, de outro. Durante este processo de declínio pós-1971, a escravidão por dívida tornou-se uma norma tanto nos países desenvolvidos quanto nas nações do setor em desenvolvimento, enquanto a terceirização causou a castração da soberania nacional e uma dependência cada vez maior de “mão de obra barata” e “recursos baratos” do exterior.

Alguns chamaram este colapso de “um fracasso da globalização”. O editor latino-americano da Executive Intelligence Review, Dennis Small  , afirmou repetidamente ao  longo de muitos anos que essa caracterização é falsa. A globalização deve ser vista como um sucesso completo - visto que, quando vista de uma perspectiva de cima para baixo, fica cada vez mais claro que os arquitetos dessa política alcançaram exatamente o que se propuseram a fazer. Essa intenção era impor um paradigma de jogo artificial fechado / soma zero a uma espécie cuja característica distintiva é sua razão criativa e a capacidade de aperfeiçoamento constante na terra e cada vez mais além.

A idade da reforma continua a depender do factor de sustentabilidade

Por força do factor de sustentabilidade, com a subida da esperança média de vida, o acesso à pensão por velhice passa, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na passada quinta-feira, para os 66 anos e sete meses, em 2022.

O que se traduz em mais um mês de trabalho para se poder aceder à reforma. Ora, segundo a estimativa do INE, como a esperança média de vida, aos 65 anos, subiu para os 19,69 anos, face aos 19,61 anos registados em 2019, o acesso à pensão de velhice em 2022 deverá fixar-se nos 66 anos e sete meses. Em 2019 e 2020, a idade de acesso a esta pensão situou-se nos 66 anos e cinco meses.

Recorde-se que esta é uma situação que decorre da aplicação do factor de sustentabilidade, que foi criado em 2007, com o objectivo de introduzir a ponderação da evolução da esperança média de vida no cálculo das pensões.

Com as alterações de 2013, introduzidas pela mão do governo PSD/CDS-PP, o regime agravou-se por via da antecipação do ano de referência para cálculo do factor de sustentabilidade, de 2006 para 2000, e com a introdução da evolução da esperança média de vida também na fixação da idade normal de acesso à pensão de reforma.

Assim, deixou de haver uma idade fixa para aceder à pensão de velhice, não sendo possível, desde então, conhecer com segurança qual a idade com que se poderá ter acesso à reforma sem penalização.

Covid-19: Portugal regista mais 78 mortes e 3.262 infetados

Boletim epidemiológico desta segunda-feira já foi divulgado

Portugal reportou mais 78 mortes relacionadas à Covid-19 e mais 3.262 diagnósticos positivos de SARS-CoV-2, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS) desta segunda-feira. 

Com esta atualização, o país acumula 298.061 infeções e 4.505 óbitos, desde o início da pandemia. Os dados desta segunda-feira representam um aumento de 1,76% em relação ao número de mortes e de 1.11% em relação aos novos casos. 

De acordo com o boletim desta segunda-feira, estão agora internadas 3.342 pessoas, mais 97 do que na véspera. Destes, 525 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), menos 11 em relação ao boletim de domingo. 

O número de recuperados (3.402) volta hoje a superar o número de novos casos, sendo agora o total 212.942. 

Por regiões, o Norte continua a registar mais novos casos (1. 795) e mais mortes (42). Segue-se Lisboa e Vale do Tejo (LVT) que soma mais  839 infeções e 28 óbitos.  No Centro foram reportados 407 diagnósticos positivos para a Covid-19 e seis mortes relacionadas com a doença. Com 148 novos contágios, o Alentejo regista duas mortes.  Sem qualquer óbito a registar, o Algarve notifica 34 novos casos de infeção pelo novo coronavírus. 

Nas regiões autónomas, onde também não foi reportada qualquer morte associada à Covid-19, há registo de 32 novas infeções nos Açores e sete na Madeira.  

Esta segunda-feira, véspera de feriado, os concelhos com risco muito elevado e extremamente elevado de contágio estão sujeitos a horários diferentes.O comércio, por exemplo, encerra às 15 horas. Para todo o território nacional, mantém-se a proibição de circulação entre concelhos.

Amanhã, dia 1, volta o recolher obrigatório às 13 horas para os municípios com risco muito elevado e extremamente elevado de transmissão do novo coronavírus. 

Melissa Lopes | Notícias ao Minuto

Leia em Notícias ao Minuto: Medidas consoante o nível de risco. Saiba como está o seu concelho

A República dos Intocáveis

A República dos intocáveis, presente em vários setores da sociedade, é a mãe de uma realidade e de uma perceção generalizada de injustiça, de impunidade e de arbítrio contrários ao Estado de Direito.

António Galamba* | jornal i | opinião

O PS nas mãos do PCP salvou o orçamento de Estado e o poder. O PSD nas mãos do Chega acedeu ao poder nos Açores. A emergência pandémica prossegue às guinadas das decisões e das preparações. O populismo e o oportunismo político florescem. As redes sociais refletem a desqualificação do exercício cívico dos mais relevantes direitos constitucionais de pensar, falar e agir em Liberdade. A invulgaridade dos acontecimentos na linha do tempo da Democracia portuguesa não ilude a existência de posições perenes de intocabilidade, aparentemente imunes a tudo e a todo, sem esboço de funcionamento das instituições, numa espécie de olimpo em relação à realidade, enquanto se assiste a sinuosas vergastadas de dualidade de critérios, de arbítrio e de total ausência de vergonha na cara. É a República dos Intocáveis.

Só uma sociedade sem sentido de justiça, em sentido literal e em abstrato, pode permitir que a coberto dos mais relevantes princípios constitucionais perdurem situações de distorção do funcionamento da sociedade, que contribuem para a construção das perceções gerais, têm impactos nas realidades concretas e ajudam a gerar uma perceção de injustiça, de impunidade e de intocabilidade.

É o que acontece quando se têm partidos que a coberto da proteção constitucional da liberdade de reunião e de expressão ultrapassam as linhas vermelhas do bom senso e ajuntam-se em exercício de arrogância partidária de um posicionamento social e política cada vez mais esvaído de peso eleitoral. A única dúvida é saber se o cálculo de sobrevivência política do atual PS no poder central vai sacrificar a possibilidade de conquistar mais câmara municipais ao PCP, que no fundo significariam para os comunistas perda de influência e redução das possibilidades de rotação dos seus quadros pelas autarquias.

É o que acontece quando a coberto da alegada independência vários pilares do sistema de justiça fazem do arbítrio o seu modus operandi, agindo em relação a alguns e preservando da investigação, da violação do segredo de justiça, dos bailados dos conluios com a imprensa e com os interesses partes relevantes da sociedade portuguesa, gerando indignação dos fustigados e exultantes espasmos de tranquilidade aos intocáveis. Nada acontece, nem a quem não investiga, nem a quem se perpetua nos posicionamentos, imune mesmo ao impulso inicial da abertura de investigação. Nada é nada. Tudo é gozo e margem de manobra para continuar a persistir nos efeitos comportamentos à margem, enquanto outros são fustigados.

“GORILAS” DO SEF À LAIA DE PIDE E GUARDA FISCAL COM LICENÇA PARA MATAR?

Em Portugal, elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras são suspeitos de ter causado a morte de um cidadão ucraniano, Ihor Homeniuk, nas instalações daquela corporação no Aeroporto de Lisboa. É sabido que o SEF é herdeiro de métodos usados pela polícia política (PIDE/DGS) e pela Guarda Fiscal, corporações que antes de 25 de Abril de 1974 serviam o regime fascista-salazarista, em que eram frequentes os espancamentos em interrogatórios e não só. Muitas vezes porque sim, porque lhes apetecia espancarem. Resultado de má formação e sentido de impunidade de alguns agentes. 

Muito provavelmente, como parece evidente, foi por isso mesmo que Ihor Homeniuk morreu. Espancado. Sistematicamente espancado, manietado, torturado, feito refém e assassinado. Falta saber porquê? Por quem e por quantos agentes também falta saber com lavra explicita da Justiça. Falta também apurar as responsabilidades da Direção do SEF nas práticas desumanas ali praticadas. E essas, pelo que chega ao conhecimento público, são useiras e vezeiras. Por isso, recorrendo a memórias do salazarismo, podermos considerar tais procedimentos à laia da PIDE/DGS, da Guarda Fiscal e até de outras polícias com “licença para matar”. Práticas que em nada tem que ver com um país democrático que respeita os Direitos Humanos.

Por agora resta aguardar o que irá decidir a Justiça e pugnar para que realmente seja feita Justiça. Dignas de país que respeita as convenções mundialmente assinadas e não de uma qualquer república das bananas. Rigor e Justiça é o mínimo exigível.

Sobre a morte de Ihor Homeniuk nas instalações do SEF, após este nosso intróito, passamos à divulgação do trabalho da jornalista Fernanda Câncio no Diário de Notícias, com a recolha das declarações de “Márcia - o nome não é esse, mas esta cidadã brasileira de 44 anos pediu ao DN para ocultar a sua identidade até se sentir segura - estava detida no Centro de Instalação Temporária (CIT) do aeroporto de Lisboa quando Ihor Homeniuk chegou a Portugal, a 10 de março, vindo da sua Ucrânia natal via Istambul.” Como poderá ler a seguir.

Não sendo novidade, reiteramos a opinião sobre a constatação de que também nas polícias existem criminosos. Lamentemos e repudiemos tal estado de degradação humana e de Estado.

MM | PG

Timor-Leste respondeu de forma "eficaz e decisiva" à pandemia

Timor-Leste conseguiu responder de forma "eficaz e decisiva" à pandemia, com medidas sanitárias, de proteção e de apoio económico que permitiram ao país ser um dos 26 livres da doença, disse hoje o chefe do Governo.

"O nosso Governo e o nosso Parlamento Nacional tomaram decisões ousadas e abrangentes, em tempo recorde. Protegemos as nossas fronteiras. O nosso povo uniu-se", disse o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, em Díli.

"Quando o nosso futuro coletivo foi posto em causa, conseguimos dar uma resposta conjunta e coordenada, que nos permitiu superar algumas das piores ameaças da pandemia. Por enquanto, de muitas formas, a vida continua normalmente", considerou.

Intervindo no arranque do debate na generalidade, o governante disse que o Governo mobilizou mais de 220 milhões de dólares (183,7 milhões de euros) para responder à covid-19, das quais 92 milhões de dólares (76,8 milhões de euros) para "medidas imediatas de resposta económica".

África com mais 227 mortes por covid-19 e mais 12.845 casos de infeção

África registou 227 mortes devido à covid-19 e mais 12.845 novos casos de infeção nas últimas 24 horas, contabilizando agora 51.708 óbitos causados pelo novo coronavírus, que já infetou 2.163.284 pessoas, segundo dados oficiais.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de recuperados no mesmo período foi de 15.596, para um total de 1.831.435, nos 55 membros da organização.

O maior número de casos de infeção e de mortos regista-se na África Austral, com 884.729 casos e 23.117 vítimas mortais. Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 787.702 casos de infeção e 21.477 mortes.

Com 738.823 pessoas infetadas e 19.380 vítimas mortais, o Norte de África é a segunda zona mais afetada pela pandemia.

A África Oriental contabiliza 269.267 casos e 5.160 mortos, na África Ocidental, o número de infeções é de 205.263, com 2.861 mortos, enquanto a África Central regista 65.202 casos e 1.190 óbitos.

O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 6.636 mortos e 115.541 infetados, seguindo-se Marrocos, que contabiliza 5.789 vítimas mortais e 353.803 casos de infeção.

Entre os seis países mais afetados estão também a Tunísia, que regista 96.251 infetados e 3.219 mortos, a Argélia, com 82.221 infeções e 2.393 mortos, a Etiópia, com 109.534 casos de infeção e 1.700 vítimas mortais, e a Nigéria, com 67.412 infetados e 1.173 óbitos.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Angola regista 346 óbitos e 15.103 casos, seguindo-se Moçambique (130 mortos e 15.613 casos), Cabo Verde (105 mortos e 10.747 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.153 casos), Guiné-Bissau (43 mortos e 2.422 casos) e São Tomé e Príncipe (17 mortos e 985 casos).

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, a 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsariana a registar casos de infeção, a 28 de fevereiro.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.453.074 mortos resultantes de mais de 62,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

Ataques em Manica: Ajuda humanitária ameaçada?

Representante das ONG em Manica disse que ataque armado a viatura de organização de ajuda humanitária constitui "ameaça terrível". Embaixada dos EUA manifesta preocupação.

O ataque armado contra uma viatura pertencente à organização humanitária PEPFAR (Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio do Sida), numa zona de Dombe na passada quarta-feira (25.11), deixou três feridos.

O representante do Fórum das Organizações Não-Governamentais Internacionais em Manica, Sérgio Pereira, disse que o ataque constitui uma ameaça terrível e sem contemplações para as organizações humanitárias:

"Trata-se de uma ameaça muito grande, na medida em que os homens armados atacam as organizações humanitárias".

"Não estamos a entender porque atacar parceiros do Governo, pois as organizações não levam consigo militares e são devidamente bem identificadas, daí que não há razões para o efeito", defendeu Pereira.

Na sequência do ataque, a Embaixada dos Estados Unidos da América emitiu um comunicado, na sexta-feira (27.11), a expressar "a sua forte preocupação com o manifesto ataque contra um transporte coletivo na província de Manica, que feriu três empregados, um dos quais gravemente, de uma organização que trabalha com a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional".

Moçambique | Comissão do Parlamento Europeu agenda debate sobre Cabo Delgado

A Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu (PE) agendou para a próxima quarta-feira (03.12) um debate sobre a situação dos ataques armados em Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

Durante a sessão, os eurodeputados irão trocar "pontos de vista sobre a situação em Moçambique", segundo a agenda publicada esta sexta-feira (27.11). 

O formato da sessão, feita a pedido do eurodeputado português do PSD, Paulo Rangel, ainda está "em avaliação", segundo a delegação social-democrata no PE, mas servirá para avaliar a deterioração da situação em Moçambique.

O agendamento do debate na Comissão dos Assuntos Externos do PE surge após, há duas semanas, o Partido Popular Europeu (PPE), por iniciativa do eurodeputado do CDS-PP, Nuno Melo, ter pedido o agendamento de um debate na sessão plenária desta semana sobre a mesma questão, que acabou por não acontecer.

Na altura, Paulo Rangel tinha referido, em entrevista à Lusa, que organizar uma sessão na Comissão dos Assuntos Externos do PE com audições a pessoas no terreno seria "muito vantajoso" porque poderia dar conta da situação de "urgência" e criar uma "consciência europeia".

Nigéria | Ataque mais violento do ano mata 110 civis

Segundo a ONU, terroristas suspeitos de pertencer ao Boko Haram mataram agricultores que estavam a trabalhar nos campos no estado de Borno. Presidente nigeriano condena o massacre.

As Nações Unidas anunciaram este domingo (29.11) que pelo menos 110 civis foram mortos por elementos suspeitos de pertencer ao grupo jihadista Boko Haram numa aldeia na região nigeriana de Borno.

"Este incidente é o ataque direto contra civis mais violento já registado este ano. Os perpetradores deste ato hediondo e sem sentido têm de ser levados à Justiça", afirmou Edward Kallon, coordenador humanitário da ONU na Nigéria.

No início da tarde de sábado (28.11), homens armados chegaram em motocicletas nos campos de Koshobe e lançaram um ataque brutal contra homens e mulheres agricultores que estavam a trabalhar. Os 110 civis "foram mortos friamente" e houve muitos feridos, acrescentou Edward Kallon. Algumas pessoas foram mortas a tiro e outras foram degoladas.

O ataque ocorreu num arrozal localizado a menos de 10 quilómetros de Maiduguri, capital do estado de Borno, foco da insurgência islâmica. Há mais de dez anos o Boko Haram tem intensificado os ataques nesta região.

A "Polícia do Pensamento" da Direita Trabalhista da Grã-Bretanha

Megan Sherman | Global Research, 28 de novembro de 2020

O declínio trágico e cinicamente calculado do corbynismo e a subsequente ascendência do projeto neo-Blairite Starmer tornaram o Partido Trabalhista muito menos livre. Quando os jogos de grande poder de Starmer começaram - depois de ser eleito em um manifesto de unidade do partido - a censura e a propaganda foram introduzidas para controlar a ameaça do socialismo e da democracia. A aliança entre a diplomacia sionista e a administração de Starmer criou a necessidade de os novos burocratas trabalhistas embarcarem em uma perseguição macarthista de seus inimigos políticos e, no processo, controlar e estreitar o espectro de opiniões aceitáveis ​​dentro do partido.

Nesta era de escalada da guerra contra a esquerda, a lista de inimigos da liderança cresceu para abranger, além de Jeremy Corbyn, uma grande quantidade de membros do partido com o qual ele se aliou. Israel é o inimigo preeminente do Corbynismo, uma vez que seu império tem uma forte motivação para exterminar a influência de suas políticas pró-palestinas e anti-imperiais. Starmer está até fazendo inimigos de ativistas de base ávidos por um debate cívico sobre sua polêmica decisão de suspender e remover o chicote de Jeremy Corbyn, punindo sua livre discussão de política dentro dos limites da lei. Starmer é um adversário do socialismo trabalhista por causa de sua agenda de capitular a política às necessidades dos doadores de grandes negócios. A maioria de seus cargos são iguais aos do governo conservador, tornando possível ver o trabalho de Starmer e os conservadores como uma entidade, o mesmo poder.

Um exemplo da interseção entre o governo conservador de extrema direita e Starmer é o apoio do PLP a um aumento nos gastos de guerra, favorecendo bombas em vez de investimentos em serviços públicos. Em momentos como a crise do coronavírus deste ano, Starmer hesitou em apresentar uma oposição alternativa à política governamental, errando ao lado do elogio. Seu maior compromisso com a direita vem de seu ensaio de propaganda pró-sionista, com o “anti-semitismo” sendo cinicamente usado como uma ferramenta política por trás dos argumentos apologistas dos crimes de guerra israelenses.

Esse abuso repelente e oportunista do anti-semitismo foi repetido ao longo das tentativas da mídia de desacreditar Jeremy Corbyn , tanto que eles foram capazes de destruir sua reputação de antirracista veterano e de princípios. A certa altura, Pompeo, um aliado do sionismo de extrema direita, afirmou que usaria seu poder para impedir a eleição de Corbyn quando, na verdade, essa decisão caberia diretamente ao eleitorado soberano do Reino Unido.

O Líbano deveria olhar para o Leste e descartar o ocidente

Pepe Escobar [*]

Na medida em que o Covid-19 foi instrumentalizado pelos 0,001% a Covid-19 para engendrar um Grande Reinício ( Great Reset ), a explosão maciça do porto de Beirute já está a ser instrumentalizada pelos suspeitos habituais para manter o Líbano escravizado.

A enfrentar os "protestos" – oh, tão oportunos – em estilo revolução colorida, o actual governo libanês liderado pelo primeiro-ministro Hassan Diab já renunciou.

Mesmo antes de o porto explodir, Beirute havia solicitado uma linha de crédito de US$10 mil milhões de dólares ao FMI. Ela foi negada, enquanto as "reformas" neoliberais, marca registada do consenso de Washington, não fossem implementadas. Ou seja, cortes radicais de despesas públicas, despedimentos em massa, privatizações generalizadas.

Após a explosão, o presidente Emmanuel Macron – que nem mesmo foi capaz de estabelecer um diálogo com coletes amarelos no seu país, saltou oportunistamente em modo neocolonial a posar de "salvador" do Líbano – desde que as tais "reformas" fossem impostas, é claro.

Sábado, a França e a ONU organizaram uma videoconferência para coordenar a resposta dos doadores – em conjunto com a Comissão Europeia (CE), o FMI e o Banco Mundial. O resultado não foi lá muito brilhante – míseros 252 milhões de euros foram prometidos – e, mais uma vez, condicionados a "reformas institucionais".

A França ofereceu 30 milhões de euros, o Kuwait 40 milhões, o Qatar 50 milhões e a Comissão Europeia 68 milhões. De modo crucial, nem a Rússia nem o Irão estiveram entre os doadores. Os EUA – que impuseram duras sanções contra o Líbano – e seus aliados do Conselho de Cooperação do Golfo, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos não doaram nada. A China teve uma presença apenas pro forma.

ASSASSINATOS SELECTIVOS

Mais um cientista iraniano foi assassinado em Teerão. A política de assassinatos selectivos por parte do estado nazi-sionista não tem nada de novo. Ela é sistemática e há inúmeros exemplos disso, como se confirma neste artigo de Janeiro de 2012.


O imperialismo e os media corporativos ao seu serviço ignoram cuidadosamente as ogivas nucleares possuídas por Israel. Ao estado sionista nem a ONU nem ninguém exige inspecções ou a assinatura do Tratado de Não Proliferação. Mas quanto ao estado iraniano o império promove a histeria colectiva acerca de supostas armas atómicas, apesar de as suas autoridades negarem que as têm como objectivo. Dois pesos e duas medidas.

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